Comentário de Salmos 1:1-6

Comentário de Salmos 1:1-6
Para ser feliz, cuide de suas associações: Os companheiros que se tem, podem exercer influência para o bem ou para o mal. Muitas vezes, as pessoas admitem que, por causa dos amigos, começaram a usar drogas e fumo, ou ficaram envolvidas num modo imoral de vida. Outros, pelo esforço decidido de romper com as associações inconvenientes, e, em vez delas, procurar o companheirismo de pessoas que seguem bons princípios, conseguiram vencer os hábitos prejudiciais.

Portanto, se realmente quiser ter genuína felicidade e segurança, terá de evitar a associação daqueles que não amam o que é direito. Este ponto é vigorosamente salientado na Bíblia. No livro dos Salmos, por exemplo, lemos: “Feliz é o homem que não tem andado no conselho dos iníquos, e que não se deteve no caminho dos pecadores, e que não se sentou no assento dos zombadores.” — Sal. 1:1 YLT.

A felicidade simplesmente não pode ser conseguida pelos que desconsideram os modos de Deus. O Altíssimo, como Pai amoroso, proveu somente leis que promovem o bem-estar de suas criaturas inteligentes. Portanto, feliz é aquele que se nega a adotar a admoestação ou o “conselho” dos ímpios como guia na vida. Visto que rejeita firmemente o modo de pensar deles, certamente não ‘se detém no caminho dos pecadores’. Isto significa que não será encontrado no lugar onde estes estão; não quer a companhia deles. Portanto, não se rebaixa ao nível do circulo deles, sentando-se com eles e zombando da piedade.

Naturalmente, a felicidade do justo não é encontrada apenas numa vida de negativos. Não, ele encontra verdadeiro prazer nas coisas edificantes, enchendo a mente e o coração com aquilo que é sadio. O primeiro salmo continua: “Seu agrado é na lei de Jeová, e na sua lei ele lê dia e noite em voz baixa.” (Sal. 1:2 YLT) O verdadeiro prazer do justo resulta de ele satisfazer o genuíno desejo de conhecer a lei de Jeová e de aplicá-la. (Veja Tiago 1:25.) Não deixa passar nenhum dia sem dar consideração a assuntos espirituais.

Iguais aos outros homens, as pessoas justas sofrem provações, mas conseguem suportá-las com bom êxito, assim como uma árvore sã resiste a ventos comparativamente fortes. O salmista, apropriadamente, compara o homem piedoso a uma árvore forte num lugar bem regado, dizendo: “Ele há de tornar-se qual árvore plantada junto a correntes de água, que dá seu fruto na sua estação e cuja folhagem não murcha, e tudo o que ele fizer prosperará.” (Sal. 1:3 YLT) Uma árvore plantada junto a uma fonte inesgotável de água não resseca durante a época do estio ou no calor do verão, mas dá frutos. Do mesmo modo, a força dos justos vem duma fonte inesgotável, a saber, Jeová. Com a ajuda do Espírito de Deus, são capazes de suportar a pressão das provações e das dificuldades. No fim, são bem sucedidos em tudo, porque seu objetivo principal é continuar sendo servos aprovados do Todo-poderoso. O calor da oposição não os afasta de sua determinação. Saem-se vitoriosos, como pessoas aprovadas por Deus.

Quão diferente é com os iníquos! Eles talvez pareçam prosperar por um tempo, mas não têm segurança duradoura. O salmista prossegue: “Os iníquos não são assim, mas são como a pragana impelida pelo vento. É por isso que os iníquos não se levantarão no julgamento, nem os pecadores na assembléia dos justos. Porque Jeová toma conhecimento do caminho dos justos, mas o próprio caminho dos iníquos perecerá.” — Sal. 1:4-6.

Por conseguinte, os iníquos não têm mais segurança do que tem a pragana durante a joeira. A pragana é levada pelo vento, ao passo que os grãos, mais pesados, caem para o chão. De maneira similar, os justos permanecem, mas os iníquos são levados pelo vento, iguais à pragana inútil. Submetidos ao julgamento, os iníquos simplesmente não permanecerão como aprovados, mas serão condenados. Não terão lugar entre os justos. Os tidos como pecadores não serão bem sucedidos na pretensão de fazer parte da assembléia dos justos.

O motivo de os iníquos não estarem como aprovados perante Jeová e não serem contados junto com os retos é que o Todo-poderoso conhece o “caminho dos justos”. Sim, ele reconhecerá o proceder destes, na vida, como aprovado e os recompensará concordemente. Portanto, o caminho dos justos permanece para sempre, mas o dos iníquos perecerá. Visto que os iníquos perecem, seu caminho ou modo de vida acabará com eles.

Deveras, o primeiro salmo nos dá cordial encorajamento para nos agradarmos da lei de Deus, evitando a intimidade dos que realmente não amam o Altíssimo. Este proceder resultará em sermos felizes, não apenas por alguns anos, mas eternamente, como servos leais de Deus.



Fonte: Devocional Biblical Commentary