A Plenitude do Espírito — Grego Bíblico

HÁ quatro regras gramaticais no idioma grego que nos conduz a quatro verdades relativas a este grande assunto. As palavras em Efésios 5:18 são, “sejais enchidos do Espírito." Primeiro, o verbo está no modo imperativo. Quer dizer, é imperativo que nós sejamos cheios do Espírito, primeiro, porque Deus manda isto, segundo, porque a abundância do espírito é a habilitação divina na vida de um Cristão no qual resulta em uma vida como a de Cristo. O fracasso em sermos enchidos do Espírito é um pecado e resulta em fracasso para viver uma vida que honra a Deus.

Segundo, o tempo do verbo está no presente, e este tempo no modo imperativo sempre representa ação contínua. Nós aprendemos disto que as mecânicas de uma vida cheia de Espírito não provêem para um preenchimento espasmódico, quer dizer, o cristão só não está cheio quando está fazendo o serviço de pregar ou ensinar. Mas o cristão que vive uma vida normal de momento em momento através de uma entrega de si mesmo a Deus, experimenta um momento por abundância do Espírito. Nenhum cristão pode fazer menos e ao mesmo tempo pode viver uma vida vitoriosa.

Terçeiro, o verbo está no plural o que nos ensina que esta ordem é endereçado, não só para o pastor e o diácono, e o professor na Escola dominical, mas para todo cristão, para o empresário, o trabalhador, a dona de casa. É a responsabilidade de todo cristão sempre ser enchido do Espírito Santo.

Quarto, o verbo está na voz passiva. Esta classificação gramatical representa o assunto do verbo como inativo, mas estando influenciado sobre isso. Isto nos ensina que o preenchimento com o Espírito não é um trabalho de homem, mas de Deus. Nós não podemos trabalhar até aquela condição por qualquer quantia de permanecer, rezando, e conseguir isso. Um desejo simples para aquela abundância e uma confiança no Senhor Jesus para aquela abundância resultará naquela abundância (João 7:37-39).

Mas o que é significado pela abundância do Espírito Santo? Nós achamos a resposta em Tiago 4:5, “Pensais que as Escrituras dizem em vão, O Espírito que habita em nós anseia invejar”? A palavra "luxúria" (Usada na versão King James. N do T) é uma palavra inglesa obsoleta que significa “desejar ardentemente”. A tradução lê, "O Espírito que constantemente e seriamente tomou o domicílio permanente dele em nós deseja para o ponto de invejar."

Agora, o que Ele deseja até mesmo ao ponto de uma inveja divina? Em Gálatas 5:17 nós lemos, "Porque a carne tem um desejo forte para suprimir o Espírito, e o Espírito tem um desejo forte para suprimir a carne, e estes são resolvidos firmemente em uma atitude de oposição de um ao outro que você pode não fazer as coisas que você constantemente deseja fazer." O desejo constante da natureza decaída é pecar. O Espírito Santo é a provisão divina contra o pecado na vida de um cristão. A natureza má deseja usar as faculdades do crente para propósitos pecadores. O Espírito santo deseja os usar para a glória de Deus. A escolha está com o cristão. Ele escolhe qual dos dois controlará as suas faculdades mentais. Assim a passagem em Tiago lê em paráfrase, "O Espírito que tomou o seu domicílio final em nós, ansiosamente deseja o todo de nós." A entrega para e dependência no Espírito Santo resulta no Espírito derrubar a natureza má em derrota e produzir no crente uma vida que agrada a Deus. Assim, a abundância do Espírito recorre ao controle dele, sobre o crente. A tradução de nosso texto é, "Sejais constantemente cheios com o Espírito."




Fonte: Estudo do Vocabulário do Novo Testamento de K. Wuest