Comentário de João 19:8-10
19:8 - Quando Pilatos, portanto, ouviu essa declaração,… Que Jesus se afirmou como sendo Filho de Deus, e que os Judeus tinham uma lei para entregar a morte uma pessoa que era culpada de blasfêmia:
Ele ficou com mais medo;... Ele estava com medo de entregá-lo à morte, ou de consentir nisso, em parte devido a mensagem de sua esposa para ele, e em parte mediante a uma convicção da inocência de Cristo, na sua própria consciência: e agora ele teve mais medo, já que aqui foi trazido uma acusação contra ele da qual ele não conhecia bem o significado; e um direito deles pretendia ser violada, o que se ele não desse atenção, talvez haveria uma ocasião para tumulto, uma vez que eles já estavam ficando muito barulhentos e ruidosos, e ele poderia ficar ainda mais desconfortável, devido a coisa de que ele estava sendo acusado, que devia ser realmente verdade, de que ele era um dos deuses que desceu na semelhança do homem, ou que ele era algum semi-deus, pelo menos, ou quase tão relacionadas com a divindade, o que poderia ser perigoso para ele não ter nada a ver com ele desta forma: e essa suspeita que poderia ser reforçada, em parte, dos escritos dos pagãos, que falam de tal espécie dos seres, e, em parte, com os milagres que ele poderia ter ouvido que foram realizados por Jesus, e também por chamar a atenção para o que ele tinha ultimamente lhe dito que seu reino não era deste mundo, e que ele veio para dar testemunho da verdade.
19:9 - E entrou de novo na sala de julgamento,… De onde ele saiu, tomando Jesus consigo, a fim de interrogá-lo sozinho novamente:
E disse a Jesus: de onde és tu? Querendo dizer não de que país ele era, pois ele sabia que ele não era da nação dos Judeus, nem em que lugar ele nasceu, se em Belém ou em Nazaré, pois este não era de sua preocupação, mas de onde ele se originou, quem eram os seus antepassados, e se ele descendeu dos deuses, ou de homens, e se for a primeira, a partir de qual deles, pois, visto que Pilatos era um Gentio, ele deve ser suposto falando como tal:
Mas Jesus não lhe deu nenhuma resposta;... Pois a sua pergunta foi fútil, e não merecia nenhum; e, além disso, ele não era digno de uma, que o tinha tratado tão mal, quando ele sabia que, em sua própria consciência, que ele era inocente, nem foi ele capaz de tomar em uma resposta, ou capazes de julgar se foi certo ou errado; e uma vez que Cristo veio para morrer pela salvação do seu povo, não era próprio que ele deveria dizer algo que poderia ser os meios de impedir isso.
19:10 - Então Pilatos disse a ele,… Ficando irado com ele, devido ao seu silêncio, e considerando isso como uma falta de respeito.
Não falas tu comigo? Ele ficou surpreso que ele não tinha medo algum dele, que era um governador Romano, seu juiz; que tinha poder da vida e morte; e que ele não devia dar nenhuma resposta a ele, que estava em tal grande dignidade, e em um posto tão alto e exaltado.
Tu não sabes que tenho poder para te crucificar, e tenho poder para libertar-te? Pretensiosamente se orgulha de sua autoridade para fazer um ou outro. A mudança súbita de medo do homem, para o orgulho de vanglória, deve ser observada, somente agora ele estava com medo do poder divino de Cristo, com medo de que ele deveria ter alguma divindade nele, e agora ele se orgulha de sua própria posição e poder, e ameaça com a sua autoridade puni-lo com a morte, até mesmo a morte na cruz; em que ele descobre a sua maldade, como um magistrado, a fim de tentar amedrontar uma pessoa em que ele próprio acreditava ser inocente: e, além disso, a sua afirmação é falsa, pois ele não tinha poder, nem de Deus nem do homem, para crucificar homens inocentes, e libertar criminosos: e, além disso, ele se alto condenou, pois disse que tinham poder de libertá-lo, e ainda assim não o fez, porém, ele havia declarado uma vez e novamente que ele não encontrou nenhuma culpa nele.