Comentário da Carta de Tiago 3:1
3.1 Não muitos de vós deviam tornar-se instrutores, meus irmãos...
Esta parte da carta de Tiago devia induzir a sérias reflexões os que querem servir quais instrutores na congregação cristã, visto que salienta a pesada responsabilidade que têm e a sua prestação de contas a Deus.
Será que o conselho de Tiago destinava-se aqui a desanimar os que sinceramente desejavam servir como instrutores de outros? Obviamente que não. Hebreus 5:12-14 mostra que, no decorrer do tempo, todos os cristãos devem participar em ensinar a outros as verdades vitais da Palavra de Deus. (Veja Tito 2:3; Atos 18:24-26.) Mas, em adição a tal ensino de modo geral, os que ‘procuravam alcançar’ a “obra excelente” de servir quais superintendentes e pastores nas congregações deviam satisfazer o requisito de estarem ‘qualificados para ensinar’. (1 Tim. 3:1, 2; veja 1 Timóteo 5:17; Tito 1:5, 9.) Em tal nível congregacional, apenas os irmãos, os homens, podiam servir quais instrutores. O apóstolo Paulo diz: “Não permito que a mulher ensine [referindo-se aqui ao ensino na congregação] ou exerça autoridade sobre o homem, mas que esteja em silêncio.” (1 Tim. 2:12)
Além disso, as Escrituras mostram que havia entre os cristãos uma variedade de capacidades e serviços, e alguns tinham aptidão especial no campo do ensino, servindo destacadamente neste campo. (Veja Romanos 12:3-8; 1 Coríntios 12:4-11, 29.) Claramente, era assim mesmo entre anciãos congregacionais. No Israel carnal, entre os anciãos judaicos, havia alguns estimados como instrutores da lei de Deus, dos quais havia alguns em todas as aldeias. (Luc. 2:46; 5:17; João 3:9, 10; Atos 5:34; 22:3) No Israel espiritual, depois de Pentecostes, os 12 apóstolos serviram inicialmente como corpo docente a favor da recém-formada congregação cristã. (Atos 2:42; 6:2-4) O apóstolo Paulo diz mais tarde que, assim como alguns daqueles que Cristo deu como “dádivas em homens” serviam quais apóstolos, e outros como profetas e evangelizadores, alguns serviam também como “pastores e instrutores”, todos contribuindo para um objetivo comum. (Efé. 4:8, 11-16) Lemos em Atos 13:1 que “havia em Antioquia profetas e instrutores na congregação local”. Visto que todos os anciãos ensinavam, parece óbvio que estes “instrutores” tinham capacidade e atividade notável neste campo. (Veja Atos 15:35; 1 Timóteo 4:13-16.) Paulo menciona a si mesmo como servindo em três qualidades, como “pregador, e apóstolo, e instrutor”. (2 Tim. 1:11; 1 Tim. 2:7)
Em vista destes fatos, onde é que estava o problema? Conforme se mostra mais adiante, Tiago enfatiza o ponto de que os que se tornam instrutores terão um julgamento mais pesado, pelo motivo de estarem sujeitos à possibilidade de fazerem alguém tropeçar em palavras. O perigo, portanto, estava em alguns procurarem agir na qualidade de instrutores que, embora talvez sinceros, não estavam genuinamente qualificados para serem tais. Isso causaria prejuízo espiritual à congregação. Pior ainda, alguns poderiam ser motivados pelo orgulho e pela ambição, projetando a si mesmos, e procurando exercer influência e obter destaque como instrutores. Tal autoconfiança, de fato, levou alguns a essa armadilha, conforme se pode ver em textos tais como Romanos 2:17-21; 1 Timóteo 6:2-4.
Não pode haver dúvida sobre o atrativo que isso pode ter exercido sobre alguns entre as “doze tribos que estão espalhadas”, os israelitas espirituais, aos quais Tiago escreveu. (Tia. 1:1) Similar ao poder exercido por um governante, o instrutor tido em alta estima entre os judeus exercia uma forte influência. O título “Rabi” era aplicado a tais, e João disse que significava “Instrutor”. (João 1:38; compare isso com João 3:2.) A Bíblia mostra o destaque, o enaltecimento e o favor que os rabinos judaicos amiúde buscavam e obtinham por ocuparem tal posição. (Mat. 23:6, 7) Portanto, assim como Jesus aconselhou aos seus discípulos sobre a necessidade de evitar o desejo ambicioso de ter destaque igual ao dos governantes terrestres, ele também advertiu: “Mas vós, não sejais chamados Rabi, pois um só é o vosso instrutor, ao passo que todos vós sois irmãos.” (Mat. 23:8-12; veja Lucas 22:25, 26.)
