Priscila e Áquila: Um casal exemplar (Part. 2)
Fabricantes de tendas: Não era um trabalho fácil. Era preciso cortar e coser pedaços duros e ásperos de tecido ou couro. Segundo o historiador Fernando Bea, era “um trabalho que requeria perícia e cuidado” dos fabricantes de tendas que manejavam “tecidos grossos e não flexíveis, usados em viagens para acampar, como proteção contra sol e chuva ou para enfardar mercadorias nos porões de navios”.
Isso levanta uma pergunta. Não disse Paulo que havia sido ‘instruído aos pés de Gamaliel’, o que lhe preparou o caminho para fazer uma carreira de prestígio nos anos à frente? (Atos 22:3) É verdade, mas os judeus do primeiro século achavam honroso ensinar um ofício aos rapazes, mesmo que fossem receber instrução superior. Por isso é provável que tanto Áquila como Paulo tenham aprendido a fabricar tendas na juventude. Essa experiência foi muito útil mais tarde. Mas, como cristãos, eles não consideravam esse serviço secular como um fim em si mesmo. Paulo explicou que seu trabalho em Corinto com Áquila e Priscila foi só um meio de sustentar-se em sua atividade principal, que era declarar as boas novas sem ‘impor a ninguém um fardo dispendioso’. — 2 Tessalonicenses 3:8; 1 Coríntios 9:18; 2 Coríntios 11:7.
É evidente que Áquila e Priscila tiveram prazer em fazer o que estava ao seu alcance para facilitar o serviço missionário de Paulo. Quem sabe quantas vezes esses três amigos pausaram durante o trabalho para pregar informalmente a clientes ou transeuntes! E, embora fabricar tendas fosse um trabalho humilde e fatigante, eles tinham prazer nisso e trabalhavam até “noite e dia” para promover os interesses de Deus, assim como muitos cristãos na atualidade mantêm-se em algum serviço de tempo parcial ou trabalho temporário para poder dedicar a maior parte do tempo restante para pregar a outros sobre a verdade de Cristo. — 1 Tessalonicenses 2:9; Mateus 24:14; 1 Timóteo 6:6.
Exemplos de hospitalidade: É possível que Paulo tenha usado a casa de Áquila como base para suas atividades missionárias no período de um ano e meio em que ficou em Corinto. (Atos 18:3, 11) Nesse caso, é provável que Áquila e Priscila tenham tido o prazer de também hospedar Silas (Silvano) e Timóteo quando chegaram da Macedônia. (Atos 18:5) As duas cartas de Paulo aos tessalonicenses, que mais tarde tornaram-se parte do cânon da Bíblia, podem ter sido escritas enquanto o apóstolo estava hospedado na casa de Áquila e Priscila.
É fácil imaginar que, nessa época, a casa de Priscila e Áquila fosse uma verdadeira colméia de atividades espirituais. Provavelmente era frequentada por muitos amigos queridos: Estéfanas e sua família, que foram os primeiros cristãos na província da Acaia, batizados pelo próprio Paulo; Tício Justo, que permitiu que Paulo usasse sua casa para fazer discursos; e Crispo, o presidente da sinagoga, que aceitou a verdade junto com toda a família. (Atos 18:7, 8; 1 Coríntios 1:16) Entre eles havia ainda Fortunato e Acaico; Gaio, em cuja casa talvez se realizassem os ajuntamentos congregacionais; Erasto, o mordomo da cidade; Tércio, o secretário a quem Paulo ditou sua carta aos romanos; e Febe, uma irmã fiel da vizinha congregação de Cencréia, que provavelmente levou a carta de Corinto a Roma. — Romanos 16:1, 22, 23; 1 Coríntios 16:17.
Tão grande era a amizade com Paulo, que Áquila e Priscila foram com ele para Éfeso, quando ele partiu de Corinto, na primavera de 52 EC. (Atos 18:18-21) O casal ficou em Éfeso e lançou o alicerce para a próxima visita do apóstolo. Foi lá que esses habilidosos instrutores das boas novas acolheram o eloquente Apolo “na sua companhia” e tiveram a alegria de ajudá-lo a entender “mais corretamente o caminho de Deus”. (Atos 18:24-26) Quando Paulo revisitou Éfeso em sua terceira viagem missionária, por volta do inverno de 52/53 EC, o campo que fora cultivado por esse dinâmico casal já estava maduro para a colheita. Por uns três anos, Paulo pregou e ensinou “O Caminho” em Éfeso, e a congregação de lá realizava a assembléia cristã na casa de Áquila. — Atos 19:1-20, 26; 20:31; 1 Coríntios 16:8, 19.
