Comentário de João 13:20-23
13:20 - Em verdade, em verdade, eu vos digo,… Vós deveis se certificar da verdade do que eu estou para dizer, do que eu digo para o vosso conforto e encorajamento:
Se alguém receber a quem eu enviar, recebe também a mim, e quem me recebe, recebe aquele que me enviou;... Eu vos enviei em meu nome para pregar o Evangelho; vós sois meus embaixadores,[1] e vós sereis recebidos com grande honra por muitos; e o qual eu considerarei e tomarei conhecimento de tal, em estima, como se eles tivessem me recebido;[2] até mesmo como meu Pai me enviou neste mundo, como um Salvador e Redentor, um profeta, sacerdote, e Rei; e como muitos me receberam, são estes estimados por meu Pai, como tendo O recebido: em resumo, assim como cordialmente recebem e abraçam os ministros do Evangelho, estes recebem e abraçam a Cristo, em cujo nome eles foram enviados, e em cujo nome eles pregaram; e tais que recebem a Cristo, como pregado e exibido no seu Evangelho perpétuo, recebem também o Pai de Cristo; e participam do seu amor, graça, e bondade, evidenciados na missão e presente de Cristo para eles: Cristo, como Mediador, representou o seu Pai que o enviou;[3] e os ministros de Cristo o representam; de forma que o que é feito a eles, qualquer coisa que seja, tanto a recepção cordial ou rejeição, ele leva como tendo sido feito a ele:[4] isto algo comum entre os judeus que dizem (c): של אדם כמותו ששלוחו, "que o mensageiro de um homem é como ele."
13:21 - Quando Jesus tinha dito isso,… Tendo falado da missão de seus discípulos por ele, de sua aceitação entre os homens, e da observação que seria tomada disso por ele:
Ele estava preocupado em espírito;... Na sua alma, o que mostra que ele era verdadeira e realmente um homem, e tinha uma alma humana, o que alguns negaram; e que tinha as mesmas paixões como as nossas, apenas sem pecado: ele estava preocupado, não ao que ele tinha dito, mas ao que ele estava a ponto de dizer relativo ao traidor; e não tanto na sua própria conta, mas por causa do perigo, as tristezas, e sofrimentos que ele deveria ser exposto, como por causa da negridão horrível do crime, e a vingança que cairia no criminoso; e sendo afligido assim intimamente neste assunto.
Ele testificou e disse: Ele se pronunciou aberta e plenamente, do que ele tinha afirmado secretamente, e com grande certeza.
Em verdade, em verdade, eu voz digo;… É verdade, pode acreditar, mesmo que pareça inesperado e estranho:
Um de vós me trairá;… Para os principais sacerdotes e anciãos, a fim de ser entregue à morte.
13:22 - Então os discípulos olharam um para o outro,… Como pessoas surpresas, e como mal creditando no que foi dito; não tendo tido a menor suspeita de qualquer um entre eles, que poderia ser culpado de tal ação; e expressando pelos seus olhares a abominação, e indignação a tão horrível iniquidade; ou eles olharam um ao outro, para observar se eles poderiam descobriria quem era a pessoa pelo semblante:
Duvindando de quem ele falava;… Não sendo eles capazes de conceber nem imaginar, quem era a pessoa que ele tinha em vista; pelo que parece, que Judas, até esse tempo, tinha se comportado externamente como qualquer um dos outros discípulos; ele não tinha dado, pela sua conduta, nenhum motivo para se suspeitar dele mais do que os demais.
13:23 - Ora, havia enclinado no seio de Jesus,… Não sobre a parte de cima do corpo de Cristo, o que seria irreverente para João, e incomodante para Cristo; mas se inclinando sobre a cama ou sofá, na qual eles estavam sentados; e que era bem próximo, bem perto de Cristo, parecia como se ele estivesse deitado no seio de Cristo; como muitos dizem fazer, que se sentam à mesa de um outro. A postura dos Judeus à mesa era, ou “sentando” ou “deitando”, uma diferença que eles faziam entre as duas coisas.
“Se, dizem eles (d), היו יושבין, “eles sentam” para comer, cada um pede uma benção para si mesmo; mas se הסיבו, “eles deitam”, um pede uma benção para todos.”
Esse deitar não era em suas costas, nem no seu lado direito, mas à sua esquerda; pois eles dizem (e) que “deitar de costas, não é chamado הסיבה “deitar-se”; e deitar no lado direito, não é chamado “deitar”.”
A razão dada é (f) porque eles precisavam da mão direita para comer; mas como eles em outro lugar observam (g):
“Eles costumavam comer deitado, inclinando-se ao seu lado esquerdo, seus pés ao chão, e cada homem em um divã.”
