Comentário de Marcos 1:16-20
JESUS APRESENTA O REINO DE DEUS 1.16-45
A essência da mensagem de Jesus, e a resposta que ela requer das pessoas, é preservada no versículo 15. O autor, agora, ilustra o significado da mensagem de Jesus nas vidas de homens e mulheres que têm um encontro com ele.
Ao ouvir a ordem "Segue-me" muitas pessoas poderiam perguntar, "Quem é você para que eu o siga?", e, "Para onde você vai e por quê?" Aqueles que acompanham Jesus vão adquirindo, gradativamente, respostas parciais para essas questões, mas a grande revelação só vem nas cenas finais do Evangelho. No entanto, pelas declarações do autor (1.1) e da voz vinda dos céus (1.11, cf. 9.7), os leitores são lembrados que Jesus é o Messias (o Cristo), o Filho amado de Deus. Assim, procuramos respostas para perguntas tais como a seguinte: "Como ele é, e, o que ele tem a ver conosco?"
Nesta primeira metade do evangelho, Marcos retrata a formação do discípulo em três estágios: Jesus convida os quatro pescadores para segui-lo (1.16-20), ele separa os doze (3.13-19) e os envia numa missão (6.6b-8. 26). Esses três estágios caracterizam a ênfase no discipulado que perpassa as três divisões (1.14 - 8.26), nas quais Marcos relata o ministério de Jesus na Galiléia.
Dois irmãos, Simão e André, estão ocupados em sua tarefa de lan¬çarem as redes no lago da Galiléia. Ao passar pela praia Jesus os convida a segui-lo (1.16-20).
Imediatamente, deixam de lado o que estão fazendo e vão após ele. Essa é uma maneira irônica de começar um reino. Ninguém estabelece um reino com quatro pescadores. Mas isso é somente uma das surpresas que nos esperam.
Não muito distante dali, dois outros pescadores, Tiago e João, estão em seus barcos, consertando as redes. Jesus também os convida. Eles deixam seu pai, Zebedeu, no barco com os empregados e seguem a Jesus.
O relato sucinto do chamado dos quatro pescadores enfatiza a autoridade marcante de Jesus e as exigências radicais de seu reino. Jesus aparece; sua palavra é revestida de autoridade. Aqueles que a ouvem, obedecem, sem demora, sem questionamento algum.
Sua palavra os encontra no meio de seu dia-a-dia. Todas as atividades e responsabilidades anteriores perdem a importância à luz das exigências superiores do reino. Seu relacionamento com Jesus tem precedência sobre laços familiares. Suas vidas mudam de direção sob a autoridade suprema de Jesus; a vontade de Deus se torna soberana em sua vidas.
As palavras de Jesus aos pescadores contêm um imperativo ("Siga-me") e uma promessa ("E eu os farei pescadores de homens"). Sua autoridade expressa nessa ordem, não elimina a vontade de homens e mulheres, mas os confronta com uma decisão. Ele assume a responsabilidade de fazer deles o que é o seu propósito. "Eu os farei" é algo condicional; é uma promessa generosa, mas limitada àqueles que o seguirem.
Seguir a Jesus é a responsabilidade inadiável de todo aquele que se arrepende e crê no evangelho. O seguir começa com um primeiro passo e continua pela vida toda, uma vida de participação com Jesus em sua jornada "no caminho" (hodos, 8.27). O seguidor não sabe de tudo que está envolvido no processo; ele entenderá somente à medida em que seguir. Não se trata de envolvimento num programa; não é aderir a uma causa, movimento ou instituição; nem seguir uma lista de regras. É, na verdade, devoção pessoal a Jesus. "Siga-me" é a primeira e, também, a última palavra de Jesus a seus discípulos (1.17; 16.7).
Esse episódio funciona como um "periscópio", pois antecipa um dos temas proeminentes deste Evangelho: o discipulado. Naqueles dias, um jovem interessado poderia pedir permissão a um rabi para tornar-se seu discípulo. Como tal, ele poderia “concorrer” com e, talvez, até mesmo substituir seu mestre. Não é assim com Jesus e seus discípulos. A iniciativa da escolha é dele; sua palavra é revestida de autoridade. Ele estabelece o caminho a ser percorrido e permanece soberano. O papel dos discípulos é segui-lo. O discipulado é uma mistura da iniciativa e autoridade divinas com a resposta humana.
O discipulado requer uma resposta individual; não, contudo, individualista. O discípulo torna-se membro de uma nova comunidade; e assim Jesus cria o núcleo da igreja, composto por seus seguidores e centrado na comunhão com ele. Os discípulos não se relacionam apenas com Jesus mas também uns com os outros, como Marcos descreve tão realisticamente mais tarde. E ainda mais, eles têm um ministério para com os outros fora da comunidade. Jesus especifica a missão deles como a continuidade do que ele está fazendo. Ele está pescando homens; e à medida em que eles o seguem, os capacita a participar na formação do novo povo de Deus.