Esta parte da carta de Tiago devia induzir a sérias reflexões os que querem servir quais instrutores na congregação cristã, visto que salienta a pesada responsabilidade que têm e a sua prestação de contas a Deus.
Será que o conselho de Tiago destinava-se aqui a desanimar os que sinceramente desejavam servir como instrutores de outros? Obviamente que não. Hebreus 5:12-14 mostra que, no decorrer do tempo, todos os cristãos devem participar em ensinar a outros as verdades vitais da Palavra de Deus. (Veja Tito 2:3; Atos 18:24-26.) Mas, em adição a tal ensino de modo geral, os que ‘procuravam alcançar’ a “obra excelente” de servir quais superintendentes e pastores nas congregações deviam satisfazer o requisito de estarem ‘qualificados para ensinar’. (1 Tim. 3:1, 2; veja 1 Timóteo 5:17; Tito 1:5, 9.) Em tal nível congregacional, apenas os irmãos, os homens, podiam servir quais instrutores. O apóstolo Paulo diz: “Não permito que a mulher ensine [referindo-se aqui ao ensino na congregação] ou exerça autoridade sobre o homem, mas que esteja em silêncio.” (1 Tim. 2:12)
Além disso, as Escrituras mostram que havia entre os cristãos uma variedade de capacidades e serviços, e alguns tinham aptidão especial no campo do ensino, servindo destacadamente neste campo. (Veja Romanos 12:3-8; 1 Coríntios 12:4-11, 29.) Claramente, era assim mesmo entre anciãos congregacionais. No Israel carnal, entre os anciãos judaicos, havia alguns estimados como instrutores da lei de Deus, dos quais havia alguns em todas as aldeias. (Luc. 2:46; 5:17; João 3:9, 10; Atos 5:34; 22:3) No Israel espiritual, depois de Pentecostes, os 12 apóstolos serviram inicialmente como corpo docente a favor da recém-formada congregação cristã. (Atos 2:42; 6:2-4) O apóstolo Paulo diz mais tarde que, assim como alguns daqueles que Cristo deu como “dádivas em homens” serviam quais apóstolos, e outros como profetas e evangelizadores, alguns serviam também como “pastores e instrutores”, todos contribuindo para um objetivo comum. (Efé. 4:8, 11-16) Lemos em Atos 13:1 que “havia em Antioquia profetas e instrutores na congregação local”. Visto que todos os anciãos ensinavam, parece óbvio que estes “instrutores” tinham capacidade e atividade notável neste campo. (Veja Atos 15:35; 1 Timóteo 4:13-16.) Paulo menciona a si mesmo como servindo em três qualidades, como “pregador, e apóstolo, e instrutor”. (2 Tim. 1:11; 1 Tim. 2:7)
Em vista destes fatos, onde é que estava o problema? Conforme se mostra mais adiante, Tiago enfatiza o ponto de que os que se tornam instrutores terão um julgamento mais pesado, pelo motivo de estarem sujeitos à possibilidade de fazerem alguém tropeçar em palavras. O perigo, portanto, estava em alguns procurarem agir na qualidade de instrutores que, embora talvez sinceros, não estavam genuinamente qualificados para serem tais. Isso causaria prejuízo espiritual à congregação. Pior ainda, alguns poderiam ser motivados pelo orgulho e pela ambição, projetando a si mesmos, e procurando exercer influência e obter destaque como instrutores. Tal autoconfiança, de fato, levou alguns a essa armadilha, conforme se pode ver em textos tais como Romanos 2:17-21; 1 Timóteo 6:2-4.
