Comentário de J.W Scott: 1 Coríntios 7:17-30
4. É NECESSÁRIO PERMANECER NO ESTADO EM QUE FOMOS CHAMADOS (1 Coríntios 7.17-24) -Paulo ensina: cada indivíduo tem seu próprio dom ou posição na sociedade que a divina providência lhe concedeu. Deve procurar viver para a glória de Deus no lugar em que o Senhor o colocou, e não procurar ou esperar grande mudança porque se tornou cristão. E vêm como exemplos: circuncisão ou incircuncisão (18); servo (escravo) ou livre (20). A atitude cristã é permanecer a pessoa no seu estado particular, no que concerne à aparência exterior, porém permanecer nele diante de Deus (24). Isto é o que faz toda a diferença, relativamente ao sentido que o "estado" tem para a pessoa em causa. A circuncisão, por exemplo, nada é em si, nem a incircuncisão é impedimento algum. O essencial é observar os mandamentos como apresentados por Cristo (19). Outrossim, aquele que ao ser chamado era escravo, não se preocupe com isto; embora que, se lhe oferecerem liberdade, deve aproveitar-se da oportunidade. Esta questão de posição social não é o que importa. Porque o escravo cristão é espiritualmente livre em Cristo, e o livre faz-se voluntariamente servo de Cristo quando se torna crente. Por preço fostes comprados; não vos torneis escravos de homens (23). As primeiras palavras são um eco de 1Co 6.20. Uma vez que pertencem a Cristo, os crentes não mais seguem servilmente o juízo humano em assuntos que tais. O espírito cristão transcende os empecilhos terrenos, ciente de que as circunstâncias da vida estão todas sob a direção de Deus.
3. UM PROBLEMA ESPECIAL: O CASAMENTO DE VIRGENS (1 Coríntios 7.25-40) - Existe alguma dificuldade em descobrir se Paulo se dirige aqui a pessoas casadas que se abstiveram da consumação física do casamento, ou se responde à pergunta "Devem os pais cristãos dar as filhas em casamento?" o que parece ser o sentido. Vejam especialmente os vers. 36-38. Se a passagem for interpretada do primeiro modo a resposta é a seguinte: o homem que acha ser mais prudente casar tem toda a liberdade de fazê-lo. Se, entretanto, pode permanecer firme no seu propósito - e sua consorte também então faz melhor (38) Este escritor, no entanto, vê na passagem a resposta à pergunta atinente à responsabilidade dos pais na questão do casamento de suas filhas. Respondendo, Paulo aproveita a oportunidade de lembrar e repetir o que disse antes sobre o casamento em geral e acerca da necessidade de se glorificar a Deus naquela condição de vida em que Ele nos encontrou. Estás casado? não procures separar-te. Estás livre de mulher? não procures casamento (27). Este princípio aplica-se às mulheres tanto quanto aos homens, e nos versos seguintes é desenvolvido em sua dupla aplicação. O celibato deve ser preferido, contudo o apóstolo percebe perfeitamente que todos não receberam esse dom. Se todas as circunstâncias sugerirem que a uma filha se deve dar consentimento para casar, que se case. Todavia as que forem capazes de ficar solteiras, farão melhor (36-38).
O ensino da passagem, no seu todo, é bastante claro. Desestimula para o casamento, no interesse de maior serviço cristão. O apóstolo que, naturalmente, estava bem informado sobre como marido e mulher podiam colaborar, cada qual adornando o serviço do outro, torna claro que está exprimindo sua opinião pessoal - dou minha opinião (25) - tendo o cuidado de não ser dogmático ou de estabelecer regras fixas e rígidas. O tempo se abrevia (29), isto se refere provavelmente à esperança da volta de nosso Senhor e certamente encerra a idéia de que a oportunidade de servi-lo cedo passará. Este não é tempo de cuidar das coisas do mundo (33-34) e de dar primazia à mulher ou ao marido, como fazem as pessoas casadas. Trabalho pioneiro muitas vezes demanda sacrifícios especiais, havendo ainda tarefas, no campo missionário da atualidade, que só podem ser executadas por pessoas livres de laços ou responsabilidades de família.
Os vers. 30 e 31 desenvolvem o pensamento de que aqueles que servem ao Reino devem se desvencilhar de cuidados e ambições mundanas. Choramos por causa de perdas ou contrariedades. Alegramo-nos porque de alguma forma alcançamos êxito. Compramos e acumulamos conforto e riqueza para nós mesmos. De todas estas maneiras demonstramos que nossas afeições estão postas em coisas da terra. A ordem de Paulo, aqui, é exatamente a mesma que foi dada aos cristãos de Colossos: "Pensai nas coisas lá do alto" (Cl 3.2). Os valores e qualidades espirituais é o que de fato perdura. A aparência deste mundo passa (31), todas aquelas coisas exteriores em que tanto nos interessamos.
