Comentário de Marcos 1:7-8
O chamado de João para o arrependimento indica que alguma coisa extremamente importante está para acontecer. Nas únicas palavras suas mencionadas no Evangelho de Marcos, João declara que alguém mais poderoso que ele está para vir. Ele exalta a pessoa de Jesus, a figura central em seu ministério. Tanto João quanto Jesus são servos de Deus e ministros em seu plano de redenção; mas, como João mesmo aponta, Jesus é maior em poder, em dignidade e ministério. João é o maior dos profetas (Mt 11.11), mas Jesus é de uma ordem de grandeza diferente. Ele é o Filho de Deus, cheio e dirigido pelo Espírito Santo (1.10-12).
Apesar da importância de sua missão, João é humilde. Naqueles dias, os discípulos serviam seus mestres da mesma maneira que os escravos serviam seus senhores, exceto em desatar suas sandálias. Essa tarefa nem mesmo escravos hebreus realizavam. João, entretanto, é indigno de desatar as tiras das sandálias daquele que estava chegando, seu Senhor, cuja dignidade é insuperável.
O ministério de Jesus é também mais poderoso. Apesar de seu apelido, Batista, por causa de sua ênfase, João deixou claro que seu batismo é limitado. É preparatório para aquele que viria. A regeneração completa virá somente com o batismo com o Espírito Santo que Jesus ministrará. Como Hooker diz, João é "uma figura enigmática, que não pertence nem à ordem dos antigos profetas (pois ele os completa) nem à nova ordem do evangelho (pois ele é seu arauto). Seu papel é o de testemunha e precursor".[1]
A primeira menção do Espírito Santo neste Evangelho identifica totalmente Jesus com a salvação prometida, associando-o com o derramar do Espírito (Jl 2.28s; Ez 36.26s). Logo após ser ungido pelo Espírito (1.10), Jesus irá conceder o Espírito aos outros. Nos versículos 2-8, Marcos estabelece que a vinda de João marca o primeiro e indispensável passo para cumprir as antigas promessas de salvação. João prepara o caminho para o Senhor. O povo, por meio de seu arrependimento e batismo prepara-se para receber o Messias. A cena está pronta para o Senhor. Então, conforme Marcos diz no versículo 9. "Jesus veio".
Fonte: Cornerstone Biblical Commentary
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Notas:[1] M. Hooker, 75.
Apesar da importância de sua missão, João é humilde. Naqueles dias, os discípulos serviam seus mestres da mesma maneira que os escravos serviam seus senhores, exceto em desatar suas sandálias. Essa tarefa nem mesmo escravos hebreus realizavam. João, entretanto, é indigno de desatar as tiras das sandálias daquele que estava chegando, seu Senhor, cuja dignidade é insuperável.
O ministério de Jesus é também mais poderoso. Apesar de seu apelido, Batista, por causa de sua ênfase, João deixou claro que seu batismo é limitado. É preparatório para aquele que viria. A regeneração completa virá somente com o batismo com o Espírito Santo que Jesus ministrará. Como Hooker diz, João é "uma figura enigmática, que não pertence nem à ordem dos antigos profetas (pois ele os completa) nem à nova ordem do evangelho (pois ele é seu arauto). Seu papel é o de testemunha e precursor".[1]
A primeira menção do Espírito Santo neste Evangelho identifica totalmente Jesus com a salvação prometida, associando-o com o derramar do Espírito (Jl 2.28s; Ez 36.26s). Logo após ser ungido pelo Espírito (1.10), Jesus irá conceder o Espírito aos outros. Nos versículos 2-8, Marcos estabelece que a vinda de João marca o primeiro e indispensável passo para cumprir as antigas promessas de salvação. João prepara o caminho para o Senhor. O povo, por meio de seu arrependimento e batismo prepara-se para receber o Messias. A cena está pronta para o Senhor. Então, conforme Marcos diz no versículo 9. "Jesus veio".
Fonte: Cornerstone Biblical Commentary
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Notas:[1] M. Hooker, 75.