Fonte: Cornerstone Biblical Commentary
Ao ouvir a ordem "Segue-me" muitas pessoas poderiam perguntar, "Quem é você para que eu o siga?", e, "Para onde você vai e por quê?" Aqueles que acompanham Jesus vão adquirindo, gradativamente, respostas parciais para essas questões, mas a grande revelação só vem nas cenas finais do Evangelho. No entanto, pelas declarações do autor (1.1) e da voz vinda dos céus (1.11, cf. 9.7), os leitores são lembrados que Jesus é o Messias (o Cristo), o Filho amado de Deus. Assim, procuramos respostas para perguntas tais como a seguinte: "Como ele é, e, o que ele tem a ver conosco?"
Nesta primeira metade do evangelho, Marcos retrata a formação do discípulo em três estágios: Jesus convida os quatro pescadores para segui-lo (1.16-20), ele separa os doze (3.13-19) e os envia numa missão (6.6b-8. 26). Esses três estágios caracterizam a ênfase no discipulado que perpassa as três divisões (1.14 - 8.26), nas quais Marcos relata o ministério de Jesus na Galiléia.
JESUS CHAMA QUATRO PESCADORES 1.16-20
Dois irmãos, Simão e André, estão ocupados em sua tarefa de lan¬çarem as redes no lago da Galiléia. Ao passar pela praia Jesus os convida a segui-lo (1.16-20).
Imediatamente, deixam de lado o que estão fazendo e vão após ele. Essa é uma maneira irônica de começar um reino. Ninguém estabelece um reino com quatro pescadores. Mas isso é somente uma das surpresas que nos esperam.
Não muito distante dali, dois outros pescadores, Tiago e João, estão em seus barcos, consertando as redes. Jesus também os convida. Eles deixam seu pai, Zebedeu, no barco com os empregados e seguem a Jesus.
O relato sucinto do chamado dos quatro pescadores enfatiza a autoridade marcante de Jesus e as exigências radicais de seu reino. Jesus aparece; sua palavra é revestida de autoridade. Aqueles que a ouvem, obedecem, sem demora, sem questionamento algum.
Sua palavra os encontra no meio de seu dia-a-dia. Todas as atividades e responsabilidades anteriores perdem a importância à luz das exigências superiores do reino. Seu relacionamento com Jesus tem precedência sobre laços familiares. Suas vidas mudam de direção sob a autoridade suprema de Jesus; a vontade de Deus se torna soberana em sua vidas.
As palavras de Jesus aos pescadores contêm um imperativo ("Siga-me") e uma promessa ("E eu os farei pescadores de homens"). Sua autoridade expressa nessa ordem, não elimina a vontade de homens e mulheres, mas os confronta com uma decisão. Ele assume a responsabilidade de fazer deles o que é o seu propósito. "Eu os farei" é algo condicional; é uma promessa generosa, mas limitada àqueles que o seguirem.
Seguir a Jesus é a responsabilidade inadiável de todo aquele que se arrepende e crê no evangelho. O seguir começa com um primeiro passo e continua pela vida toda, uma vida de participação com Jesus em sua jornada "no caminho" (hodos, 8.27). O seguidor não sabe de tudo que está envolvido no processo; ele entenderá somente à medida em que seguir. Não se trata de envolvimento num programa; não é aderir a uma causa, movimento ou instituição; nem seguir uma lista de regras. É, na verdade, devoção pessoal a Jesus. "Siga-me" é a primeira e, também, a última palavra de Jesus a seus discípulos (1.17; 16.7).
Esse episódio funciona como um "periscópio", pois antecipa um dos temas proeminentes deste Evangelho: o discipulado. Naqueles dias, um jovem interessado poderia pedir permissão a um rabi para tornar-se seu discípulo. Como tal, ele poderia “concorrer” com e, talvez, até mesmo substituir seu mestre. Não é assim com Jesus e seus discípulos. A iniciativa da escolha é dele; sua palavra é revestida de autoridade. Ele estabelece o caminho a ser percorrido e permanece soberano. O papel dos discípulos é segui-lo. O discipulado é uma mistura da iniciativa e autoridade divinas com a resposta humana.
O discipulado requer uma resposta individual; não, contudo, individualista. O discípulo torna-se membro de uma nova comunidade; e assim Jesus cria o núcleo da igreja, composto por seus seguidores e centrado na comunhão com ele. Os discípulos não se relacionam apenas com Jesus mas também uns com os outros, como Marcos descreve tão realisticamente mais tarde. E ainda mais, eles têm um ministério para com os outros fora da comunidade. Jesus especifica a missão deles como a continuidade do que ele está fazendo. Ele está pescando homens; e à medida em que eles o seguem, os capacita a participar na formação do novo povo de Deus.
Fonte: Cornerstone Biblical Commentary