A seção conclui respondendo outra pergunta a respeito de novo casamento das viúvas. Enquanto o marido vive, a mulher está ligada a ele. É esta a posição legal, e presumivelmente se estende ao caso da separação sugerida no vers. 15. Mas, se o marido morre, a mulher fica livre para casar de novo. Contudo, mesmo assim, não se deve precipitar. Seu novo casamento deve ser feito no Senhor (39). E no entender de Paulo, não somente será ela mais feliz evitando novo consórcio, porém ele dá este conselho como quem está convencido de que isto é o que o Espírito Santo quer que ele ensine.
3. UM PROBLEMA ESPECIAL: O CASAMENTO DE VIRGENS (1 Coríntios 7.25-40) - Existe alguma dificuldade em descobrir se Paulo se dirige aqui a pessoas casadas que se abstiveram da consumação física do casamento, ou se responde à pergunta "Devem os pais cristãos dar as filhas em casamento?" o que parece ser o sentido. Vejam especialmente os vers. 36-38. Se a passagem for interpretada do primeiro modo a resposta é a seguinte: o homem que acha ser mais prudente casar tem toda a liberdade de fazê-lo. Se, entretanto, pode permanecer firme no seu propósito - e sua consorte também então faz melhor (38) Este escritor, no entanto, vê na passagem a resposta à pergunta atinente à responsabilidade dos pais na questão do casamento de suas filhas. Respondendo, Paulo aproveita a oportunidade de lembrar e repetir o que disse antes sobre o casamento em geral e acerca da necessidade de se glorificar a Deus naquela condição de vida em que Ele nos encontrou. Estás casado? não procures separar-te. Estás livre de mulher? não procures casamento (27). Este princípio aplica-se às mulheres tanto quanto aos homens, e nos versos seguintes é desenvolvido em sua dupla aplicação. O celibato deve ser preferido, contudo o apóstolo percebe perfeitamente que todos não receberam esse dom. Se todas as circunstâncias sugerirem que a uma filha se deve dar consentimento para casar, que se case. Todavia as que forem capazes de ficar solteiras, farão melhor (36-38).
O ensino da passagem, no seu todo, é bastante claro. Desestimula para o casamento, no interesse de maior serviço cristão. O apóstolo que, naturalmente, estava bem informado sobre como marido e mulher podiam colaborar, cada qual adornando o serviço do outro, torna claro que está exprimindo sua opinião pessoal - dou minha opinião (25) - tendo o cuidado de não ser dogmático ou de estabelecer regras fixas e rígidas. O tempo se abrevia (29), isto se refere provavelmente à esperança da volta de nosso Senhor e certamente encerra a idéia de que a oportunidade de servi-lo cedo passará. Este não é tempo de cuidar das coisas do mundo (33-34) e de dar primazia à mulher ou ao marido, como fazem as pessoas casadas. Trabalho pioneiro muitas vezes demanda sacrifícios especiais, havendo ainda tarefas, no campo missionário da atualidade, que só podem ser executadas por pessoas livres de laços ou responsabilidades de família.
Os vers. 30 e 31 desenvolvem o pensamento de que aqueles que servem ao Reino devem se desvencilhar de cuidados e ambições mundanas. Choramos por causa de perdas ou contrariedades. Alegramo-nos porque de alguma forma alcançamos êxito. Compramos e acumulamos conforto e riqueza para nós mesmos. De todas estas maneiras demonstramos que nossas afeições estão postas em coisas da terra. A ordem de Paulo, aqui, é exatamente a mesma que foi dada aos cristãos de Colossos: "Pensai nas coisas lá do alto" (Cl 3.2). Os valores e qualidades espirituais é o que de fato perdura. A aparência deste mundo passa (31), todas aquelas coisas exteriores em que tanto nos interessamos.
A seção conclui respondendo outra pergunta a respeito de novo casamento das viúvas. Enquanto o marido vive, a mulher está ligada a ele. É esta a posição legal, e presumivelmente se estende ao caso da separação sugerida no vers. 15. Mas, se o marido morre, a mulher fica livre para casar de novo. Contudo, mesmo assim, não se deve precipitar. Seu novo casamento deve ser feito no Senhor (39). E no entender de Paulo, não somente será ela mais feliz evitando novo consórcio, porém ele dá este conselho como quem está convencido de que isto é o que o Espírito Santo quer que ele ensine.