Livro de Gênesis | Introdução, Esboço e Análise
Gênesis (Gn)
Autor: Tradicionalmente Moisés
Data: Cerca de 1440 a.C.
Autor
A tradição judaica lista Moisés como o autor do Gênesis e dos outros quatro livros que o seguem, juntos, estes livros são denominados de Pentateuco. Jesus disse: “Se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele” (Jo 5.46) O próprio Pentateuco descreve Moisés como alguém que escreveu extensivamente. Ver Ex 17.14; 24.4; Dt 31.24; At 7.22 nos conta que “Moisés foi instruído em toda ciência dos egípcios.” Nas notas que acompanham o texto nós observamos que Gênesis emprega um bom número de termos emprestados dos egípcio, sendo este um fato que sugere que o autor original tenha as suas origens no Egito, como era o caso de Moisés.
Data
A data tradicional do êxodo do Egito se encontra no meio do décimo quinto século a.C. 1Rs 6.1 afirma que Salomão começou a construir o templo “no ano quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito”. Entende-se que Salomão tenha iniciado a construção em cerca de 960 a.C., datando assim o êxodo em 1440 a.C. Desta forma Moisés redigiu o Êxodo depois de 1440 a.C., durante os quarenta anos no deserto.
Conteúdo
Gênesis inicia com a formação do sistema solar, os preparativos da terra para sua habitação, e a criação da vida sobre a terra. Todos os oito atos da criação foram executados em seis dias.
Os dez capítulos seguintes explicam as origens de muitas qualidades misteriosas da vida: a sexualidade humana, o matrimônio, o pecado, a doença, as dores do parto, a morte, a ira de Deus, a inimizade do ser humano contra o próprio ser humano e as dispersão das raças e línguas sobre toda a terra.
Iniciando no cap. 12, Gênesis relata o chamado de Abraão e a inauguração do concerto de Deus com ele, um concerto glorioso e eterno que foi renovado com Isaque e Jacó. Gênesis é impressionante pela forma característica da sua narrativa, realçada pelo relato inspirador de José e pela multiplicação do povo de Deus no Egito. Trata-se de uma lição na eleição divina, conforme encontrado por Paulo em Rm 9.
Gênesis antecipa o NT de muitas maneiras: o próprio Deus pessoal, a Trindade, a instituição do matrimônio, a seriedade do pecado, o julgamento divino e a justificação pela fé. A Árvore da Vida, perdida em Gênesis, é restaurada em Ap 22. Gênesis conclui com a bênção de Jacó sobre Judá, de cuja tribo viria o Messias: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos” (49.10). Muitos séculos e muitas lutas seguir-se-ão antes que esta profecia encontre o seu cumprimento em Jesus.
Cristo Revelado
O Cristo preexistente, a Palavra viva, estava muito envolvido na criação. “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). O ministério de Jesus está antecipado em Gn 3.15, sugerindo que a “semente” da mulher que ferirá a cabeça da serpente (satanás) é Jesus Cristo, a “posteridade” de Abraão mencionada por Paulo em Gl 3.16. Melquisedeque é o misterioso rei-sacerdote do cap. 14. Uma vez que Jesus é rei e também sumo sacerdote, a carta aos Hebreus faz, de forma apropriada, esta identificação (Hb 6.20).
A grande revelação de Cristo em Gn se encontra no estabelecimento do concerto de Deus com Abraão nos caps. 15 e 17. Deus fez promessas gloriosas a Abraão, e Jesus é o maior cumprimento destas promessas, uma verdade que é explicada de forma detalhada por Paulo em Gálatas. Boa parte da Bíblia está fundamentada sobre o concerto abraâmico e o seu desenvolvimento em Jesus Cristo.
A dramática história da prontidão de Abraão em sacrificar a Isaque segundo a ordem de Deus apresenta uma incrível semelhança com o evento crucial do NT. “Toma agora teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas... E oferece-o em holocausto” (22.2), lembra-nos da prontidão de Deus em sacrificar o seu único Filho pelos pecados de todo o mundo.
Por fim, a bênção de Jacó sobre Judá antecipa a vinda de “Siló”, a ser identificada como o Messias. “ E a Ele se congregarão os povos (49.10).
