Comentário de João 19:14

E era a preparação da Páscoa,... Então, os Judeus (x) disseram que Jesus socomentario biblico, evangelho de joão, novo testamentofreu na véspera da Páscoa, e o autor do relato blasfemo da sua vida diz (y) que foi na véspera da Páscoa assim como no sábado; cujo registro está muito longe de se harmonizar com o relato evangélico histórico; mas esta preparação da Páscoa não era a do cordeiro da Páscoa, pois este havia sido preparado e comido na noite anterior. Também não acho que havia um determinado dia, que foi chamado de “a preparação da Páscoa”, em tal sentido, e muito menos que este dia fosse o dia antes de comer a Páscoa. De acordo com a lei em Êxo. 12:3, o cordeiro para a Páscoa devia ser separado do resto do rebanho no décimo dia do mês, e depois devia ser mantido até o décimo quarto dia, mas este nunca é chamado de a preparação da Páscoa; e se fosse assim chamado, ele não pode ser destinado aqui; a preparação da Páscoa que os evangelistas falam era no mesmo dia em que era comido, e projeta a preparação para um lugar em que poderiam comer; e as coisas convenientes para essa festividade, o matar do cordeiro, e coisas parecidas, Mat. 26: 17, é o que os judeus chamada de פרוס הפסח, que era um espaço de tempo de quinze dias antes da Páscoa, e começava no meio dos trinta dias antes da festa, na qual eles usaram para fazer perguntas e explicar as tradições relativas à Páscoa (z): mas esse nunca é chamado a preparação da Páscoa: e na noite do décimo quarto dia do mês, eles buscavam diligentemente, em cada local e canto das suas casas, o pão levedado, a fim de removê-los (a), mas isso também nunca passou por qualquer desses nomes: porque, se tivesse qualquer relação a preparação da Páscoa, devia ser a preparação do “Chagigah”, que era uma grande festa, normalmente mantida no décimo quinto dia, e que por vezes foi chamada a Páscoa, ou então a preparação de toda a festa, de todos os restantes dias da mesma; Ver Gill sobre João 18:28, mas parece ser melhor de tudo entendê-la apenas da preparação para o dia de sábado, que, porque ele estava na semana da Páscoa, é chamado de preparação do dia da Páscoa: e isso pode ser observado, que por vezes é apenas chamado de “o dia da preparação”, e “a preparação”, Mat. 27:62, e às vezes a “preparação dos Judeus”, João 19:42, e é explicado pelo Evangelista Mar. 15:42. “Era a preparação, ou seja, um dia antes do sábado”, na qual eles se preparavam para o sábado, e os alimentos para comer naquele dia, e sendo este o tempo da Páscoa também, a preparação era maior: e, portanto, para distinguir esta preparação do dia de sábado, a partir de outros, é chamado de a preparação da Páscoa; nem tenho observado que em qualquer outro dia seja chamado de preparação, a não ser o antes do sábado: Os Judeus discutiam com respeito a preparação da comida para o sábado em um das festividades, pois parece que era proibido, mas depois suavizaram as suas palavras, e permitiram com algumas ressalvas: o cânone decorre assim (b) diz:

“Um festividade que cai na véspera do sábado, um homem não deve ferver (nada) no início da festividade; mas ele poder ferver para o dia de festividade; e se há algo deixado, pode ser deixado para o sábado; e ele pode ferver algo na véspera de uma festividade, e depender disso para o sábado: a casa de Shamtoni diz duas fervuras; e a casa de Hillell diz uma fervura.”

Bartenora sobre a passagem observa, que alguns dizem que o motivo dessa ebulição na noite de uma festa, é para a honra do sábado, pois na noite do dia da festa, o sábado é lembrado, o que é melhor é escolhido para o sábado, pois o sábado não pode ser esquecido, através das atividades da festividade. O relato que Maimônides (c) dá deste assunto é:

“Em um dia comum eles “preparam” para o sábado, e em um dia comum eles preparam para o dia da festividade; mas eles não se preparam em um dia de festividade para o sábado, nem é o sábado, מכינה, “uma preparação” para uma festividade.”

Isso parece ser uma contradição da prática dos Judeus no tempo de Cristo, como relatado pelos evangelistas, entendendo pela preparação de que eles falam, um preparação de comida para o sábado; mas o que ele diz depois (d) faz mais sentido para isso:

“Uma festividade, que acontece na véspera do sábado, (sexta-feira), eles nem assam nem fervem, em um dia de festividade o que é ingerido ao amanhecer, no sábado; e essa proibição é a partir das palavras dos escribas, (e não a partir da palavra de Deus),
[1] que um homem não deve ferver qualquer coisa em uma festa para um dia comum, e muito menos para o sábado, mas se ele faz uma ebulição (ou prepara comida) na noite de uma festa em que ele depende, e ferve e assa em um dia de festividade para o sábado, isso é legal; e isso que ele depende é chamado de mistura de alimentos.”