Saberia a ordem na qual eles deitaram? tome esse relato como se eles tivessem feito assim (h):
"Quando havia dois sofás, a pessoa principal tomava o primeiro assento,[5] e o segundo para aquele que está acima dele; e quando havia três, a posição da pessoa principal era no meio, o segundo para aquele acima dele, e o terceiro debaixo dele; e se ele falasse com ele, ele se elevava verticalmente, e sentando-se verticalmente, falava com ele; quer dizer, como a palavra explica isso, se a pessoa principal fosse desejosa de falar com aquele que era o segundo, ele tinha que se levantar do seu leito, e sentar verticalmente; pois ele não podia falar com ele, porque aquele que é segundo a ele, está atrás da cabeça da pessoa principal, e a face da pessoa principal está virada para o outro lado; e é melhor o segundo sentar debaixo dele, para que ele possa ouvir as suas palavras, enquanto ele se apóia.''
A forma na qual Cristo e os seus discípulos sentaram ou se deitaram à mesa, nós podemos conceber sendo assim (i): uma mesa foi colocada no meio e com muitas camas ou sofás em volta dela, de acordo com o número de pessoas; Cristo o diretor e merecedor da posição principal e primeira, com a cabeça dele para a mesa, a face dele virada um pouco dela, enquanto apoiando o seu cotovelo esquerdo no sofá; nesta posição de postura estava Jesus, no primeiro sofá; na mesma posição de postura estava João, próximo a ele; na parte posterior da sua cabeça, e próximo ao peito e seio de Jesus; de onde é dito que ele se apoiava: agora jazendo próximo à pessoa principal, era uma honra muito grande, como também uma marca de grande afeto; e como João jazia próximo a Jesus, e como estava apoiado no seu seio, isso mostrou quanta era a sua honra; e então João esconde o seu nome modestamente, e apenas diz:
Um de seus discípulos, a quem Jesus amava;… Cristo, como o Filho de Deus, e a segurança de seu povo, amou os seus discípulos, assim como ele faz por todos os efeitos, igualmente; nem um mais do que o outro; mas como homem, ele tinha uma afeição peculiar por esse discípulo, e, portanto, o permitiu está em uma posição como esta,[6] e que era muito familiar a ele.
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Notas
Se alguém receber a quem eu enviar, recebe também a mim, e quem me recebe, recebe aquele que me enviou;... Eu vos enviei em meu nome para pregar o Evangelho; vós sois meus embaixadores,[1] e vós sereis recebidos com grande honra por muitos; e o qual eu considerarei e tomarei conhecimento de tal, em estima, como se eles tivessem me recebido;[2] até mesmo como meu Pai me enviou neste mundo, como um Salvador e Redentor, um profeta, sacerdote, e Rei; e como muitos me receberam, são estes estimados por meu Pai, como tendo O recebido: em resumo, assim como cordialmente recebem e abraçam os ministros do Evangelho, estes recebem e abraçam a Cristo, em cujo nome eles foram enviados, e em cujo nome eles pregaram; e tais que recebem a Cristo, como pregado e exibido no seu Evangelho perpétuo, recebem também o Pai de Cristo; e participam do seu amor, graça, e bondade, evidenciados na missão e presente de Cristo para eles: Cristo, como Mediador, representou o seu Pai que o enviou;[3] e os ministros de Cristo o representam; de forma que o que é feito a eles, qualquer coisa que seja, tanto a recepção cordial ou rejeição, ele leva como tendo sido feito a ele:[4] isto algo comum entre os judeus que dizem (c): של אדם כמותו ששלוחו, "que o mensageiro de um homem é como ele."
13:21 - Quando Jesus tinha dito isso,… Tendo falado da missão de seus discípulos por ele, de sua aceitação entre os homens, e da observação que seria tomada disso por ele:
Ele estava preocupado em espírito;... Na sua alma, o que mostra que ele era verdadeira e realmente um homem, e tinha uma alma humana, o que alguns negaram; e que tinha as mesmas paixões como as nossas, apenas sem pecado: ele estava preocupado, não ao que ele tinha dito, mas ao que ele estava a ponto de dizer relativo ao traidor; e não tanto na sua própria conta, mas por causa do perigo, as tristezas, e sofrimentos que ele deveria ser exposto, como por causa da negridão horrível do crime, e a vingança que cairia no criminoso; e sendo afligido assim intimamente neste assunto.
Ele testificou e disse: Ele se pronunciou aberta e plenamente, do que ele tinha afirmado secretamente, e com grande certeza.
Em verdade, em verdade, eu voz digo;… É verdade, pode acreditar, mesmo que pareça inesperado e estranho:
Um de vós me trairá;… Para os principais sacerdotes e anciãos, a fim de ser entregue à morte.
13:22 - Então os discípulos olharam um para o outro,… Como pessoas surpresas, e como mal creditando no que foi dito; não tendo tido a menor suspeita de qualquer um entre eles, que poderia ser culpado de tal ação; e expressando pelos seus olhares a abominação, e indignação a tão horrível iniquidade; ou eles olharam um ao outro, para observar se eles poderiam descobriria quem era a pessoa pelo semblante:
Duvindando de quem ele falava;… Não sendo eles capazes de conceber nem imaginar, quem era a pessoa que ele tinha em vista; pelo que parece, que Judas, até esse tempo, tinha se comportado externamente como qualquer um dos outros discípulos; ele não tinha dado, pela sua conduta, nenhum motivo para se suspeitar dele mais do que os demais.
