Comentário de Filemom 1:14-16

O apóstolo tem falado como um urbano, um homem educado do mundo clássico. Mas agora, depois que ele citou inúmeras razões para permitir que Onésimo permanecesse com ele, ele segue e argumenta com Filêmon para que tome sua decisão baseado no amor cristão e não por obrigação.

O contraste entre “por um tempo” e “para sempre” mostra a convicção de Paulo que a mão de Deus estava em operação em toda a situação. Isso também mostra o seu tato: Ao invés de se referir rispidamente à Onésimo como um fugitivo, ele fala de sua separação temporária como um prelúdio da sua união permanente com ele.


Da mesma maneira ele contrasta “escravo” – uma condição temporal e comportamental – com “irmão” – uma relação eterna no Senhor. O problema inato da escravatura do ser humano sempre incomodou o mundo antigo. Onésimo era um escravo, mas em muitas religiões antigas e na Lei Grega e Romana onde dizia respeito a religião, ele teria sido tratado como igual. O Cristianismo não era único em sua afirmação da capacidade do poder do amor de Cristo para quebrar barreiras sociais e econômicas entres as pessoas. Nas religiões antigas pagãs os homens experientes temiam e apaziguavam os deuses. No entanto, eles não diziam que os amavam ou eram amados por eles como um motivo do homem amar uns aos outros. Paulo ama muito Onésimo. Filêmon o irá amar mais ainda por causa dos relacionamentos humanos duradouros, como também a fé que tinham em comum. Daqui, aonde Paulo de maneira sensível sugere a Filêmon que aceite Onésimo de volta “não mais como um escravo, mas melhor do que isso,” etc. (cf. também v. 17), é mais ou menos como se a emancipação estivesse sugerida entre as linhas.


Fonte: Expositor's Bible Commentary