E essa comida, assim chamada, era uma pequena porção de comida preparada na festividade para o sábado, embora não menos do que a quantidade de uma oliva, quer para um homem ou mil (e); pela virtude do que eles dependiam disso para o sábado, eles podem preparar o que quer que eles iriam, depois de pedir um benção sobre isso, e dizendo (f):

“Por essa mistura, é livre para mim assar e ferver em um dia de festividade o que é para o dia de amanhã, o sábado; e se um homem se prepara para outros, ele tem que dizer para mim, e para tal, e para outro, ou para os homens da cidade e, em seguida, todos eles podem assar e ferver em um dia de festividade para o sábado.”

E quase a sexta hora;... Para a qual concorda o registro em Mat. 27:45, Luc. 23:44, mas Mar. 15:25 diz que “foi a terceira hora que eles o crucificaram” e Beza diz que ele achou assim em um manuscrito; e assim lê Pedro de Alexandria, a uma cópia antiga de Beza, e alguns outros, e Nonnus: mas as cópias em geral concordam, e confirmam a leitura comum, que é relatado de maneira diferente; alguns acham que seja pelos diferentes cálculos que os Judeus e Romanos faziam das horas, outros, observando que o dia foi dividido em quatro partes, cada parte contendo três horas, e foi assim chamada a terceira, a sexta, a nona, e a décima segunda hora, e não só o tempo, quando uma dessas horas chegava, foi chamado por esse nome, mas também de que todo o espaço das três horas, até a próxima entrar, era chamada pelo nome da primeira: por exemplo, todo o espaço de nove horas até doze era chamado de “a terceira hora”, e todo a partir de doze até três da tarde “a sexta hora”: daí a hora da crucificação de Cristo sendo suposto ser um pouco antes, mas ainda perto da nossa doze horas, pode ser realmente aqui dito que era cerca da sexta hora, e como verdadeiramente por Marcos a terceira hora, esse espaço, que foi chamado pelo nome da terceira hora, ainda não tendo passado, embora se aproximando do final. Desta forma concorda Godwin e Hammond, cujas palavras eu tenho manifestado, que buscam a verdadeira solução da dificuldade: embora deva ser observado que Marcos concorda com os outros evangelistas sobre a escuridão que foi na sexta hora, o tempo de Cristo da crucificação, Mar. 15:33, e é de notar que ele não diz que foi a terceira hora “quando” o crucificaram, ou que o crucificaram na terceira hora, mas era a terceira hora “e” eles o crucificaram, como observa o Dr. Lightfoot. Era a hora do dia, quando eles deveriam ter estado no sacrifício diário, e preparando-se para a solenidade daquele dia especial, que era o Chagigah deles, ou grande festa, mas em vez disso, eles estavam pedindo a sua crucificação, que ocorreu pela a sexta hora. E sobre esse tempo Pilatos, disse, e fez as seguintes coisas:

E ele disse aos Judeus, eis o vosso rei;… A quem alguns de vosso povo, como parece, têm considerado um rei, e vós o acusai de se estabelecer como um; vede a aparência dele; ele parece com um rei? Isso ele disse, a fim de mover as afeições deles, que, se possível, eles poderiam concordar em soltá-lo, e para conduzi-los à vergonha de entregar tal pobre criatura miserável a morte; e como reprovação pela insensatez deles, de temerem tanto de alguém tão desprezível.



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Notas

(x) T. Bab. Sanhedrin, fol. 43. 1. & 67. 1.
(y) Toldos Jesu, p. 18.
(z) Misn. Shekalim, c. 3. seç. 1. & Bartenora em ib. T. Bab. Pesachim, fol. 6. 1.
(a) Misn. Pesachim, c. 1. seç. 1, 2, 3.
(b) Misn. Betza, c. 2. seç. 1.
(c) Hilchot Yom Tob. c. 1. seç. 19.
(d) Ib. c. 6. seç. 1.
(e) Maimon. & Bartenora em Misn. Betza, c. 2. seç. 1.
(f) Maimon. Hilchot Yom Tob, c. 6. seç. 8.
[1] Cf. Mateus 15:3, 6; Marcos 7:8, 9. N do T.