Comentário de João 5:19
Então, respondeu Jesus, e disse-lhes,... Eles o culparam de blasfêmia por chamar a Deus seu Pai, e se fazer igual a Deus: e sua resposta é muito longe de negar o assunto, ou observar qualquer erro ou má interpretação de suas palavras, que ele permite a idéia geral e se vindica por dizer:
Em verdade, em verdade eu vos digo;... Nada é mais certo; pode se confiar nisso como verdade; eu, que sou a própria verdade, o “amém”, e a testemunha fiel, aquele que possui toda credibilidade:
O Filho não pode fazer nada dele mesmo;... Ou ele não faz nada dele mesmo, nem ele fará qualquer coisa dele mesmo; quer dizer, ele não faz, nem vai, nem pode fazer qualquer coisa só ou pode se separar do seu Pai, ou a qual não diz respeito a ele; não qualquer coisa sem o conhecimento dele e consentimento, ou, ao contrário, da sua vontade: ele faz tudo junto com ele; com o mesmo poder, tendo a mesma vontade, sendo da mesma natureza, e igualdade um ao outro: porque estas palavras não projetam fraqueza no Filho, ou debilidade de seu poder de fazer qualquer coisa dele mesmo; quer dizer, pelo próprio poder dele: porque ele tem pela sua palavra o raio de poder para trazer à existência todas as coisas do nada, e pela mesma palavra sustenta todas as coisas; ele mesmo tem levado os pecados do seu povo, e por ele os purgou completamente, e se elevou dos mortos; mas elas expressam a sua perfeição; que ele não faz nada, e não pode fazer nada dele mesmo, em oposição ao seu Pai, e em contradição com a Sua vontade divina: como o Satanás fala de si mesmo, e os homens maus alienados de Deus, como eles agem por si mesmos, e fazem o que é contrário da natureza e vontade de Deus; mas o Filho não pode fazer assim, sendo da mesma natureza com Deus, então nunca age separadamente dele, ou contrário dele, mas sempre coopera e age com ele, e então nunca deve ser culpado pelo que ele faz. As versões Siríaca, Árabe e Persa vertem assim, “o Filho não pode fazer nada de sua própria vontade”; assim traduz Nonnus; como separado de, ou ao contrário da vontade de seu Pai, mas sempre de acordo com ela, eles que são uma pessoa em natureza, e assim em vontade e obras. Ele não faz nada então de si mesmo.
Mas o que ele vê o Pai fazer;... Não que ele vê o Pai, de fato, fazerendo um trabalho, e então ele faz depois dele, como a criação do mundo, a suposição de natureza humana, e redenção do homem, ou qualquer milagre particular, como se ao observar um terminado trabalho, fizesse ele igual; mas que ele que foi criado com ele, e jazendo no seu seio, era particular ao plano inteiro de suas obras, vendo na natureza dele e mente infinita, e nas suas deliberações vastas, propósitos, e desígnios, tudo que ele estava fazendo, ou faria, e assim faz do mesmo jeito, ou agiu concordemente com eles; e que ainda mostra e prova a unidade deles na natureza, e igualdade perfeita, visto que não há nada na mente do Pai que não tenha sido conhecido ao Filho, visto, e observado: assim Filo, o Judeu[1] diz que o “filho mais antigo do Pai, a quem ele chama de o primogênito; sendo gerado, imita o Pai, e vendo, ou olhando os seus exemplos e arquétipos, forma espécies,” quer dizer, enquanto estando familiarizado com as idéias originais e eternas de coisas na mente divina, age de acordo com eles, o qual ele não pôde fazer se ele não fosse da mesma natureza com o Pai, e poderia se igualar ao seu Pai. Além disso, o Filho vê o que o Pai faz cooperando com ele, e assim não faz nada diferente do que ele vê o Pai fazer, junto com ele: para a qual pode ser acrescentado, que a frase mostra que o Filho não faz nada a não ser em sabedoria, e com conhecimento; e que como o Pai, assim ele faz todas as coisas, de acordo com o Seu conselho:
Porque tudo quanto ele faz, assim faz o filho igualmente;... O filho faz as mesmas obras que o Pai faz, tais como as obras da criação e providência, o governo tanto da igreja e do mundo; e ele faz essas coisas da mesma maneira, com o mesmo poder, e pela mesma autoridade que seu Pai faz e que prova ser ele igual com Ele; e a própria coisa que os Judeus entenderam que ele tinha afirmado, foi o que eles o acusaram: e isso ele mantém fortemente. A versão Siríaca lê, “porque as coisas que o Pai faz, o mesmo também faz o filho”; e a versão Persa, “o que quer que Deus tenha feito, o Filho também faz do mesmo jeito.”
