Os Macabeus – Quem Eram? (Part. 2)
A reação dos macabeus: O extremismo de Antíoco fez muitos judeus lutarem por sua religião. Em Modi’in, ao noroeste de Jerusalém, perto da moderna cidade de Lode, um sacerdote chamado Matatias foi convocado ao centro da cidade. Ele era respeitado pelos habitantes da região e, por isso, o representante do rei tentou convencê-lo a participar num sacrifício pagão — a fim de salvar sua própria vida e estabelecer um exemplo para o restante das pessoas da região. Quando Matatias recusou-se a fazer isso, um outro judeu se apresentou, pronto para transigir. Indignado, Matatias pegou uma arma e o matou. Atordoados pela reação violenta desse homem idoso, os soldados gregos demoraram para reagir. Em poucos segundos ele matou também o oficial grego. Os cinco filhos de Matatias e os habitantes da cidade dominaram as tropas gregas antes que se pudessem defender.
Matatias gritou: ‘Quem tiver zelo pela Lei, que me siga!’ Para evitar represálias, ele e seus filhos fugiram para as montanhas. Assim que isso se tornou conhecido, judeus (incluindo muitos hassidins) se juntaram a eles. Matatias encarregou Judas, seu filho, das operações militares. Talvez devido à sua bravura militar, Judas foi chamado Macabeu, significando “martelo”. Matatias e seus filhos foram chamados de asmoneus, nome derivado da cidade de Hesmom ou de um ancestral que tinha esse nome. (Josué 15:27) Judas Macabeu tornou-se o personagem central durante a rebelião e, por isso, a família inteira veio a ser chamada de Macabeus.
A retomada do templo: Durante o primeiro ano da revolta, Matatias e seus filhos conseguiram organizar um pequeno exército. Em mais de uma ocasião, tropas gregas atacaram grupos de guerreiros hassidins no sábado. Embora fossem capazes de se defender, não violariam o sábado. Isso resultou em massacres. Matatias — agora encarado como autoridade religiosa — instituiu uma norma permitindo que os judeus se defendessem no sábado. Essa norma não só deu um novo alento à rebelião, mas também estabeleceu no judaísmo o precedente de permitir aos líderes religiosos adaptar a lei judaica de acordo com as circunstâncias. O Talmude reflete essa tendência na declaração posterior: “Deixe-os profanar um Sábado para que possam santificar muitos Sábados.” — Yoma 85b.
Após a morte de seu idoso pai, Judas Macabeu tornou-se o líder incontestado da revolta. Percebendo que não conseguiria derrotar seus inimigos numa batalha em campo aberto, ele desenvolveu novos métodos, semelhantes aos que os guerrilheiros usam atualmente. Ele atacou os exércitos de Antíoco em regiões onde não poderiam recorrer aos métodos de defesa a que estavam acostumados. Numa batalha após outra, Judas foi bem-sucedido em derrotar exércitos tremendamente maiores que o seu.
Por causa das rivalidades internas e do crescente poder de Roma, os governantes do império selêucida não estavam muito preocupados em aplicar os decretos contra os judeus. Isso abriu caminho para Judas investir contra os próprios portões de Jerusalém. Em dezembro de 165 AEC (ou talvez 164 AEC), Judas e suas tropas tomaram o templo, limparam seus utensílios e o rededicaram — exatamente três anos após sua profanação. Os judeus comemoram esse evento anualmente durante o Hanucá, a festividade da dedicação.
Interesses políticos se sobrepõem à devoção: Os objetivos da revolta tinham sido alcançados. As proibições contra a prática do judaísmo foram removidas. A adoração e os sacrifícios no templo haviam sido restaurados. Satisfeitos, os hassidins deixaram o exército de Judas Macabeu e voltaram para casa. Mas Judas tinha outros planos: por que não usar seu exército bem treinado para estabelecer um Estado judeu independente? As causas religiosas que desencadearam a revolta foram agora substituídas por incentivos políticos. Por isso a luta continuou.
Buscando apoio em sua guerra contra a dominação selêucida, Judas Macabeu fez um acordo com Roma e, embora tenha sido morto numa batalha em 160 AEC, seus irmãos continuaram a luta. Jonatã, irmão de Judas, manobrou as coisas para que os governantes selêucidas concordassem com sua nomeação para o cargo de sumo sacerdote e governante na Judéia, embora ainda sujeito à soberania deles. Quando Jonatã foi enganado, capturado e assassinado em resultado de uma trama dos sírios, seu irmão Simeão — o último dos irmãos macabeus — assumiu o comando. Sob o governo de Simeão, os últimos vestígios do domínio selêucida foram removidos (em 141 AEC). Simeão renovou a aliança com Roma e os líderes judeus o aceitaram como governante e sumo sacerdote. Dessa maneira, estabeleceu-se nas mãos dos macabeus uma dinastia asmonéia independente.
