Comentário de João 17:24
Pai, desejo eu que, também, aqueles que me destes,... Não todo o mundo, mas um número seleto; não apenas os apóstolos, nem como tais; nem os crentes, ou como tais, pois como tais eles não foram dados a Cristo; nem como considerado na chamada eficaz; mas como o eleito de Deus, e por aquele ato eterno da graça dele; quando eles foram dados a Cristo como os seus filhos amados, como a sua esposa, como a sua igreja, como as ovelhas da sua mão, como sua a porção, e para serem preservados por ele; que são conhecidos pela sua chamada e conversão: a forma na qual estas palavras são entregues, não está tanto por via de solicitação, como demanda; eles são uma declaração de Cristo, um desejo, em qual ele insiste nisto como o seu direito, em razão de sua compra, e essas transações do pacto que passaram entre ele e o seu Pai, em benefício desses que foram dados a ele: ele pede para que eles...
Estejam comigo onde eu estiver;… Não onde ele estava então, a menos que fosse entendido de sua onipresença como Deus, e, como tal, estando na terra e no céu, embora ele, antes, intencione onde ele deveria estar como homem, depois de sua ressurreição, e onde as almas dos santos estão depois da morte; e onde irão estar, alma e corpo, quando levantados novamente, e que é desejável tanto para Cristo, e para o seu povo, esta era a alegria que foi estabelecida diante dele, e com o que eles confortavam um ao outro, para que esta alegria esteja sempre com eles:
Para que observem a minha glória que tu me destes;… Não o simples resumo da glória de sua divindade; que, como não foi dada a ele, não deve ser vista por eles, mas a sua glória como Mediador: esta foi vista, embora imperfeita por alguns, nos dias de sua carne,[1] e no espelho do Evangelho,[2] um crente agora tem alguns vislumbre dela, pela fé e vê, sabe, e está certo de que Cristo está glorificado no céu, mas, no futuro, os santos em suas próprias pessoas, e com seus próprios olhos, devem vê-lo como ele é, e aparecerão na glória com ele, que verão de perto a sua glória, e não à distância, apropriando-se e assimilando-na, com alegria, satisfação, e para sempre:
Pois me amastes antes da fundação do mundo;… Isso é mencionado como uma razão do por que tal glória foi dada a ele, por causa do amor do seu Pai para com ele como Mediador; e como um argumento do por que ele poderia esperar ser ouvido e atendido, devido ao interesse que ele tinha em seu afeto, que tinha sido fortemente para com ele, mesmo de eternidade, e porque as pessoas que ele pede, ou melhor, exige estas coisas, partilhavam no mesmo antigo amor.
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Notas
[1] Cf. João 1:14. N do T.
[2] Cf. Tiago 1:23. N do T.