Comentário de Marcos 1:40-49
1.40-42 - Embora este leproso viole as regras do isolamento e aproxime-se de Jesus, ele não é repreendido. De alguma forma, ele sabe que Jesus é Compassivo e capaz de curá-lo. Ajoelhando-se diante dele, declara sua fé na autoridade de Jesus: "Se quiseres podes purificar-me". Em outras palavras, "Tu tens tal autoridade que podes fazer o que quiseres." Esse é o mais alto entendimento que uma pessoa pode ter a respeito da autoridade de Jesus. Honrando tal reconhecimento, Jesus confirma sua soberania "Eu quero, fica limpo!" Apesar de que a prioridade de Jesus não é a cura (1.38) ele não deixa de fazê-lo. Em sua batalha contra o mal, liberta as pessoas de todo tipo de escravidão.
Os leproso não eram, apenas, isolados da sociedade como também não podiam ser tocados. Qualquer que os tocasse se tornaria impuro para as cerimônias (como aqueles que tocavam os cadáveres), tanto quanto corriam o risco de serem infectados fisicamente. Enquanto outros se resguardavam de tais contatos, Jesus tocou o intocável. Jesus não se tornou impuro, antes purificou o que era impuro.
Jesus age com sua compaixão característica (cf. 6.34). De acordo com os melhores manuscritos, entretanto, o texto não declara que Jesus é movido por compaixão, como traz a maioria das nossas traduções. Em vez disso diz: "ele foi movido pela ira". A lepra é um exemplo vivo da destruição causada pelo mal. A ira de Jesus é dirigida contra Satanás, que estava destruindo o leproso, tanto quanto escravizava o endemoninhado. Não devemos nos surpreender, pois a ira de Deus é dirigida contra o mal. Não podemos definir Jesus como um sentimentalista; ele está engajado na destruição do mal. Sua ira aqui é a evidência da presença do domínio de Deus, o que inclui o julgamento do pecado tanto quanto a oferta da redenção. Seu reino futuro trará a completa redenção àqueles que se arrependem e creem (1.15).
Os leitores familiarizados com as leis levíticas rapidamente entendem essa história como a expressão do poder de Jesus para redimir do pecado, tanto quanto seu poder para curar. Aquele que é capaz de curar o leproso e restaurá-lo à comunhão com Deus, e à comunidade, pode também limpar o pecador e trazê-lo ao relacionamento com Deus e com as pessoas. Esse entendimento é reforçado no próximo segmento (2.1-2), que enfatiza o poder de Jesus para perdoar o pecado.
A lei mosaica referente à purificação não podia ajudar o homem; ela fora destinada a proteger a comunidade. O que a Lei não pode fazer, Jesus faz (cf. Rm 8.3). Ele o faz simplesmente com suas palavras "Seja limpo!" A cura é imediata (v. 42). Para cumprir aquela lei, Jesus diz ao homem que se apresente ao sacerdote, para que este confirme a sua purificação. Isso garantiria a aceitação do homem na comunidade.
1.45-49 - Essa instrução, no entanto, é feita com uma forte advertência: "Não conte a ninguém". A publicidade dada a essa cura iria somente aumentar a admiração das pessoas, dificultando o ministério de Jesus (v. 45). Ainda assim, muitos vêem apenas suas obras, sem ouvir suas palavras. Muitos o consideram apenas um fazedor de milagres. Precisam de tempo para considerar as evidências, e descobrir quem é Jesus.
Anteriormente, o leproso nos impressionou com sua fé e entendimento ao ajoelhar-se diante de Jesus. Sua clara percepção da autoridade de Jesus deveria resultar numa atitude de obediência a Jesus, como expressão de sua gratidão. Ao invés disso, seu entusiasmo falou mais alto. Contrariando o aviso de Jesus, ele conta a todos o que acontecera, como se as emoções pudessem ser um substituo à obediência. Ele buscara ansiosamente as bênçãos de Jesus, mas não aceitou que Jesus reinasse em sua vida. Parece que ele não procurou Jesus como uma pessoa; antes, ele o procurou por aquilo que poderia receber dele. Sua desobediência atrasou o progresso do evangelho. Por um tempo, Jesus não pode ir a nenhuma cidade livremente, mas permanece em locais solitários. Ainda assim, as pessoas vêm a ele de todos os lugares (v.45).
