Comentário de João 5:15

O homem partiu,... De Cristo, e do templo, não de desgosto, ou se resentindo do que ele disse-lhe, mas como altamente usufruindo que ele tinha achado o seu bondoso bem feitor e médico; e foi, ou para Betesda, onde o milagre foi operado e onde a mutidão das pessoas estavam e onde ele podia esperar achar algumas pessoas que tinha lhe questionado sobre o fato dele levar sua maca, e quem foi que o ordenou a fazer isso; ou, antes, ao Sinédrio; veja João 5:33, e compare com João 1:19.

E disseram os Judeus;... Os membros do grande conselho, os principais dos sacerdotes, “escribas”, e anciãos, cujo negócio era julgar os profetas, e se alguém se colocava como o Messias:

Foi Jesus de Nazaré, de quem tantos falam sobre suas doutrinas e milagres, e que pensam ser ele o Messias:

Que o tinha feito são;... Isso que ele fez, não de qualquer má vontade para com Cristo, com qualquer desígnio ruim nele, impugnar e o acusar como um violador do Sábado, para com o que ele tinha dito e tinha feito a ele; porque isso teria sido muito ingrato, e até mesmo seria um bárbaro, bruto, e diabólico; mas com uma intenção boa, de que o Jesus poderia ter a glória da cura, e para que outras pessoas da mesma categoria dele em angústia pudessem saber onde e de quem ter alívio; e principalmente, que o Sinédrio poderia ser induzido a acreditar por estes meios que Jesus era o Messias, e declarar e o patrocinar como tal: e que a finalidade dele era boa, está claro disso, que ele não diz que Jesus era um vilão que não respeitava o Sábado e tinha dito para apanhar a maca e andar, não se preocupando de falar da cura; mas mostrando quem o havia feito são: ele observa o milagre a eles com um espírito grato, para a honra de seu médico, e para que eles pudessem chegar a saber que ele era o que ele realmente era.




Fonte: John Gill’s Exposition of the Entite Bible