Comentário da Carta de Tiago 5:1
Aviso aos Ricos
5.1 Vinde agora, vós ricos...
Tiago chama atenção especial para certa classe de homens — os ricos que usam suas riquezas de modo errado. Nem todos os ricos caem nesta categoria. Em Tiago 1:10, ele se refere ao irmão cristão que é humilde, (Veja 1 Timóteo 6:17-19.) Apesar de isso ser difícil, o rico pode ser salvo. Além de o acharem difícil para si mesmos, os da classe rica, em geral, eram em grande medida a causa das dificuldades para os cristãos.
Por que foram essas palavras, dirigidas a tais ricos injustos, incluídas numa carta às congregações cristãs? É provável que tenha havido alguns assim nas congregações. Mas, pode ter havido muitos que mostravam inclinação para o materialismo ou para a admiração da classe abastada, até mesmo desejando tornar-se iguais a estes. Isto talvez seja indicado pelas palavras que antecedem esta seção (Tia. 4:13-16), bem como pela parcialidade com que alguns tratavam o rico que entrava nas suas reuniões. (Tia. 2:1-4)
Dirigir-se Tiago ao rico que usava mal suas riquezas é de certo modo paralelo ao que Jesus Cristo fez quando falou aos seus discípulos, em certa ocasião. Depois de descrever diversas felicidades que estes discípulos deviam ter por alvo, Jesus disse: “Ai de vós, ricos, porque já tendes plenamente a vossa consolação ” (Luc. 6:20-25) Embora os ricos, como classe, obviamente não iriam ler esta carta, Tiago, por empregar o estilo literário de se dirigir diretamente a eles, ajudava os cristãos a ter o conceito correto.
Os cristãos talvez começassem a encarar com inveja a prosperidade dos ricos, perdendo o apreço e a visão de sua própria relação maravilhosa com Deus, ficando descontentes. (Veja 1 Timóteo 6:9, 10.) Havia o perigo de ficarem impacientes, porque seu alívio da opressão da classe abastada não viera tão cedo como desejavam, por meio da execução do julgamento de Deus. Talvez até mesmo ficassem amargurados, vingativos, e desenvolvessem um espírito mau para com seu próximo e Deus.
Portanto, Tiago escreve para corrigir o conceito de seus irmãos e para consolá-los. O Salmo 73 foi escrito por Asafe pelo mesmo motivo. Ele diz: “Quanto a mim, meus pés quase se tinham apartado, meus passos quase se fizeram escorregar. Porque fiquei invejoso dos jactanciosos, . . . sua barriga está gorda.” (Vv. 2-4) Ele descreve a prosperidade material desses iníquos, sua aparente segurança e sossego, e o bom êxito de seus planos. (Vv. 5-14) Daí, corrige seu próprio modo de pensar e confessa quão desarrazoado tinha sido, explicando que havia desconsiderado o ponto de vista de Deus e o julgamento dos iníquos por Deus, bem como a bênção derradeira para os que realmente adoram a Deus. (Vv. 15-28)
Chorai, uivando por causa das misérias que vos hão de sobrevir...
Este choro não se deve à tristeza que acompanha o arrependimento, mas é o choro de angústia quando em punição ou na expectativa dela. É a espécie de tristeza descrita como “a tristeza do mundo [que] produz a morte”. (2 Cor. 7:10) Os ricos que iniquamente oprimiram os cristãos e outros, naquele tempo e agora, uivarão quando Deus lhes retribuir segundo os atos que cometeram. Se não acontecer antes, certamente virá no dia de julgamento. Essas riquezas amiúde foram obtidas por fraude e opressão, ou, quando obtidas honestamente, tendem a criar nos seus donos um espírito ganancioso, sendo muitas vezes usadas de modo errado. Os donos das riquezas freqüentemente se iludem ao pensar que suas riquezas constituem segurança. (Mat. 13:22; Sal. 144:11-15a) Esta condenação é apresentada por Tiago para impedir que os cristãos criem um falso senso de valores e também para consolá-los na sua comparativa pobreza, fortalecendo-os para perseverarem.