O Espírito Santo em Ação
“O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (1.2). Desta forma achamos o Espírito envolvido na criação. O Espírito Santo também operou em José, um fato que foi óbvio pra o Faraó: “Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus?” (41.38)
Embora o Espírito Santo não seja mencionada de outra forma em Gênesis, nós o vemos em ação ao atrair os animais dos quatro cantos da terra para dentro da arca de Noé. Nós também percebemos a sua operação através das vidas dos patriarcas: Ele protegeu os patriarcas e as suas famílias e os abençoou materialmente. Todo tipo de dificuldades e situações impossíveis cercaram a família escolhida, tentando frustrar, onde possível, o cumprimento das promessas de Deus a Abraão; porém o Espírito de Deus resolveu, de maneira sobrenatural cada um destes desafios.
Esboço de Gênesis
I. A história primitiva do ser humano 1.1– 11.32
As narrativas da criação 1.1-2.5
1. Criação dos céus, da terra, e da vida sobre a terra 1.1-2.3
2. Criação do ser humano 2.4-25
B) A queda do ser humano 3.1-24
O mundo anterior ao dilúvio 4.1-5.32
Noé e o dilúvio 6.1-9.29
A Tabela das nações 10.1-32
A confusão das línguas 11.1-9
Genealogia de Abraão 11.10-32
II. Os patriarcas escolhidos 12.1-50.26
Abrão (Abraão) 12.1-23.20
1) O chamado de Abraão 12.1-23.20
2) A batalha dos reis 14.1-24
3) O concerto de Deus com Abraão 15.1-21.34
4) O teste de Abraão 22.1-24
Isaque 24.1-26.35
1) A noiva de Isaque vem da Mesopotâmia 24.1-67
2) A morte de Abraão 25.1-11
3) Ismael, Esaú e Jacó 25.12-34
4) Deus confirma seu concerto com Isaque 26.1-35
Jacó 27.1-35,29
1) Jacó engana o seu pai 27.1-46
2) A fuga de Jacó para Harã 28.1-10
3) Deus confirma o concerto com Jacó 28.11-22
4) O casamento de Jacó em Harã 29.1– 30.43
5) O retorno de Jacó para Canaã 31.1-35.29
Esaú 36.1-43
José 37.1-50.26
1) A venda de José 37.1-40.23
2) A exaltação de José 41.1-57
3) José e os seus irmãos 42.1-45.28
4) Jacó muda para o Egito 46.1-48.22
5) A benção de Jacó e o seu sepultamento 49.1-50.21
6) Os últimos dias de José 50.22-26
Fonte: Bíblia Plenitude
Autor: Tradicionalmente Moisés
Data: Cerca de 1440 a.C.
Autor
A tradição judaica lista Moisés como o autor do Gênesis e dos outros quatro livros que o seguem, juntos, estes livros são denominados de Pentateuco. Jesus disse: “Se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele” (Jo 5.46) O próprio Pentateuco descreve Moisés como alguém que escreveu extensivamente. Ver Ex 17.14; 24.4; Dt 31.24; At 7.22 nos conta que “Moisés foi instruído em toda ciência dos egípcios.” Nas notas que acompanham o texto nós observamos que Gênesis emprega um bom número de termos emprestados dos egípcio, sendo este um fato que sugere que o autor original tenha as suas origens no Egito, como era o caso de Moisés.
Data
A data tradicional do êxodo do Egito se encontra no meio do décimo quinto século a.C. 1Rs 6.1 afirma que Salomão começou a construir o templo “no ano quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito”. Entende-se que Salomão tenha iniciado a construção em cerca de 960 a.C., datando assim o êxodo em 1440 a.C. Desta forma Moisés redigiu o Êxodo depois de 1440 a.C., durante os quarenta anos no deserto.
Conteúdo
Gênesis inicia com a formação do sistema solar, os preparativos da terra para sua habitação, e a criação da vida sobre a terra. Todos os oito atos da criação foram executados em seis dias.
Os dez capítulos seguintes explicam as origens de muitas qualidades misteriosas da vida: a sexualidade humana, o matrimônio, o pecado, a doença, as dores do parto, a morte, a ira de Deus, a inimizade do ser humano contra o próprio ser humano e as dispersão das raças e línguas sobre toda a terra.
Iniciando no cap. 12, Gênesis relata o chamado de Abraão e a inauguração do concerto de Deus com ele, um concerto glorioso e eterno que foi renovado com Isaque e Jacó. Gênesis é impressionante pela forma característica da sua narrativa, realçada pelo relato inspirador de José e pela multiplicação do povo de Deus no Egito. Trata-se de uma lição na eleição divina, conforme encontrado por Paulo em Rm 9.