Os macabeus restabeleceram a adoração no templo antes da vinda do Messias. (Note João 1:41, 42; 2:13-17.) Mas a confiança no sacerdócio, já minada por causa do comportamento dos sacerdotes helenizados, foi ainda mais abalada sob os asmoneus. Na verdade, o governo exercido por sacerdotes de mentalidade política, em vez de por um rei da linhagem do fiel Davi, não trouxe verdadeiras bênçãos para o povo judeu. — 2 Samuel 7:16; Salmo 89:3, 4, 35, 36.
Matatias gritou: ‘Quem tiver zelo pela Lei, que me siga!’ Para evitar represálias, ele e seus filhos fugiram para as montanhas. Assim que isso se tornou conhecido, judeus (incluindo muitos hassidins) se juntaram a eles. Matatias encarregou Judas, seu filho, das operações militares. Talvez devido à sua bravura militar, Judas foi chamado Macabeu, significando “martelo”. Matatias e seus filhos foram chamados de asmoneus, nome derivado da cidade de Hesmom ou de um ancestral que tinha esse nome. (Josué 15:27) Judas Macabeu tornou-se o personagem central durante a rebelião e, por isso, a família inteira veio a ser chamada de Macabeus.
A retomada do templo: Durante o primeiro ano da revolta, Matatias e seus filhos conseguiram organizar um pequeno exército. Em mais de uma ocasião, tropas gregas atacaram grupos de guerreiros hassidins no sábado. Embora fossem capazes de se defender, não violariam o sábado. Isso resultou em massacres. Matatias — agora encarado como autoridade religiosa — instituiu uma norma permitindo que os judeus se defendessem no sábado. Essa norma não só deu um novo alento à rebelião, mas também estabeleceu no judaísmo o precedente de permitir aos líderes religiosos adaptar a lei judaica de acordo com as circunstâncias. O Talmude reflete essa tendência na declaração posterior: “Deixe-os profanar um Sábado para que possam santificar muitos Sábados.” — Yoma 85b.
Após a morte de seu idoso pai, Judas Macabeu tornou-se o líder incontestado da revolta. Percebendo que não conseguiria derrotar seus inimigos numa batalha em campo aberto, ele desenvolveu novos métodos, semelhantes aos que os guerrilheiros usam atualmente. Ele atacou os exércitos de Antíoco em regiões onde não poderiam recorrer aos métodos de defesa a que estavam acostumados. Numa batalha após outra, Judas foi bem-sucedido em derrotar exércitos tremendamente maiores que o seu.
Por causa das rivalidades internas e do crescente poder de Roma, os governantes do império selêucida não estavam muito preocupados em aplicar os decretos contra os judeus. Isso abriu caminho para Judas investir contra os próprios portões de Jerusalém. Em dezembro de 165 AEC (ou talvez 164 AEC), Judas e suas tropas tomaram o templo, limparam seus utensílios e o rededicaram — exatamente três anos após sua profanação. Os judeus comemoram esse evento anualmente durante o Hanucá, a festividade da dedicação.
Interesses políticos se sobrepõem à devoção: Os objetivos da revolta tinham sido alcançados. As proibições contra a prática do judaísmo foram removidas. A adoração e os sacrifícios no templo haviam sido restaurados. Satisfeitos, os hassidins deixaram o exército de Judas Macabeu e voltaram para casa. Mas Judas tinha outros planos: por que não usar seu exército bem treinado para estabelecer um Estado judeu independente? As causas religiosas que desencadearam a revolta foram agora substituídas por incentivos políticos. Por isso a luta continuou.
Buscando apoio em sua guerra contra a dominação selêucida, Judas Macabeu fez um acordo com Roma e, embora tenha sido morto numa batalha em 160 AEC, seus irmãos continuaram a luta. Jonatã, irmão de Judas, manobrou as coisas para que os governantes selêucidas concordassem com sua nomeação para o cargo de sumo sacerdote e governante na Judéia, embora ainda sujeito à soberania deles. Quando Jonatã foi enganado, capturado e assassinado em resultado de uma trama dos sírios, seu irmão Simeão — o último dos irmãos macabeus — assumiu o comando. Sob o governo de Simeão, os últimos vestígios do domínio selêucida foram removidos (em 141 AEC). Simeão renovou a aliança com Roma e os líderes judeus o aceitaram como governante e sumo sacerdote. Dessa maneira, estabeleceu-se nas mãos dos macabeus uma dinastia asmonéia independente.
Os macabeus restabeleceram a adoração no templo antes da vinda do Messias. (Note João 1:41, 42; 2:13-17.) Mas a confiança no sacerdócio, já minada por causa do comportamento dos sacerdotes helenizados, foi ainda mais abalada sob os asmoneus. Na verdade, o governo exercido por sacerdotes de mentalidade política, em vez de por um rei da linhagem do fiel Davi, não trouxe verdadeiras bênçãos para o povo judeu. — 2 Samuel 7:16; Salmo 89:3, 4, 35, 36.