Comentário de João 17:6

Eu tenho feito manifesto,… Nem o “Nomen Tetragrammaton”, o nome de quatro letras, o nome “Jeová”, e que os judeus chamam de “Shemhamphorash”, e dizer é inefável, e deve ser pronunciado Adonai, que também fala de outros nomes, e dizem (i): “verdadeiramente os antigos sábios santos tinham nomes, que recebiam dos profetas, como o nome de “setenta e duas” letras, e o nome de “quarenta e duas”, e o nome de “doze” letras, e muitos outros santos nomes, e por que eles poderiam fazer novos sinais e maravilhas do mundo, mas eles não fazem uso delas, apenas em caso de necessidade, como em um tempo de perseguição e sofrimento.”

O nome de doze letras, Galátio (k) menciona, é Pai, Filho e Espírito Santo, as palavras que, no idioma hebraico, são compostas por doze letras, e que das quarenta e duas letras que ele faz ser este, o Deus Pai, o Filho Deus, o Espírito Santo Deus, ainda não existem três Deuses, mas um Deus, ou, portanto, a Deus Pai, a Deus Filho, a Deus Espírito Santo, três em um, um em três, as palavras em hebraico que contém quarenta e duas letras, mas as autoridades que ele teria todo esse apoio são insuficientes. No entanto, é nenhum destes nomes, nem qualquer outro nome escriturístico, que estão aqui o sentido, nem o próprio Deus, ou as perfeições de sua natureza, a sua vontade ou seu comando, ou melhor, seu Evangelho; a não ser o próprio Cristo, ou Jesus, o seu nome pela qual Deus lhe deu pelos anjos, e em nenhum outro nome não existe salvação,[1] e nenhum outro pode ser entendido, e que, como ele se manifestou aos seus discípulos, por isso é para todos os a quem Deus tem escolhido e dado a Cristo:

Aos homens que me destes do mundo;... Que será entendido, não somente deles serem determinados a ele como apóstolos, nem de serem eles determinados e trazidos a ele na chamada eficaz, mas de um acaso fortuito eterno em eleição, e na convenção da graça; quando estas pessoas foram dadas a Cristo como o cônjuge dele, a semente espiritual dele e descendência, a ovelha do seu pasto, e a sua porção e herança, para serem salvos e preservados por ele; o qual como é um exemplo de amor de Deus para dar, e da graça e condescendência em Cristo receber, assim da bondade distintiva, para as pessoas dadas; visto ser não todo o mundo, mas alguns do mesmo, que compartilham neste favor:

Eram teus, e tu me destes;… As pessoas não foram dadas do Pai através da mera criação, pois assim os outros são seus também, nem teria que ser peculiarmente seus, pois eles são filhos também assim, nesse sentido, mas eles são a sua eleição pela graça, que é peculiar ao ato do Pai em Cristo, e na salvação por ele, através da santificação do Espírito, que é escolhido para ser o seu povo peculiar,[2] e dados a Cristo como tais:

E eles guardaram a tua palavra;… O Evangelho, não apenas em suas memórias, mas em seus corações; professam-no publicamente, e com isso, eles defenderam-no corajosamente contra os seus inimigos, e mantiveram-no puro e incorruptível, o que mostra que o Evangelho se entende pelo nome de Deus manifestado a essas pessoas.


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Notas
(i) Shaare ora, fol. 1. 3.
(k) De Arcan. Cathol. ver. l. 2. c. 11, 12.
[1] Cf. Filipenses 2:8-11. N do T.
[2] Cf. Tito 2:14. N do T.