Esse segmento (1.14-49) enfatiza a autoridade de Jesus ao estabelecer o governo de Deus entre os homens. No presente, homens e mulheres são confrontados com a decisão de seguir a Jesus. Eles podem aceitar ou rejeitar. Mesmo aqueles que se beneficiam ricamente de sua autoridade, como o leproso, podem insistir em seus próprios caminhos. Mas, além daquilo que pessoalmente estão perdendo, sua desobediência limita o reino de Deus.
Os leproso não eram, apenas, isolados da sociedade como também não podiam ser tocados. Qualquer que os tocasse se tornaria impuro para as cerimônias (como aqueles que tocavam os cadáveres), tanto quanto corriam o risco de serem infectados fisicamente. Enquanto outros se resguardavam de tais contatos, Jesus tocou o intocável. Jesus não se tornou impuro, antes purificou o que era impuro.
Jesus age com sua compaixão característica (cf. 6.34). De acordo com os melhores manuscritos, entretanto, o texto não declara que Jesus é movido por compaixão, como traz a maioria das nossas traduções. Em vez disso diz: "ele foi movido pela ira". A lepra é um exemplo vivo da destruição causada pelo mal. A ira de Jesus é dirigida contra Satanás, que estava destruindo o leproso, tanto quanto escravizava o endemoninhado. Não devemos nos surpreender, pois a ira de Deus é dirigida contra o mal. Não podemos definir Jesus como um sentimentalista; ele está engajado na destruição do mal. Sua ira aqui é a evidência da presença do domínio de Deus, o que inclui o julgamento do pecado tanto quanto a oferta da redenção. Seu reino futuro trará a completa redenção àqueles que se arrependem e creem (1.15).
Os leitores familiarizados com as leis levíticas rapidamente entendem essa história como a expressão do poder de Jesus para redimir do pecado, tanto quanto seu poder para curar. Aquele que é capaz de curar o leproso e restaurá-lo à comunhão com Deus, e à comunidade, pode também limpar o pecador e trazê-lo ao relacionamento com Deus e com as pessoas. Esse entendimento é reforçado no próximo segmento (2.1-2), que enfatiza o poder de Jesus para perdoar o pecado.
A lei mosaica referente à purificação não podia ajudar o homem; ela fora destinada a proteger a comunidade. O que a Lei não pode fazer, Jesus faz (cf. Rm 8.3). Ele o faz simplesmente com suas palavras "Seja limpo!" A cura é imediata (v. 42). Para cumprir aquela lei, Jesus diz ao homem que se apresente ao sacerdote, para que este confirme a sua purificação. Isso garantiria a aceitação do homem na comunidade.
1.45-49 - Essa instrução, no entanto, é feita com uma forte advertência: "Não conte a ninguém". A publicidade dada a essa cura iria somente aumentar a admiração das pessoas, dificultando o ministério de Jesus (v. 45). Ainda assim, muitos vêem apenas suas obras, sem ouvir suas palavras. Muitos o consideram apenas um fazedor de milagres. Precisam de tempo para considerar as evidências, e descobrir quem é Jesus.
Anteriormente, o leproso nos impressionou com sua fé e entendimento ao ajoelhar-se diante de Jesus. Sua clara percepção da autoridade de Jesus deveria resultar numa atitude de obediência a Jesus, como expressão de sua gratidão. Ao invés disso, seu entusiasmo falou mais alto. Contrariando o aviso de Jesus, ele conta a todos o que acontecera, como se as emoções pudessem ser um substituo à obediência. Ele buscara ansiosamente as bênçãos de Jesus, mas não aceitou que Jesus reinasse em sua vida. Parece que ele não procurou Jesus como uma pessoa; antes, ele o procurou por aquilo que poderia receber dele. Sua desobediência atrasou o progresso do evangelho. Por um tempo, Jesus não pode ir a nenhuma cidade livremente, mas permanece em locais solitários. Ainda assim, as pessoas vêm a ele de todos os lugares (v.45).
Esse segmento (1.14-49) enfatiza a autoridade de Jesus ao estabelecer o governo de Deus entre os homens. No presente, homens e mulheres são confrontados com a decisão de seguir a Jesus. Eles podem aceitar ou rejeitar. Mesmo aqueles que se beneficiam ricamente de sua autoridade, como o leproso, podem insistir em seus próprios caminhos. Mas, além daquilo que pessoalmente estão perdendo, sua desobediência limita o reino de Deus.