5.1 Vinde agora, vós ricos...
Tiago chama atenção especial para certa classe de homens — os ricos que usam suas riquezas de modo errado. Nem todos os ricos caem nesta categoria. Em Tiago 1:10, ele se refere ao irmão cristão que é humilde, (Veja 1 Timóteo 6:17-19.) Apesar de isso ser difícil, o rico pode ser salvo. Além de o acharem difícil para si mesmos, os da classe rica, em geral, eram em grande medida a causa das dificuldades para os cristãos.
Por que foram essas palavras, dirigidas a tais ricos injustos, incluídas numa carta às congregações cristãs? É provável que tenha havido alguns assim nas congregações. Mas, pode ter havido muitos que mostravam inclinação para o materialismo ou para a admiração da classe abastada, até mesmo desejando tornar-se iguais a estes. Isto talvez seja indicado pelas palavras que antecedem esta seção (Tia. 4:13-16), bem como pela parcialidade com que alguns tratavam o rico que entrava nas suas reuniões. (Tia. 2:1-4)
Dirigir-se Tiago ao rico que usava mal suas riquezas é de certo modo paralelo ao que Jesus Cristo fez quando falou aos seus discípulos, em certa ocasião. Depois de descrever diversas felicidades que estes discípulos deviam ter por alvo, Jesus disse: “Ai de vós, ricos, porque já tendes plenamente a vossa consolação ” (Luc. 6:20-25) Embora os ricos, como classe, obviamente não iriam ler esta carta, Tiago, por empregar o estilo literário de se dirigir diretamente a eles, ajudava os cristãos a ter o conceito correto.
Os cristãos talvez começassem a encarar com inveja a prosperidade dos ricos, perdendo o apreço e a visão de sua própria relação maravilhosa com Deus, ficando descontentes. (Veja 1 Timóteo 6:9, 10.) Havia o perigo de ficarem impacientes, porque seu alívio da opressão da classe abastada não viera tão cedo como desejavam, por meio da execução do julgamento de Deus. Talvez até mesmo ficassem amargurados, vingativos, e desenvolvessem um espírito mau para com seu próximo e Deus.
Portanto, Tiago escreve para corrigir o conceito de seus irmãos e para consolá-los. O Salmo 73 foi escrito por Asafe pelo mesmo motivo. Ele diz: “Quanto a mim, meus pés quase se tinham apartado, meus passos quase se fizeram escorregar. Porque fiquei invejoso dos jactanciosos, . . . sua barriga está gorda.” (Vv. 2-4) Ele descreve a prosperidade material desses iníquos, sua aparente segurança e sossego, e o bom êxito de seus planos. (Vv. 5-14) Daí, corrige seu próprio modo de pensar e confessa quão desarrazoado tinha sido, explicando que havia desconsiderado o ponto de vista de Deus e o julgamento dos iníquos por Deus, bem como a bênção derradeira para os que realmente adoram a Deus. (Vv. 15-28)
Chorai, uivando por causa das misérias que vos hão de sobrevir...
Este choro não se deve à tristeza que acompanha o arrependimento, mas é o choro de angústia quando em punição ou na expectativa dela. É a espécie de tristeza descrita como “a tristeza do mundo [que] produz a morte”. (2 Cor. 7:10) Os ricos que iniquamente oprimiram os cristãos e outros, naquele tempo e agora, uivarão quando Deus lhes retribuir segundo os atos que cometeram. Se não acontecer antes, certamente virá no dia de julgamento. Essas riquezas amiúde foram obtidas por fraude e opressão, ou, quando obtidas honestamente, tendem a criar nos seus donos um espírito ganancioso, sendo muitas vezes usadas de modo errado. Os donos das riquezas freqüentemente se iludem ao pensar que suas riquezas constituem segurança. (Mat. 13:22; Sal. 144:11-15a) Esta condenação é apresentada por Tiago para impedir que os cristãos criem um falso senso de valores e também para consolá-los na sua comparativa pobreza, fortalecendo-os para perseverarem.