Samaritano — Estudo Bíblico
SAMARITANOS
I. Nome
II. Origem
III. História
IV. Teologia
V. Pentateuco Samaritano
VI. Samaritanos da Atualidade
I. Nome
Do hebraico shomeronee,
habitantes de shomerone (um posto de vigia), derivado do fato de que a
cidade capital, Samaria, era construída em um morro. Ver o artigo Samaria,
Cidade de. Os samaritanos eram os habitantes do distrito (da cidade e
de suas áreas adjacentes) chamado shomerone, que de modo geral é
transliterado sem o e no final, como Shomeron. A única
referência do Antigo Testamento com este nome é a de II Reis 17.29.
II. Origem
O reino do norte (chamado
de Israel em contraste com o reino do sul, chamado de Judá) foi convidado pelo
império assírio e, em 722 A. C., a Samaria e as outras cidades importantes
foram dominadas. Seguiu-se então o cativeiro da maioria dos sobreviventes.
Ver o artigo Cativeiro Assirio. Os hebreus que foram deixados
misturaram-se então com os povos que os assírios enviaram para ocupar a
terra. A população mista resultante foi chamada de “samaritana”.
Salmaneser V (726-722 A. C.) foi o captor. Seu sucessor foi Sargão II. Ver
o artigo sobre Salmaneser, que descreve cinco reis assim
batizados. Quantos hebreus permaneceram na terra é um número
disputado, portanto é difícil determinar o percentual de hebreus em
relação a outros povos importados, mas sabemos que o local era
considerado pagão pelos judeus do sul e que o número de estrangeiros
cresceu com o passar do tempo. Algumas raízes judaicas, contudo,
nunca foram perdidas, nem mesmo com os samaritanos da atualidade.
III. História
A história subsequente naturalmente
apresenta um paralelo à da cidade de Samaria, portanto peço que o leitor leia o
artigo correspondente para maiores detalhes. Ezra 4.2 indica que os
samaritanos representavam uma etnia mista com um centro pagão, mas,
mesmo na época do rei Ezequias (II Crô. 30.11), do rei Josias (II Crô.
34.9) e do profeta Jeremias (Jer. 41.5), “israelitas” do norte continuaram
louvando a Yahweh; não havia, contudo, uma fé religiosa que fizesse um
paralelo, em todos os aspectos, com à fé do sul.
Os historiadores judeus
registram sua história como descendentes dos colonos que os assírios plantaram
no norte, revelando certo preconceito, talvez, mas não reconhecendo a todos da
população hebraica que permaneceu na terra. II Crô. 30.10,11
informa-nos que, na época de Ezequias, as pessoas ainda vinham do norte
para passar a Páscoa em Jerusalém. Os samaritanos também preservavam seu
próprio pentateuco (ver sobre Samaritano, o Pentateuco). Manassés e
Efraim continuaram sendo tribos frouxamente vinculadas e contribuiram com
os reparos do Templo de Jerusalém (II Crô. 34.9).
Quando Zorobabel
construiu o Segundo Templo, algumas pessoas do norte, afirmando-se adeptas do
louvor a Yahweh, queriam participar da construção, mas foram rejeitadas (Esd.
4.2). E provável que os judeus não quisessem complicar sua renovação
histórica do judaísmo com elementos dúbios do norte. Tal julgamento
provavelmente estava correto, o que é demonstrado pelo fato de que Sambalate,
governador da província persa de Samaria, se opunha à reconstrução de Jerusalém
(Nee. 2.10-6.14; 13.28). Ver o artigo separado sobre ele.
Josefo (Ant. XI.
Viii.1-4) informa-nos sobre o templo que os samaritanos construiram no monte
Gerizim, o qual, finalmente, acabou sendo um tipo de culto de cisma ao qual João
4 se refere no Novo Testamento. É impossível determinar exatamente quando
os samaritanos construíram seu templo.
A rejeição aos
samaritanos continuou a crescer e tornou-se intensa no período
intertestamentáric Eclesiástico os chama de uma “não-nação’’ (50.25,26).
O Testamento de Levi chama Siquém de “a cidade dos tolos”. As
referências do Novo Testamento fornecem observações tanto negativas como
positivas. Ver Luc. 9.52-53; 10.29-37; João 4; Atos 8.
IV. Teologia
Informações do Antigo
Testamento são escassas, mas podemos presumir que os samaritanos do norte, que
estavam envolvidos com o culto a Yahweh, não eram muito diferentes de suas
contrapartes do sul. Os samaritanos acreditavam que Josué havia construído
um santuário no monte Gerizim, que foi o primeiro local centralizado para
0 louvor de Israel,
vários séculos antes da construção do templo. Presumivelmente, então, o
santuário em Silo era uma divisão. O mesmo era verdade (segundo a
estimativa deles) sobre o templo em Jerusalém. “Nossos pais adoraram neste
monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve
adorar” (João 4.20). A afirmação da mulher samaritana é apoiada em Juí.