13:23 - Ora, havia enclinado no seio de Jesus,… Não sobre a parte de cima do corpo de Cristo, o que seria irreverente para João, e incomodante para Cristo; mas se inclinando sobre a cama ou sofá, na qual eles estavam sentados; e que era bem próximo, bem perto de Cristo, parecia como se ele estivesse deitado no seio de Cristo; como muitos dizem fazer, que se sentam à mesa de um outro. A postura dos Judeus à mesa era, ou “sentando” ou “deitando”, uma diferença que eles faziam entre as duas coisas.
“Se, dizem eles (d), היו יושבין, “eles sentam” para comer, cada um pede uma benção para si mesmo; mas se הסיבו, “eles deitam”, um pede uma benção para todos.”
Esse deitar não era em suas costas, nem no seu lado direito, mas à sua esquerda; pois eles dizem (e) que “deitar de costas, não é chamado הסיבה “deitar-se”; e deitar no lado direito, não é chamado “deitar”.”
A razão dada é (f) porque eles precisavam da mão direita para comer; mas como eles em outro lugar observam (g):
“Eles costumavam comer deitado, inclinando-se ao seu lado esquerdo, seus pés ao chão, e cada homem em um divã.”
Saberia a ordem na qual eles deitaram? tome esse relato como se eles tivessem feito assim (h):
"Quando havia dois sofás, a pessoa principal tomava o primeiro assento,[5] e o segundo para aquele que está acima dele; e quando havia três, a posição da pessoa principal era no meio, o segundo para aquele acima dele, e o terceiro debaixo dele; e se ele falasse com ele, ele se elevava verticalmente, e sentando-se verticalmente, falava com ele; quer dizer, como a palavra explica isso, se a pessoa principal fosse desejosa de falar com aquele que era o segundo, ele tinha que se levantar do seu leito, e sentar verticalmente; pois ele não podia falar com ele, porque aquele que é segundo a ele, está atrás da cabeça da pessoa principal, e a face da pessoa principal está virada para o outro lado; e é melhor o segundo sentar debaixo dele, para que ele possa ouvir as suas palavras, enquanto ele se apóia.''
A forma na qual Cristo e os seus discípulos sentaram ou se deitaram à mesa, nós podemos conceber sendo assim (i): uma mesa foi colocada no meio e com muitas camas ou sofás em volta dela, de acordo com o número de pessoas; Cristo o diretor e merecedor da posição principal e primeira, com a cabeça dele para a mesa, a face dele virada um pouco dela, enquanto apoiando o seu cotovelo esquerdo no sofá; nesta posição de postura estava Jesus, no primeiro sofá; na mesma posição de postura estava João, próximo a ele; na parte posterior da sua cabeça, e próximo ao peito e seio de Jesus; de onde é dito que ele se apoiava: agora jazendo próximo à pessoa principal, era uma honra muito grande, como também uma marca de grande afeto; e como João jazia próximo a Jesus, e como estava apoiado no seu seio, isso mostrou quanta era a sua honra; e então João esconde o seu nome modestamente, e apenas diz:
Um de seus discípulos, a quem Jesus amava;… Cristo, como o Filho de Deus, e a segurança de seu povo, amou os seus discípulos, assim como ele faz por todos os efeitos, igualmente; nem um mais do que o outro; mas como homem, ele tinha uma afeição peculiar por esse discípulo, e, portanto, o permitiu está em uma posição como esta,[6] e que era muito familiar a ele.
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Notas
(c) T Bab. Beracot, fol. 34. 2. Kiddushin, fol. 41. 9. & 42. 1. & 43. 1. Bava Metzia, fol. 96. 1.
(d) Misn. Beracot, c. 6. sect. 6.
(e) T. Bab. Pesachim, fol. 108. 1.
(f) Gloss em ib.
(g) Gloss em T. Bab. Beracot, fol. 46. 2. & Bartenora em Misn. Beracot, c. 6. sect. 6.
(h) T. Bab. Beracot, fol. 46. 2.
(i) Vid. Alstorphium delectis veterum, p. 109, 110.
[1] Cf. 2 Coríntios 5:20. N do T.
[2] Cf. João 15:20. N do T.
[3] Cf. João 9:29; 16:27; 17:8. N do T.
[4] Cf. Mateus 25:40; 10:42. N do T.
[5] Cf. Lucas 14:8-10. N do T.
[6] Cf. João 1:18. N do T.
(d) Misn. Beracot, c. 6. sect. 6.
(e) T. Bab. Pesachim, fol. 108. 1.
(f) Gloss em ib.
(g) Gloss em T. Bab. Beracot, fol. 46. 2. & Bartenora em Misn. Beracot, c. 6. sect. 6.
(h) T. Bab. Beracot, fol. 46. 2.
(i) Vid. Alstorphium delectis veterum, p. 109, 110.
[1] Cf. 2 Coríntios 5:20. N do T.
[2] Cf. João 15:20. N do T.
[3] Cf. João 9:29; 16:27; 17:8. N do T.
[4] Cf. Mateus 25:40; 10:42. N do T.
[5] Cf. Lucas 14:8-10. N do T.
[6] Cf. João 1:18. N do T.