Comentário de João 8:35
E o servo não permanece para sempre na casa,... O servo de Deus e de Cristo permanecem, mas não o servo do pecado: pode haver servos do pecado na 
casa ou na igreja de Deus aqui em baixo, e tais eram esses judeus a quem Cristo está falando aqui, mas tal pessoa não deve permanecer lá para sempre: algumas que chegam a esta casa são discernidas rapidamente, como Simão o Mago foi, e são logo retirados, e outros que podem ficar mais tempo, são, por vezes, levados a cair em algum pecado imundo, ou em alguns erros e heresias terríveis, para os quais eles são expulsos de casa ou a igreja de Deus, de acordo com as regras da Palavra de Dele, outros causam divisões, atraem discípulos para deles, e eles são separados, e saem de sua própria iniciativa, para servir os seus próprios fins, e outros, quando surge perseguição e tribulação por causa da palavra, eles são ofendidos e desaparecem; essa é a ferramenta com o qual Cristo, às vezes, joeira seu solo, e remove o joio, e aqueles que continuam mais tempo, até o final de seus dias, ou do mundo, ou a segunda vinda de Cristo, como as tolas virgens, serão então, discernidas e separadas, pois os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos,[1] mas não devem entrar na casa acima, na casa que não é feita com mãos, eterna, nos céus, que é Cristo e na casa do Pai: ninguém a não ser os filhos é que são levados a glória; estes são os únicos herdeiros da salvação, os outros serão lançados fora, como os obreiros da iniquidade, como os servos do pecado, mesmo que tenham feito uma profissão de religião, e tenham tido um pé na casa de Deus na terra. A alusão é aos servos em comum, e, em um sentido literal, é verdade tanto com respeito aos bons e maus servos: os bons servos não continuam para sempre no casa de seu mestre, mesmo um servo hebreu, que amava o seu mestre, e não iria sair livre no final da sua servidão, e que, depois de ter furado a orelha dele, é dito como servindo-o para sempre, Exo. 21: 6; ainda que "para sempre" significava até o ano do jubileu, quer próximo ou longe, como os comentadores judaicos (d) explicam que, em geral, ou melhor, se o seu mestre morreu antes do tempo, ele sai livre: ele não era obrigado a servir o seus filhos ou herdeiros, e assim dizem os doutores da Misnic (e):
“Aquele que está entediado é obtido por meio do tédio, e ganha a si mesmo (ou se torna livre) no ano do Jubileu, e pela morte de seu mestre.”
Com isso concorda Maimonides (f) que diz:
“Aquele que tem servido seis anos, e não sairá, esse está entediado, e ele serve até o ano do jubileu, ou até que seu mestre morra; e, embora ele deixe um filho, aquele que está entediado não serve ao filho; que pode ser aprendido da letra das palavras, “ele lhe servirá”, não a seu filho, “para sempre”, até o jubileu: de onde fica evidente que aquele que está entediado não se possui (ou está livre) a não ser pelo Jubileu, ou pela morte de seu mestre.”
E um dos seus escritores (g) observa que a palavra vertida, “o servirá”, é pela Gemetria, não referente ao seu filho. E entre os Romanos, bons servos eram, às vezes, feitos livres, e os maus colocados em uma casa de trabalho, para moer milhos em moinhos; e tais escravos iníquos podem ser mais especialmente a referência, visto que Cristo está falando dos servos do pecado.
Mas o Filho permanece para sempre: o Filho de Deus, o único Filho gerado de Deus, que o Senhor Jesus Cristo sempre continuará como um Filho na sua própria casa, como o Senhor e proprietário; e como sumo sacerdotes sobre a casa,[2] tendo um sacerdócio inalterável; e como aquele que cuida dela, provê para ela, e administra todos os negócios da casa, a família no céu e em terra que é nomeada dele. E como ele, assim todos os filhos adotados de Deus continuarão, enquanto sendo pilares nesta casa que nunca sairá: tais não são mais servos, nem estrangeiros, mas concidadãos com os santos e da casa de Deus; e sendo os filhos, são os herdeiros e nunca serão expulsos, como a mulher escrava e o filho dela foram:[3] mas estes que são os filhos da livre, desfrutarão para sempre a herança para a qual eles são adotados; uma vez filhos, sempre filhos; a relação continua para sempre; eles permanecerão na família para sempre, e sendo intitulados à propriedade divina, a possuirão para sempre.
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Notas
(d) Jarchi, Aben Ezra, & ben Gersom em Exod. xxi. 6.
(e) Misn. Kiddushin, c. 1. sect. 1.
(f) Hilchot Abadim, c. 3. sect. 6, 7.
(g) Baal Hatturim in Exod. xxi. 6.
[1] Cf. Salmos 1:4. N do T.
