Êxodo - Inspirado e Proveitoso

êxodo, livro de êxodo, estudos bíblicosÊxodo revela-nos de modo preeminente a Yehowah como o grande Libertador, Organizador e Cumpridor de seus propósitos magníficos, e firma a nossa fé nele. Tal fé aumenta ao passo que estudamos as muitas referências a Êxodo nas Escrituras Gregas Cristãs, indicando o cumprimento de muitas características do pacto da Lei, a garantia da ressurreição, a provisão de Deus de sustentar seu povo, e precedentes para as obras cristãs de assistência, conselhos sobre consideração pelos pais e os requisitos para se ganhar a vida, e como encarar a justiça retributiva. Por fim, a Lei foi resumida em dois mandamentos sobre mostrar amor a Deus e ao próximo. — Mat. 22:32 — Êxo. 4:5; João 6:31-35 e 2 Cor. 8:15 — Êxo. 16:4, 18; Mat. 15:4 e Efé. 6:2 — Êxo. 20:12; Mat. 5:26, 38, 39 — Êxo. 21:24; Mat. 22:37-40.

Em Hebreus 11:23-29, lemos sobre a fé de Moisés e seus pais. Pela fé partiu do Egito, pela fé celebrou a Páscoa e pela fé conduziu a Israel através do mar Vermelho. Os israelitas foram batizados em Moisés e comeram alimento espiritual e beberam bebida espiritual. Aguardavam a rocha espiritual, o Cristo, mas, ainda assim, não obtiveram a aprovação de Deus, pois puseram Deus à prova e tornaram-se idólatras, fornicadores e murmuradores. Paulo explica que isto tem aplicação para os cristãos hoje: “Ora, estas coisas lhes aconteciam como exemplos e foram escritas como aviso para nós, para quem já chegaram os fins dos sistemas de coisas. Conseqüentemente, quem pensa estar de pé, acautele-se para que não caia.” — 1 Cor. 10:1-12; Heb. 3:7-13.

Grande parte do profundo significado espiritual de Êxodo, juntamente com sua aplicação profética, é fornecida nos escritos de Paulo, especialmente em Hebreus, capítulos 9 e 10. “Pois, visto que a Lei tem uma sombra das boas coisas vindouras, mas não a própria substância das coisas, os homens nunca podem, com os mesmos sacrifícios que oferecem continuamente, de ano em ano, aperfeiçoar os que se aproximam.” (Heb. 10:1) Estamos, pois, interessados em conhecer a sombra e entender a realidade. Cristo “ofereceu um só sacrifício pelos pecados, perpetuamente”. Ele é descrito como “o Cordeiro de Deus”. Nenhum osso deste “Cordeiro” foi quebrado, como também não foi no prefigurativo. O apóstolo Paulo comenta: “Cristo, a nossa páscoa, já tem sido sacrificado. Consequentemente, guardemos a festividade, não com o velho fermento, nem com o fermento de maldade e iniqüidade, mas com os pães não fermentados da sinceridade e da verdade.” — Heb. 10:12; João 1:29 e 19:36 — Êxo. 12:46; 1 Cor. 5:7, 8 — Êxo. 23:15.

Jesus tornou-se Mediador dum novo pacto, assim como Moisés fora mediador do pacto da Lei. O contraste entre estes pactos é também explicado claramente pelo apóstolo Paulo, que fala do ‘documento manuscrito de decretos’, que foi tirado do caminho mediante a morte de Jesus na estaca de tortura. O Jesus ressuscitado, qual Sumo Sacerdote, é “servidor público do lugar santo e da verdadeira tenda, que Yehowah erigiu, e não algum homem”. Os sacerdotes sob a Lei prestavam “serviço sagrado numa representação típica e como sombra das coisas celestiais”, segundo o modelo que fora dado por Moisés. “Mas, Jesus obteve agora um serviço público mais excelente, de modo que ele é também o mediador dum pacto correspondentemente melhor, que foi estabelecido legalmente em promessas melhores.” O antigo pacto tornou-se obsoleto e foi eliminado como código que administrava a morte. Os judeus que não entendiam isso são descritos como tendo suas percepções embotadas, mas, os crentes que entendem que o Israel espiritual está sob o novo pacto podem ‘com rostos desvelados refletir como espelhos a glória de Yehowah’, estando adequadamente habilitados como ministros do pacto. Com a consciência purificada, estes podem oferecer seu próprio “sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios que fazem declaração pública do seu nome”. — Col. 2:14; Heb. 8:1-6, 13; 2 Cor. 3:6-18; Heb. 13:15; Êxo. 34:27-35.

Êxodo magnifica o nome e a soberania de Deus, apontando para a gloriosa libertação da nação cristã, o Israel espiritual, a quem se diz: “Vós sois ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial, para que divulgueis as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz. Porque vós, outrora, não éreis povo, mas agora sois povo de Deus.” O poder de Deus, segundo demonstrado em ajuntar seu Israel espiritual, tirando-o do mundo, a fim de engrandecer o seu nome, não é menos milagroso do que o poder que demonstrou a favor de seu povo no antigo Egito. Mantendo vivo a Faraó para lhe mostrar o Seu poder e a fim de que Seu nome fosse declarado, Yehowah prefigurou um testemunho muito maior a ser realizado mediante Seus servos cristãos. — 1 Ped. 2:9, 10; Rom. 9:17; Rev. 12:17.

Por conseguinte, podemos dizer, à base das Escrituras, que a nação formada sob a direção de Moisés apontava para uma nova nação que seria formada sob a direção de Cristo, e para um reino que nunca será abalado. Por isso, somos incentivados a ‘prestar a Deus serviço sagrado com temor piedoso e espanto reverente’. Assim como a presença de Yehowah cobria o tabernáculo no ermo, da mesma forma ele promete estar eternamente presente entre os que o temem: “Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. . . . Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.” Êxodo é deveras parte essencial e proveitosa do registro da Bíblia. — Êxo. 19:16-19 — Heb. 12:18-29; Êxo. 40:34 — Ap. 21:3, 5.