Comentário de F.F Bruce: Romanos 1:1
PRÓLOGO (1:1-15)
a. Saudação (1:1-7).
Antigamente uma carta começava com uma saudação simples. Tal saudação constitui o esboço das saudações que servem para iniciar a maior parte das epístolas do Novo Testamento, ampliadas de vários modos e recebendo ênfase cristã.
A saudação desta carta toma forma parecida: “Paulo... a todos os amados de Deus que estais em Roma ... saudações.” Mas cada parte da saudação é ampliada — o nome do remetente, o nome dos destinatários e as saudações propriamente ditas.
1.1. Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo. A palavra traduzida por “servo” é o termo grego doulos, “escravo”. Paulo está completamente à disposição do seu Senhor. A convocação dele para ser apóstolo, para ser especialmente comissionado por Cristo, foi feita diretamente — diz ele — “por Jesus Cristo, e por Deus Pai” (Gl 1:1), que lançaram sobre ele a responsabilidade de proclamar o Evangelho no mundo gentílico (Gl 1:16).
Separado para o evangelho de Deus, isto é, posto à parte para o ministério do Evangelho, muito antes de sua conversão (ver Gl 1:15, onde fala de si mesmo como tendo sido separado antes do seu nascimento). Todos os ricos e variados dons da herança de Paulo (judaica, grega e romana), e da sua educação foram predestinados por Deus com vistas ao seu serviço apostólico. Verifique-se a descrição que o Senhor ressurreto faz de Paulo como “um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios...” (At 9:15). O “evangelho de Deus”, Seu euangelion, é Sua jubilosa proclamaçâo da vitória e da exaltação de Seu Filho, e da consequente anistia e libertação que os homens podem desfrutar pela fé nele. O fundo veterotestamentário do uso neotestamentário de euangelion acha-se na LXX, em Isaías 40-66 (principalmente em Is 40:9, 52:7, 60:6, 61:1), onde se usa este substantivo ou seu verbo cognato euangelizomai para indicar a proclamaçâo da iminente libertação de Sião e retorno do exílio. Os escritores do Novo Testamento tratam dessa proclamação como prefigurando aquela libertação do cativeiro e da alienação espiritual alcançada pela morte e ressurreição de Cristo (ver, p. 169).
Fonte: Epistle of Paul to the Romans de F. F. Bruce. M.A., D.D. Catedrático de Crítica Bíblica e de Exegese Bíblica na Universidade de Manchester (Rylands)
a. Saudação (1:1-7).
Antigamente uma carta começava com uma saudação simples. Tal saudação constitui o esboço das saudações que servem para iniciar a maior parte das epístolas do Novo Testamento, ampliadas de vários modos e recebendo ênfase cristã.
A saudação desta carta toma forma parecida: “Paulo... a todos os amados de Deus que estais em Roma ... saudações.” Mas cada parte da saudação é ampliada — o nome do remetente, o nome dos destinatários e as saudações propriamente ditas.
1.1. Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo. A palavra traduzida por “servo” é o termo grego doulos, “escravo”. Paulo está completamente à disposição do seu Senhor. A convocação dele para ser apóstolo, para ser especialmente comissionado por Cristo, foi feita diretamente — diz ele — “por Jesus Cristo, e por Deus Pai” (Gl 1:1), que lançaram sobre ele a responsabilidade de proclamar o Evangelho no mundo gentílico (Gl 1:16).
Separado para o evangelho de Deus, isto é, posto à parte para o ministério do Evangelho, muito antes de sua conversão (ver Gl 1:15, onde fala de si mesmo como tendo sido separado antes do seu nascimento). Todos os ricos e variados dons da herança de Paulo (judaica, grega e romana), e da sua educação foram predestinados por Deus com vistas ao seu serviço apostólico. Verifique-se a descrição que o Senhor ressurreto faz de Paulo como “um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios...” (At 9:15). O “evangelho de Deus”, Seu euangelion, é Sua jubilosa proclamaçâo da vitória e da exaltação de Seu Filho, e da consequente anistia e libertação que os homens podem desfrutar pela fé nele. O fundo veterotestamentário do uso neotestamentário de euangelion acha-se na LXX, em Isaías 40-66 (principalmente em Is 40:9, 52:7, 60:6, 61:1), onde se usa este substantivo ou seu verbo cognato euangelizomai para indicar a proclamaçâo da iminente libertação de Sião e retorno do exílio. Os escritores do Novo Testamento tratam dessa proclamação como prefigurando aquela libertação do cativeiro e da alienação espiritual alcançada pela morte e ressurreição de Cristo (ver, p. 169).
Fonte: Epistle of Paul to the Romans de F. F. Bruce. M.A., D.D. Catedrático de Crítica Bíblica e de Exegese Bíblica na Universidade de Manchester (Rylands)