Abraão (Part. 4)

Historicidade. Jesus e seus discípulos se referiram a Abraão mais de 70 vezes em suas palestras e escritos. Na sua ilustração do rico e Lázaro, Jesus referiu-se a Abraão em sentido simbólico. (Lu 16:19-31) Quando seus oponentes se jactaram de ser prole de Abraão, Jesus logo apontou a hipocrisia deles, dizendo: “Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão.” (Jo 8:31-58; Mt 3:9, 10) Não, não é a linhagem carnal que conta, mas, antes, ter fé semelhante à de Abraão é o que habilita a pessoa a ser declarada justa, conforme disse o apóstolo Paulo. (Ro 9:6-8; 4:1-12) Paulo também identificou o verdadeiro descendente de Abraão como Cristo, junto com os que pertencem a Cristo quais “herdeiros com referência a uma promessa”. (Gál 3:16, 29) Ele também fala da bondade e hospitalidade de Abraão para com estranhos, e, na sua longa lista em Hebreus, capítulo 11, de ilustres testemunhas de Deus, Paulo não despercebe Abraão. É Paulo quem indica que as duas mulheres de Abraão, Sara e Agar, realmente figuravam num drama simbólico que envolvia os dois pactos de Yehowah. (Gál 4:22-31; He 11:8) O escritor bíblico Tiago acrescenta que Abraão apoiou sua fé por obras justas, e, por conseguinte, ficou conhecido como “amigo de Yehowah”. — Tg 2:21-23.

Descobertas arqueológicas também confirmam muitos assuntos relatados na história bíblica de Abraão: As localizações geográficas de muitos lugares e dos costumes daquela época, tais como a compra dum campo dos hititas, a escolha de Eliézer como herdeiro e o tratamento dispensado a Agar.