Comentário de Marcos 1:21-22

SEGUINDO A JESUS POR VINTE
E QUATRO HORAS 1.21-39


Uma boa maneira de se conhecer alguém é acompanhar essa pessoa em suas atividades diárias, observando-a numa variedade de situações. Marcos nos leva com Jesus por um período de vinte e quatro horas. Vemos Jesus em ação. As questões propostas anteriormente ainda valem. "Quem é Jesus?", surge a pergunta num encontro. Uma resposta inicial é dada à questão "Para onde Jesus está indo?" Ele está indo pescar homens e mulheres. Aqueles que o seguem têm a oportunidade de aprender algo sobre esta tarefa à medida em que o observam procurando pessoas.

É claro que ele é muito mais do que um pescador. Embora seja o Ungido, autorizado pelo Espírito Santo, sua identidade não é revelada aos homens. Eles vêem sua autoridade manifestando-se de diferentes maneiras c perguntam: "De onde vem esse poder?" São confrontados com a neces¬sidade de tomar decisões com relação a ele. Em quatro narrativas curtas sobre eventos ocorridos em Cafarnaum, Marcos nos dá uma visão detalhada das reações iniciais a Jesus.

JESUS DEMONSTRA SUA AUTORIDADE
EM UMA SINAGOGA 1.21-28


No primeiro segmento deste período de vinte e quatro horas, Jesus começa a ensinar na sinagoga em Cafarnaum, um lugar onde se poderia esperar encontrar pessoas altamente interessadas em viver de acordo com a lei de Deus. Seu ensino, entretanto, é interrompido por um homem possesso por um espírito mau.

1.21-22 - Ele começa o treinamento dos discípulos em Cafarnaum, cidade natal de Simão e André (v. 29), levando-os consigo à reunião regular dos judeus no sábado, na sinagoga. Reunidos para orar a Deus e para a leitura das Escrituras, as pessoas deveriam acolher as novas trazidas por Je¬sus. É um bom lugar para o começo.

Marcos não menciona o conteúdo do ensino de Jesus; mas podemos presumir que o versículo 15 o apresenta em linhas gerais. Marcos enfatiza, no entanto, que ensino de Jesus contrastava com o dos escribas por causa da autoridade com que ele ensinava. Esses mestres da lei (os escribas) não davam respostas diretas; limitavam-se a fazer citações de fontes rabínicas. Eles diluíam as Escrituras com suas tradições. Jesus, entretanto, ensinava com a contundência da autoridade divina.

O reconhecimento de João como profeta foi facilitado pelo fato de suas roupas lembrarem as de Elias. Os sinais para a identidade de Jesus não são tão evidentes. Seu ministério não fora sancionado pelas autoridades em Jerusalém. Sua ordenação por Deus (1.9-11) não é de conhecimento públi¬co. Suas palavras e obras são suas credenciais. Elas são parte da sua proclamação do reino. São os degraus que capacitam aqueles que o obser¬vam cuidadosamente a vir reconhecê-lo como o Prometido de Deus.



Fonte: Cornerstone Biblical Commentary