Mais tarde, ao voltarem para Roma, esses dois amigos de Paulo continuaram a ‘seguir o proceder da hospitalidade’, colocando sua casa à disposição para as reuniões cristãs. — Romanos 12:13; 16:3-5.
Isso levanta uma pergunta. Não disse Paulo que havia sido ‘instruído aos pés de Gamaliel’, o que lhe preparou o caminho para fazer uma carreira de prestígio nos anos à frente? (Atos 22:3) É verdade, mas os judeus do primeiro século achavam honroso ensinar um ofício aos rapazes, mesmo que fossem receber instrução superior. Por isso é provável que tanto Áquila como Paulo tenham aprendido a fabricar tendas na juventude. Essa experiência foi muito útil mais tarde. Mas, como cristãos, eles não consideravam esse serviço secular como um fim em si mesmo. Paulo explicou que seu trabalho em Corinto com Áquila e Priscila foi só um meio de sustentar-se em sua atividade principal, que era declarar as boas novas sem ‘impor a ninguém um fardo dispendioso’. — 2 Tessalonicenses 3:8; 1 Coríntios 9:18; 2 Coríntios 11:7.
É evidente que Áquila e Priscila tiveram prazer em fazer o que estava ao seu alcance para facilitar o serviço missionário de Paulo. Quem sabe quantas vezes esses três amigos pausaram durante o trabalho para pregar informalmente a clientes ou transeuntes! E, embora fabricar tendas fosse um trabalho humilde e fatigante, eles tinham prazer nisso e trabalhavam até “noite e dia” para promover os interesses de Deus, assim como muitos cristãos na atualidade mantêm-se em algum serviço de tempo parcial ou trabalho temporário para poder dedicar a maior parte do tempo restante para pregar a outros sobre a verdade de Cristo. — 1 Tessalonicenses 2:9; Mateus 24:14; 1 Timóteo 6:6.
Exemplos de hospitalidade: É possível que Paulo tenha usado a casa de Áquila como base para suas atividades missionárias no período de um ano e meio em que ficou em Corinto. (Atos 18:3, 11) Nesse caso, é provável que Áquila e Priscila tenham tido o prazer de também hospedar Silas (Silvano) e Timóteo quando chegaram da Macedônia. (Atos 18:5) As duas cartas de Paulo aos tessalonicenses, que mais tarde tornaram-se parte do cânon da Bíblia, podem ter sido escritas enquanto o apóstolo estava hospedado na casa de Áquila e Priscila.
É fácil imaginar que, nessa época, a casa de Priscila e Áquila fosse uma verdadeira colméia de atividades espirituais. Provavelmente era frequentada por muitos amigos queridos: Estéfanas e sua família, que foram os primeiros cristãos na província da Acaia, batizados pelo próprio Paulo; Tício Justo, que permitiu que Paulo usasse sua casa para fazer discursos; e Crispo, o presidente da sinagoga, que aceitou a verdade junto com toda a família. (Atos 18:7, 8; 1 Coríntios 1:16) Entre eles havia ainda Fortunato e Acaico; Gaio, em cuja casa talvez se realizassem os ajuntamentos congregacionais; Erasto, o mordomo da cidade; Tércio, o secretário a quem Paulo ditou sua carta aos romanos; e Febe, uma irmã fiel da vizinha congregação de Cencréia, que provavelmente levou a carta de Corinto a Roma. — Romanos 16:1, 22, 23; 1 Coríntios 16:17.
Tão grande era a amizade com Paulo, que Áquila e Priscila foram com ele para Éfeso, quando ele partiu de Corinto, na primavera de 52 EC. (Atos 18:18-21) O casal ficou em Éfeso e lançou o alicerce para a próxima visita do apóstolo. Foi lá que esses habilidosos instrutores das boas novas acolheram o eloquente Apolo “na sua companhia” e tiveram a alegria de ajudá-lo a entender “mais corretamente o caminho de Deus”. (Atos 18:24-26) Quando Paulo revisitou Éfeso em sua terceira viagem missionária, por volta do inverno de 52/53 EC, o campo que fora cultivado por esse dinâmico casal já estava maduro para a colheita. Por uns três anos, Paulo pregou e ensinou “O Caminho” em Éfeso, e a congregação de lá realizava a assembléia cristã na casa de Áquila. — Atos 19:1-20, 26; 20:31; 1 Coríntios 16:8, 19.
Mais tarde, ao voltarem para Roma, esses dois amigos de Paulo continuaram a ‘seguir o proceder da hospitalidade’, colocando sua casa à disposição para as reuniões cristãs. — Romanos 12:13; 16:3-5.