9.7; Deu. 12.5;11;
1 Reis 9.3; II Crô. 7.12.
É claro, tais textos de prova nata têm que ver com uma situação “permanente”.
Muitas coisas aconteceram na cultura hebraica posterior que foram
teologicamente tão importantes quanto acontecimentos anteriores. Nunca
podemos colocar uma cerca ao redor de Deus e da espiritualidade e
dizer “as coisas acabam aqui”, ainda que denominações e até sistemas
religiosos 'nteiros insistam em agir dessa forma. Além do mais, muitos textos b
olicos são informativos, não dogmáticos. Então, considere: a revelação
move-se juntamente com o processo histórico, portanto nunca chegará uma época
em que poderemos escrever “finis” sobre o avanço da revelação, do conhecimento
e da espiritualidade.
A maioria das informações
que temos sobre a teologia dessas pessoas vem do século IV D. C., tarde demais
para lançar alguma luz sobre o início do movimento. Baba Rabba foi o
principal colaborador ao nosso conhecimento sobre este assunto. Em cerca
de 300 D. C., os judeus começaram a excomungar e colocar
os samaritanos em ostracismo e, dali por diante, as coisas
azedaram de vez.
Alguns escritores judeus
comparam os samaritanos com os saduceus, declarando que eles negaram a
ressurreição do corpo e os trabalhos judeus “posteriores”, mantendo
exclusivamente o Pentateuco como suas escrituras canônicas. Logicamente, a
principal objeção era a insistência deles em usar o monte Gerizim como
local de louvor, e sua forte rejeição a Jerusalém como cidade sagrada.
O samaritanismo posterior
exaltava Moisés a tal ponto que os samaritanos lembram os cristãos em seu
louvor a Jesus, o Cristo. Como os judeus, eles esperavam (esperam) por um
Messias, em cujas mãos ocorrerá o julgamento final. O gnosticismo teve sua
parte na teologia samaritana posterior, e também houve certo
relacionamento com os essênios.
Muitas coisas eram (são)
mantidas em comum com o judaísmo principal: o Pentateuco como a principal linha
de doutrinas e práticas; a exigência absoluta da circuncisão; a manutenção
do sábado sagrado; adesão às leis de dieta; a esperança messiânica; o
julgamento futuro dos homens Dons e maus, tendo o Messias como Juiz.
V. Pentateuco
Samaritano
Forneço um artigo
separado sobre este assunto que o leitor pode consultar.
VI. Samaritanos
da Atualidade
Ainda hoje um pequeno
grupo de samaritanos vive em Nablo e em Jafa, hoje subúrbio de Tel Aviv. De
acordo com um senso de 1960, havia 214 pessoas no grupo em Nablo e 132 em
Jafa. O monte Gerizim continua sendo o local sagrado para eles, que ainda
seguem os antigos festivais hebraicos como a Páscoa e o Dia da
Expiação (seu dia mais sagrado). Além disso, o sábado é observado rigidamente.
Seu sumo sacerdote é o líder político-religioso, com quem os ”forasteiros”
(como o governo) devem tratar no tocante a qualquer questão relacionada ao
grupo. Embora pequena, eles ainda representam uma forte seita religiosa.
1. O nome. Este
nome é babilónico, significando “que Sin (o deus-lua) lhe dá vida”
(sin-uballit). Ele deu aos seus filhos nomes que incluíam a referência a
Yahweh (II Reis 18 23), mas provavelmente apenas refletiam uma
cultura sincretista, não uma aevoção exaltada a Yahweh.
2. Ele era chamado de horohita,
provavelmente uma referència a Bete-Horom, ao sul de
Efraim (Jos. 10.10: II Crô. 8.5), considerada sua cidade natal.
3. Fundador do templo
no Monte Gerizim. A única coisa que sabemos com certeza é que ele tinha
algum tipo de poder civil ou militar na Samaria, no serviço ao rei
Artaxerxes (Nee. 4.2), e tentou usar sua influência para deter a
reconstrução de Jerusalém por Neemias. Ele contou com a ajuda de Tobias, o
amonita, e de Gesém, o árabe (Nee 2.19; 4.7). Seus planos
falharam porque era o dia de Judá para a restauração, acabada
que era a época para reversces
4. Confirmação
histórica. Entre os documentos dos Papiros Elefantinos ha uma carta
escrita por Sambalate e enviada a Bagoas, governador de Judá. Naquela
época ele devia ser um homem velho. A época de sua força e influência foi
445 A. C.