Fonte: John Gill’s Exposition of the Entite Bible
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Notas:
[1] De Confus. Ling. p. 329.
Em verdade, em verdade eu vos digo;... Nada é mais certo; pode se confiar nisso como verdade; eu, que sou a própria verdade, o “amém”, e a testemunha fiel, aquele que possui toda credibilidade:
O Filho não pode fazer nada dele mesmo;... Ou ele não faz nada dele mesmo, nem ele fará qualquer coisa dele mesmo; quer dizer, ele não faz, nem vai, nem pode fazer qualquer coisa só ou pode se separar do seu Pai, ou a qual não diz respeito a ele; não qualquer coisa sem o conhecimento dele e consentimento, ou, ao contrário, da sua vontade: ele faz tudo junto com ele; com o mesmo poder, tendo a mesma vontade, sendo da mesma natureza, e igualdade um ao outro: porque estas palavras não projetam fraqueza no Filho, ou debilidade de seu poder de fazer qualquer coisa dele mesmo; quer dizer, pelo próprio poder dele: porque ele tem pela sua palavra o raio de poder para trazer à existência todas as coisas do nada, e pela mesma palavra sustenta todas as coisas; ele mesmo tem levado os pecados do seu povo, e por ele os purgou completamente, e se elevou dos mortos; mas elas expressam a sua perfeição; que ele não faz nada, e não pode fazer nada dele mesmo, em oposição ao seu Pai, e em contradição com a Sua vontade divina: como o Satanás fala de si mesmo, e os homens maus alienados de Deus, como eles agem por si mesmos, e fazem o que é contrário da natureza e vontade de Deus; mas o Filho não pode fazer assim, sendo da mesma natureza com Deus, então nunca age separadamente dele, ou contrário dele, mas sempre coopera e age com ele, e então nunca deve ser culpado pelo que ele faz. As versões Siríaca, Árabe e Persa vertem assim, “o Filho não pode fazer nada de sua própria vontade”; assim traduz Nonnus; como separado de, ou ao contrário da vontade de seu Pai, mas sempre de acordo com ela, eles que são uma pessoa em natureza, e assim em vontade e obras. Ele não faz nada então de si mesmo.
Mas o que ele vê o Pai fazer;... Não que ele vê o Pai, de fato, fazerendo um trabalho, e então ele faz depois dele, como a criação do mundo, a suposição de natureza humana, e redenção do homem, ou qualquer milagre particular, como se ao observar um terminado trabalho, fizesse ele igual; mas que ele que foi criado com ele, e jazendo no seu seio, era particular ao plano inteiro de suas obras, vendo na natureza dele e mente infinita, e nas suas deliberações vastas, propósitos, e desígnios, tudo que ele estava fazendo, ou faria, e assim faz do mesmo jeito, ou agiu concordemente com eles; e que ainda mostra e prova a unidade deles na natureza, e igualdade perfeita, visto que não há nada na mente do Pai que não tenha sido conhecido ao Filho, visto, e observado: assim Filo, o Judeu[1] diz que o “filho mais antigo do Pai, a quem ele chama de o primogênito; sendo gerado, imita o Pai, e vendo, ou olhando os seus exemplos e arquétipos, forma espécies,” quer dizer, enquanto estando familiarizado com as idéias originais e eternas de coisas na mente divina, age de acordo com eles, o qual ele não pôde fazer se ele não fosse da mesma natureza com o Pai, e poderia se igualar ao seu Pai. Além disso, o Filho vê o que o Pai faz cooperando com ele, e assim não faz nada diferente do que ele vê o Pai fazer, junto com ele: para a qual pode ser acrescentado, que a frase mostra que o Filho não faz nada a não ser em sabedoria, e com conhecimento; e que como o Pai, assim ele faz todas as coisas, de acordo com o Seu conselho:
Porque tudo quanto ele faz, assim faz o filho igualmente;... O filho faz as mesmas obras que o Pai faz, tais como as obras da criação e providência, o governo tanto da igreja e do mundo; e ele faz essas coisas da mesma maneira, com o mesmo poder, e pela mesma autoridade que seu Pai faz e que prova ser ele igual com Ele; e a própria coisa que os Judeus entenderam que ele tinha afirmado, foi o que eles o acusaram: e isso ele mantém fortemente. A versão Siríaca lê, “porque as coisas que o Pai faz, o mesmo também faz o filho”; e a versão Persa, “o que quer que Deus tenha feito, o Filho também faz do mesmo jeito.”
Fonte: John Gill’s Exposition of the Entite Bible
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Notas:
[1] De Confus. Ling. p. 329.