Comentário de João 8:40
Joh 8:40 - Mas agora buscais matar-me,… Uma característica e disposição bem longe dos descendentes de Abraão:
Um homem que vos tem dito a verdade que eu ouvi de Deus;… Buscar matar um homem é um crime muito grande e punível com a morte; matar um homem inocente que não tem feito nenhum pecado, que era puro, santo, inofensivo para Deus e homem, era uma agravação da iniquidade; e matar um profeta, e alguém mais que um profeta, que trouxe a revelação do próprio Deus e declarou a inteira verdade do Evangelho, e particularmente da sua filiação divina e eterna, que os fizeram buscar tirar a sua vida, tudo isso aumentava o pecado.
Abraão não fez isso: O sentido não é que Abraão não disse a verdade que ele tinha ouvido de Deus; pois ele, de fato, instruiu e ordenou a seus filhos depois dele, para andar nos caminhos do Senhor, que ele tinha aprendido dele; mas que Abraão não rejeitou nenhuma verdade que lhe foi revelada, e muito menos buscou tirar a vida de alguém; e, de fato, nem a vida de alguém que merecia morrer: e nosso Senhor sugere, que se ele tivesse na situação agora, ele não teria feito como fez sua posteridade, visto que ele viu seu dia pela fé e regozijou com a sua visão, João 8:56. O Judeu (o) faz uma objeção dessas palavras contra a deidade de Cristo;
“Vede (diz ele) que Jesus declara com respeito a si mesmo que ele não é Deus, mas homem; e assim diz Paulo com respeito a ele, Rom 5:15; e assim Jesus, em muitos lugares, se chama filho do homem: pois não achamos em canto algum ele se chamar de Deus como acreditam os Nazarenos.”
Para o qual pode ser respondido, que Jesus não declara nestas palavras, nem em qualquer outro lugar, que ele não é Deus; ele não diz nenhuma coisa dessa natureza; ele só observa que ele era um homem, como era realmente ele: nem o fato dele ser um homem é qualquer contradição contra a sua deidade; porque ele é Deus e homem; e assim esses que acreditam nele afirmam: e, embora o Cristo não fale em condições expressas que ele é Deus, contudo ele se afirmou como sendo o Filho de Deus, Mar. 14:61, e disse tais coisas dele, como manifestadamente se declarou Deus; e em razão da qual os judeus concluíram, que ele não só se fez igual com Deus, mas que ele se fez Deus, João 5:17. Além disso, ele levou um dos seus discípulos a lhe chamar de Deus, a qual ele nunca teria feito, se ele real e verdadeiramente não tivesse sido Deus, João 20:28; sim, ele parece chamar-se assim, ao ser tentado por Satanás, ele observou o que está escrito: "tu não poderás tentar o Senhor teu Deus", Mat. 4: 7. O motivo pelo qual ele muitas vezes se chama o filho do homem é, porque isso era mais adequado para ele em seu estado de humilhação; e, na verdade, não houve necessidade de lhe fazer valer a sua divindade em expressar palavras, uma vez que suas obras e milagres mais claramente provavam que ele era Deus, e que para o Apóstolo Paulo, embora às vezes ele fale dele como um homem, ele também afirma que ele é Deus sobre todos, bendito para sempre, e o chama de grande Deus, e nosso Salvador, e Deus manifesto na carne, Rom. 9:5.
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Notas:
(o) R. Isaac Chizzuk Emuna, par. 2. c. 48. p. 436. & par. 1. c. 10. p. 118.
Um homem que vos tem dito a verdade que eu ouvi de Deus;… Buscar matar um homem é um crime muito grande e punível com a morte; matar um homem inocente que não tem feito nenhum pecado, que era puro, santo, inofensivo para Deus e homem, era uma agravação da iniquidade; e matar um profeta, e alguém mais que um profeta, que trouxe a revelação do próprio Deus e declarou a inteira verdade do Evangelho, e particularmente da sua filiação divina e eterna, que os fizeram buscar tirar a sua vida, tudo isso aumentava o pecado.
Abraão não fez isso: O sentido não é que Abraão não disse a verdade que ele tinha ouvido de Deus; pois ele, de fato, instruiu e ordenou a seus filhos depois dele, para andar nos caminhos do Senhor, que ele tinha aprendido dele; mas que Abraão não rejeitou nenhuma verdade que lhe foi revelada, e muito menos buscou tirar a vida de alguém; e, de fato, nem a vida de alguém que merecia morrer: e nosso Senhor sugere, que se ele tivesse na situação agora, ele não teria feito como fez sua posteridade, visto que ele viu seu dia pela fé e regozijou com a sua visão, João 8:56. O Judeu (o) faz uma objeção dessas palavras contra a deidade de Cristo;
“Vede (diz ele) que Jesus declara com respeito a si mesmo que ele não é Deus, mas homem; e assim diz Paulo com respeito a ele, Rom 5:15; e assim Jesus, em muitos lugares, se chama filho do homem: pois não achamos em canto algum ele se chamar de Deus como acreditam os Nazarenos.”
Para o qual pode ser respondido, que Jesus não declara nestas palavras, nem em qualquer outro lugar, que ele não é Deus; ele não diz nenhuma coisa dessa natureza; ele só observa que ele era um homem, como era realmente ele: nem o fato dele ser um homem é qualquer contradição contra a sua deidade; porque ele é Deus e homem; e assim esses que acreditam nele afirmam: e, embora o Cristo não fale em condições expressas que ele é Deus, contudo ele se afirmou como sendo o Filho de Deus, Mar. 14:61, e disse tais coisas dele, como manifestadamente se declarou Deus; e em razão da qual os judeus concluíram, que ele não só se fez igual com Deus, mas que ele se fez Deus, João 5:17. Além disso, ele levou um dos seus discípulos a lhe chamar de Deus, a qual ele nunca teria feito, se ele real e verdadeiramente não tivesse sido Deus, João 20:28; sim, ele parece chamar-se assim, ao ser tentado por Satanás, ele observou o que está escrito: "tu não poderás tentar o Senhor teu Deus", Mat. 4: 7. O motivo pelo qual ele muitas vezes se chama o filho do homem é, porque isso era mais adequado para ele em seu estado de humilhação; e, na verdade, não houve necessidade de lhe fazer valer a sua divindade em expressar palavras, uma vez que suas obras e milagres mais claramente provavam que ele era Deus, e que para o Apóstolo Paulo, embora às vezes ele fale dele como um homem, ele também afirma que ele é Deus sobre todos, bendito para sempre, e o chama de grande Deus, e nosso Salvador, e Deus manifesto na carne, Rom. 9:5.
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Notas:
(o) R. Isaac Chizzuk Emuna, par. 2. c. 48. p. 436. & par. 1. c. 10. p. 118.