Introdução Bíblica: Livro de 2 Reis

2 REIS, SEGUNDO DOS REIS, INTRODUÇÃO, ESTUDO, ESBOÇO, TEOLOGIAEscritor: Jeremias
Lugares da Escrita: Jerusalém e Egito
Escrita Completada: 580 AEC
Tempo Abrangido: c. 920-580 AEC

O livro de 2 Reis é o de número 12 no cânon das Escrituras. O Livro de Segundo Reis continua a traçar o curso turbulento dos reinos de Israel e Judá. Eliseu tomou o manto de Elias e foi abençoado com duas parcelas do espírito de Elias, realizando 16 milagres, em comparação com os 8 de Elias. Ele continuou a profetizar a condenação do Israel apóstata, onde apenas Jeú forneceu um breve lampejo de zelo por Yehowah. Os reis de Israel se afundaram cada vez mais na iniqüidade, até que finalmente o reino setentrional caiu diante da Assíria em 740 AEC. No meridional reino de Judá, alguns reis de destaque, notavelmente Jeosafá, Jeoás, Ezequias e Josias, detiveram a onda de apostasia por algum tempo, mas, por fim, Nabucodonosor executou o julgamento de Yehowah por devastar Jerusalém, seu templo, e a terra de Judá em 607 AEC. Assim se cumpriram as profecias de Yehowah e se vindicou a sua palavra!

Visto que Segundo Reis fazia originalmente parte do mesmo rolo que Primeiro Reis, o que já foi mencionado relativo a ser Jeremias o escritor se aplica igualmente aqui, assim como as provas da canonicidade e autenticidade do livro. Foi completado por volta de 580 AEC, e abrange o período que começa com o reinado de Acazias, de Israel, por volta de 920 AEC, e termina no 37.° ano do exílio de Joaquim, em 580 AEC. — 1:1; 25:27.

As descobertas arqueológicas que apóiam o registro de Segundo Reis dão evidência adicional de sua genuinidade. Por exemplo, há a famosa Pedra Moabita, cuja inscrição fornece a versão do rei moabita Mesa sobre a guerra entre Moabe e Israel. (3:4, 5) Há também o obelisco de basalto negro do assírio Salmaneser III, exibido atualmente no Museu Britânico, em Londres, que menciona o Rei Jeú, de Israel, por nome. Há as inscrições do Rei Tiglate-Pileser III (Pul), da Assíria, que cita o nome de diversos reis de Israel e Judá, incluindo Menaém, Acaz, e Peca. — 15:19, 20; 16:5-8.

Uma prova clara da autenticidade do livro se acha na extrema candura com que este descreve a execução dos julgamentos de Deus sobre seu próprio povo. Ao passo que primeiro o reino de Israel e daí o reino de Judá se desmoronam em ruínas, salienta-se-nos a poderosa força do julgamento profético de Deus em Deuteronômio 28:15-29:28. Na destruição desses reinos, “acendeu-se . . . a ira de Yehowah contra essa terra, trazendo sobre ela a inteira invocação do mal escrita neste livro”. (Deut. 29:27; 2 Reis 17:18; 25:1, 9-11) Outros eventos registrados em Segundo Reis são elucidados em outras partes das Escrituras. Em Lucas 4:24-27, depois de Jesus se referir a Elias e à viúva de Sarefá, passa a falar de Eliseu e Naamã, mostrando por que ele próprio não foi aceito como profeta em seu próprio território. Assim, demonstra-se que tanto Primeiro como Segundo Reis são parte integrante das Escrituras Sagradas.