Não pode haver dúvida sobre o atrativo que isso pode ter exercido sobre alguns entre as “doze tribos que estão espalhadas”, os israelitas espirituais, aos quais Tiago escreveu. (Tia. 1:1) Similar ao poder exercido por um governante, o instrutor tido em alta estima entre os judeus exercia uma forte influência. O título “Rabi” era aplicado a tais, e João disse que significava “Instrutor”. (João 1:38; compare isso com João 3:2.) A Bíblia mostra o destaque, o enaltecimento e o favor que os rabinos judaicos amiúde buscavam e obtinham por ocuparem tal posição. (Mat. 23:6, 7) Portanto, assim como Jesus aconselhou aos seus discípulos sobre a necessidade de evitar o desejo ambicioso de ter destaque igual ao dos governantes terrestres, ele também advertiu: “Mas vós, não sejais chamados Rabi, pois um só é o vosso instrutor, ao passo que todos vós sois irmãos.” (Mat. 23:8-12; veja Lucas 22:25, 26.)
A necessidade do conselho de Tiago é confirmada pelas palavras de Paulo a Timóteo, em 1 Timóteo 1:3-7, instruindo-o a mandar “a certos que não ensinem doutrina diferente, nem prestem atenção a histórias falsas e a genealogias, que acabam em nada, mas que fornecem mais questões para pesquisa”. Por isso, Paulo prosseguiu: “Realmente, o objetivo desta ordem é o amor proveniente dum coração puro, e duma boa consciência, e duma fé sem hipocrisia. Certos, por se desviarem destas coisas, apartaram-se para conversa vã, querendo ser instrutores de lei, mas não percebendo nem as coisas que dizem, nem as coisas a respeito das quais fazem fortes asserções.” Tais “instrutores de lei” eram muito dogmáticos, e, sem dúvida, amiúde impressionavam seus ouvintes com sua autoconfiança e persistência. Mas, quando examinados cuidadosamente à luz de toda a Palavra de Deus, em harmonia com Atos 17:11, via-se que eram instrutores fictícios ou falsos. (Veja Atos 15:1; 2 Coríntios 11:5, 12, 13; 2 Timóteo 4:1-4.)
Portanto, em vista do peso da responsabilidade, quem desejasse servir como instrutor congregacional devia examinar cuidadosamente sua motivação e avaliar humildemente suas qualificações. (Rom. 12:3, 16) Devia dar-se conta de que os requisitos vitais não são apenas o conhecimento e a capacidade, mas também a verdadeira espiritualidade e o amor a Deus, à sua Palavra e aos irmãos. (1 Cor. 13:1, 2, 4; 14:6, 26) Nisto, como em todos os assuntos, em vez de se recomendar a si mesmo, devia deixar que os outros o recomendassem. (2 Cor. 10:12, 18; veja Provérbios 25:27; 27:2.)
Sabendo que havemos de receber um julgamento mais pesado...
Visto que o instrutor está perante os outros como ensinando-os e guiando-os, espera-se dele mais. Sua vida deve ser exemplar. (Veja Romanos 2:21-24.) Passa a ser examinado mais de perto do que os outros membros da congregação. Isto está em harmonia com o princípio bíblico: “Todo aquele a quem muito foi dado, muito se reclamará dele; e a quem encarregaram de muito, deste reclamarão mais do que o usual.” (Luc. 12:48) Os membros da congregação esperam mais dum instrutor do que dos outros, o que é lógico. Também, por causa de sua grave responsabilidade para com os concrentes, o instrutor tem uma prestação de contas mais séria. Sua influência é muito maior a favor do bem ou do mal. Deus julga-o concordemente. Ao dizer “nós”, Tiago inclui a si mesmo como estando sob a mesma responsabilidade perante o Juiz imparcial.
Se alguém errar no seu ensino e isto resultar em problemas para os membros da congregação, será julgado por Deus, por meio do Senhor Jesus Cristo. Jesus disse: “Eu vos digo que de toda declaração sem proveito que os homens fizerem prestarão contas no Dia do Juízo; pois é pelas tuas palavras que serás declarado justo e é pelas tuas palavras que serás condenado.” (Mat. 12:36, 37) O que alguém ensina terá forte influência sobre a recompensa que receberá. (Mat. 16:27; 2 Cor. 5:10) Portanto, há necessidade de cuidado, estudo, humildade, modéstia e um profundo senso da responsabilidade do instrutor cristão de se apegar fielmente à Palavra de Deus.