Comentário de João 5:31

Se eu dou testemunho de mim mesmo,... O que não era permitido a nenhum homem fazer; nem, de fato, próprio que um homem devesse ser uma testemunha de sua própria causa: e, de acordo com os canôns Judaicos, um homem não podia ser testemunha de sua esposa, porque ela era conderada como se fosse seu marido.

“Um marido não deve ser acreditado ao dar testemunho de sua esposa, que tinha sido levada cativa, de que ela não está maculada, שאין אדם מעיד לעצמו, “porque nenhum homem testemunha de si mesmo”.” [1]

Assim, da mesma maneira, eles dizem: [2]

“Uma cidade que é conquistada por um exército, todas as sacerdotisas (ou as filhas dos sacerdotes) que são achadas nela são rejeitadas (do sacerdócio, como maculadas); mas se eles têm testemunha, se um servo, ou serva, eles serão acreditados; mas nenhum homem será acreditado para si mesmo: diz R. Zacarias ben Hakatzah, por esta habitação (jurando pelo templo) a mão dela não estava afastada de minha mão, do tempo em que os Gentios entraram em Jerusalém, até que eles saíssem: eles responderam a ele, “nenhum homem dá testemunho de si mesmo”.”

Cristo raciocina aqui nos seus próprios princípios e de acordo com o sentido das coisas para eles, que ele devesse dar testemunho de si mesmo; então, diz ele:

Meu testemunho não é verdadeiro,... לא נאמן, Não deve ser acreditado, ou admitido como um testemunho autêntico: e assim a versão Etíope verte assim, não “é acreditável”; não é válido na lei, ou em tal tribunal de judicatura na qual Cristo estava agora; porque de acordo com a lei judia, nenhum homem foi admitido como uma testemunha para si mesmo, nem qualquer coisa deveria ser estabelecida por um único testemunho, mas pela boca de duas ou três testemunhas, Deut. 19:15. O significado de Cristo aqui é que o testemunho dele só, a única testemunha de si mesmo, não importava o quão verdadeiro fosse, não representaria nada no tribunal deles; e, então, ele não insistiria nisto, porque “verdade” aqui não é oposto ao que é “falso”, mas para o que não é válido na lei. O testemunho de Cristo era verdade em si mesmo; nem poderia ser qualquer outro, isto que vem dele, que é verdade em si, o “Amém”, e a testemunha fiel; mas sendo considerado como um testemunho humano, e na sua própria causa, não seria admitido como suficiente; e isto ele permite, dos argumentos, provando a igualdade dele com o Pai, ele passa aos testemunhos; e sem classificar o uso do seu próprio, ele tinha bastante para produzir, e que era válido e autêntico, como se segue.




Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible


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Notas:

[1] Maimon. Issure Bia, c. 18. seç. 19.
[2] Misn. Cetubot, c. 2. seç. 9. T. Bab. Cetubot, fol. 27. 2. Juchasin, fol. 56. 1.