[2] Cf. Hebreus 3:1. N do T.
[3] Cf. Gál. 4:30. N do T
casa ou na igreja de Deus aqui em baixo, e tais eram esses judeus a quem Cristo está falando aqui, mas tal pessoa não deve permanecer lá para sempre: algumas que chegam a esta casa são discernidas rapidamente, como Simão o Mago foi, e são logo retirados, e outros que podem ficar mais tempo, são, por vezes, levados a cair em algum pecado imundo, ou em alguns erros e heresias terríveis, para os quais eles são expulsos de casa ou a igreja de Deus, de acordo com as regras da Palavra de Dele, outros causam divisões, atraem discípulos para deles, e eles são separados, e saem de sua própria iniciativa, para servir os seus próprios fins, e outros, quando surge perseguição e tribulação por causa da palavra, eles são ofendidos e desaparecem; essa é a ferramenta com o qual Cristo, às vezes, joeira seu solo, e remove o joio, e aqueles que continuam mais tempo, até o final de seus dias, ou do mundo, ou a segunda vinda de Cristo, como as tolas virgens, serão então, discernidas e separadas, pois os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos,[1] mas não devem entrar na casa acima, na casa que não é feita com mãos, eterna, nos céus, que é Cristo e na casa do Pai: ninguém a não ser os filhos é que são levados a glória; estes são os únicos herdeiros da salvação, os outros serão lançados fora, como os obreiros da iniquidade, como os servos do pecado, mesmo que tenham feito uma profissão de religião, e tenham tido um pé na casa de Deus na terra. A alusão é aos servos em comum, e, em um sentido literal, é verdade tanto com respeito aos bons e maus servos: os bons servos não continuam para sempre no casa de seu mestre, mesmo um servo hebreu, que amava o seu mestre, e não iria sair livre no final da sua servidão, e que, depois de ter furado a orelha dele, é dito como servindo-o para sempre, Exo. 21: 6; ainda que "para sempre" significava até o ano do jubileu, quer próximo ou longe, como os comentadores judaicos (d) explicam que, em geral, ou melhor, se o seu mestre morreu antes do tempo, ele sai livre: ele não era obrigado a servir o seus filhos ou herdeiros, e assim dizem os doutores da Misnic (e):“Aquele que está entediado é obtido por meio do tédio, e ganha a si mesmo (ou se torna livre) no ano do Jubileu, e pela morte de seu mestre.”
Com isso concorda Maimonides (f) que diz:
“Aquele que tem servido seis anos, e não sairá, esse está entediado, e ele serve até o ano do jubileu, ou até que seu mestre morra; e, embora ele deixe um filho, aquele que está entediado não serve ao filho; que pode ser aprendido da letra das palavras, “ele lhe servirá”, não a seu filho, “para sempre”, até o jubileu: de onde fica evidente que aquele que está entediado não se possui (ou está livre) a não ser pelo Jubileu, ou pela morte de seu mestre.”
E um dos seus escritores (g) observa que a palavra vertida, “o servirá”, é pela Gemetria, não referente ao seu filho. E entre os Romanos, bons servos eram, às vezes, feitos livres, e os maus colocados em uma casa de trabalho, para moer milhos em moinhos; e tais escravos iníquos podem ser mais especialmente a referência, visto que Cristo está falando dos servos do pecado.
Mas o Filho permanece para sempre: o Filho de Deus, o único Filho gerado de Deus, que o Senhor Jesus Cristo sempre continuará como um Filho na sua própria casa, como o Senhor e proprietário; e como sumo sacerdotes sobre a casa,[2] tendo um sacerdócio inalterável; e como aquele que cuida dela, provê para ela, e administra todos os negócios da casa, a família no céu e em terra que é nomeada dele. E como ele, assim todos os filhos adotados de Deus continuarão, enquanto sendo pilares nesta casa que nunca sairá: tais não são mais servos, nem estrangeiros, mas concidadãos com os santos e da casa de Deus; e sendo os filhos, são os herdeiros e nunca serão expulsos, como a mulher escrava e o filho dela foram:[3] mas estes que são os filhos da livre, desfrutarão para sempre a herança para a qual eles são adotados; uma vez filhos, sempre filhos; a relação continua para sempre; eles permanecerão na família para sempre, e sendo intitulados à propriedade divina, a possuirão para sempre.
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Notas
(d) Jarchi, Aben Ezra, & ben Gersom em Exod. xxi. 6.
(e) Misn. Kiddushin, c. 1. sect. 1.
(f) Hilchot Abadim, c. 3. sect. 6, 7.
(g) Baal Hatturim in Exod. xxi. 6.
[1] Cf. Salmos 1:4. N do T.
[2] Cf. Hebreus 3:1. N do T.
[3] Cf. Gál. 4:30. N do T