Gênesis antecipa o NT de muitas maneiras: o próprio Deus pessoal, a Trindade, a instituição do matrimônio, a seriedade do pecado, o julgamento divino e a justificação pela fé. A Árvore da Vida, perdida em Gênesis, é restaurada em Ap 22. Gênesis conclui com a bênção de Jacó sobre Judá, de cuja tribo viria o Messias: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos” (49.10). Muitos séculos e muitas lutas seguir-se-ão antes que esta profecia encontre o seu cumprimento em Jesus.
Cristo Revelado
O Cristo preexistente, a Palavra viva, estava muito envolvido na criação. “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). O ministério de Jesus está antecipado em Gn 3.15, sugerindo que a “semente” da mulher que ferirá a cabeça da serpente (satanás) é Jesus Cristo, a “posteridade” de Abraão mencionada por Paulo em Gl 3.16. Melquisedeque é o misterioso rei-sacerdote do cap. 14. Uma vez que Jesus é rei e também sumo sacerdote, a carta aos Hebreus faz, de forma apropriada, esta identificação (Hb 6.20).
A grande revelação de Cristo em Gn se encontra no estabelecimento do concerto de Deus com Abraão nos caps. 15 e 17. Deus fez promessas gloriosas a Abraão, e Jesus é o maior cumprimento destas promessas, uma verdade que é explicada de forma detalhada por Paulo em Gálatas. Boa parte da Bíblia está fundamentada sobre o concerto abraâmico e o seu desenvolvimento em Jesus Cristo.
A dramática história da prontidão de Abraão em sacrificar a Isaque segundo a ordem de Deus apresenta uma incrível semelhança com o evento crucial do NT. “Toma agora teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas... E oferece-o em holocausto” (22.2), lembra-nos da prontidão de Deus em sacrificar o seu único Filho pelos pecados de todo o mundo.
Por fim, a bênção de Jacó sobre Judá antecipa a vinda de “Siló”, a ser identificada como o Messias. “ E a Ele se congregarão os povos (49.10).
O Espírito Santo em Ação
“O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (1.2). Desta forma achamos o Espírito envolvido na criação. O Espírito Santo também operou em José, um fato que foi óbvio pra o Faraó: “Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus?” (41.38)
Embora o Espírito Santo não seja mencionada de outra forma em Gênesis, nós o vemos em ação ao atrair os animais dos quatro cantos da terra para dentro da arca de Noé. Nós também percebemos a sua operação através das vidas dos patriarcas: Ele protegeu os patriarcas e as suas famílias e os abençoou materialmente. Todo tipo de dificuldades e situações impossíveis cercaram a família escolhida, tentando frustrar, onde possível, o cumprimento das promessas de Deus a Abraão; porém o Espírito de Deus resolveu, de maneira sobrenatural cada um destes desafios.
Esboço de Gênesis
I. A história primitiva do ser humano 1.1– 11.32
As narrativas da criação 1.1-2.5
1. Criação dos céus, da terra, e da vida sobre a terra 1.1-2.3
2. Criação do ser humano 2.4-25
B) A queda do ser humano 3.1-24
O mundo anterior ao dilúvio 4.1-5.32
Noé e o dilúvio 6.1-9.29
A Tabela das nações 10.1-32
A confusão das línguas 11.1-9
Genealogia de Abraão 11.10-32
II. Os patriarcas escolhidos 12.1-50.26
Abrão (Abraão) 12.1-23.20
1) O chamado de Abraão 12.1-23.20
2) A batalha dos reis 14.1-24
3) O concerto de Deus com Abraão 15.1-21.34
4) O teste de Abraão 22.1-24
Isaque 24.1-26.35
1) A noiva de Isaque vem da Mesopotâmia 24.1-67
2) A morte de Abraão 25.1-11
3) Ismael, Esaú e Jacó 25.12-34
4) Deus confirma seu concerto com Isaque 26.1-35
Jacó 27.1-35,29
1) Jacó engana o seu pai 27.1-46
2) A fuga de Jacó para Harã 28.1-10
3) Deus confirma o concerto com Jacó 28.11-22
4) O casamento de Jacó em Harã 29.1– 30.43
5) O retorno de Jacó para Canaã 31.1-35.29
Esaú 36.1-43
José 37.1-50.26
1) A venda de José 37.1-40.23
2) A exaltação de José 41.1-57
3) José e os seus irmãos 42.1-45.28
4) Jacó muda para o Egito 46.1-48.22
5) A benção de Jacó e o seu sepultamento 49.1-50.21
6) Os últimos dias de José 50.22-26
Fonte: Bíblia Plenitude
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