A inspiração da Bíblia (Part. 19)
Referências do Novo Testamento a seções específicas do Antigo Testamento: O segundo indício no Novo Testamento de que o Antigo Testamento era considerado inspirado por Deus são as referências à autoridade de certos trechos das Escrituras hebraicas (e.g., a lei, os profetas e os escritos). A lei e os profetas, como mostramos acima, referem-se a uma divisão do Antigo Testamento em duas partes. Essa referência ocorre dezenas de vezes no Novo Testamento. Indica todos os escritos inspirados, desde Moisés até Jesus (Lc 16.16), considerados Palavra eterna de Deus (Mt 5.18). Além das referências às duas partes em conjunto, há outras que tratam da lei e dos profetas de modo separado. A lei em geral designa os primeiros cinco livros do Antigo Testamento, como ocorre em Mateus 12.5. Às vezes a expressão é "a lei de Moisés" (At 13.39; Hb 12,5). Em outras passagens esses livros são chamados simplesmente, “Moisés” (2Cor 3.15), "os livros de Moisés'' (Mc 12.26) ou "os livros da lei" (Gl 3.10). Em cada caso recorre-se à autoridade divina do ensino mosaico. O Pentateuco como um todo era considerado proveniente de Deus. Os profetas em geral identifica a segunda metade do Antigo Testamento (v. Jo 1.45; Lc 18.31). Empregam-se também as expressões "as escrituras dos profetas" (Mt 26.56) e "o livro dos profetas" (At 7.42). Nem sempre fica claro que esses títulos se referem apenas aos livros escritos após o ministério de Moisés, embora às vezes isso esteja muito bem especificado, como revela a separação dos dois títulos. No que concerne ao título profetas, exatamente o fato de significar porta-vozes de Deus revela a inspiração divina dos livros que levam essa designação (2Pe 1.20,21).
Os escritos não é termo neotestamentário: Trata-se de designação não-bíblica usada para dividir os escritos proféticos em duas partes: a escrita por profetas profissionais ("os profetas") e a escrita por outros tipos de profetas ("os escritos"). Existe apenas uma alusão no Novo Testamento a uma possível divisão do Antigo Testamento em três partes. Jesus referiu-se a "tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos" (Lc 24.44). Não ficou claro aqui se o Senhor estava destacando os Salmos, em vista de seu significado messiânico especial, como parte da "lei" e dos "profetas", a que ele se referiu anteriormente no mesmo capítulo (v. 27), ou o primeiro livro da seção conhecida agora como "escritos". Seja qual for o caso, a natureza messiânica e profética dessa suposta terceira parte do Antigo Testamento faz que ela se destaque como inspirada por Deus. E, se houver apenas duas seções no cânon do Antigo Testamento, o resto das Escrituras inspiradas já foi estudado quando tratamos do designativo "profetas".
Os escritos não é termo neotestamentário: Trata-se de designação não-bíblica usada para dividir os escritos proféticos em duas partes: a escrita por profetas profissionais ("os profetas") e a escrita por outros tipos de profetas ("os escritos"). Existe apenas uma alusão no Novo Testamento a uma possível divisão do Antigo Testamento em três partes. Jesus referiu-se a "tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos" (Lc 24.44). Não ficou claro aqui se o Senhor estava destacando os Salmos, em vista de seu significado messiânico especial, como parte da "lei" e dos "profetas", a que ele se referiu anteriormente no mesmo capítulo (v. 27), ou o primeiro livro da seção conhecida agora como "escritos". Seja qual for o caso, a natureza messiânica e profética dessa suposta terceira parte do Antigo Testamento faz que ela se destaque como inspirada por Deus. E, se houver apenas duas seções no cânon do Antigo Testamento, o resto das Escrituras inspiradas já foi estudado quando tratamos do designativo "profetas".