Comentário da Carta de Tiago 5:16
Ajuda Amorosa Para Vencer o Pecado
5.16 Portanto, confessai abertamente os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros...
Quanto incentivo é para ‘confessar abertamente os pecados uns aos outros’ quando o transgressor sinceramente arrependido sabe que aqueles a quem confessa estão primariamente interessados em ajudá-lo a ‘sarar’ de sua doença espiritual! Mas, se o arrependido achasse que os anciãos lidariam automaticamente com ele como alguém que merece ser reprimendado perante a congregação inteira como ‘praticante do pecado’, o efeito seria bastante diferente. Tal sentimento criaria uma barreira entre os pastores congregacionais e os que estão seriamente necessitados de ajuda para vencer a tendência para continuar na transgressão. Por outro lado, quando se confia em que os anciãos tomarão em consideração a sinceridade da pessoa em querer desviar-se do proceder ou atitude errada, querendo nunca mais voltar a ela, isto certamente serviria de encorajamento para pedir a ajuda dos anciãos e para aceitar a ajuda deles, assim como faria a ovelha doente diante de seu consciencioso pastor. — Contraste o Salmo 23:1-5 com Ezequiel 34:4.
O tempo dos verbos gregos usados aqui tem o sentido de continuação como que dizendo: ‘Tomai por costume confessar abertamente os vossos pecados uns aos outros.’ Assim, O Novo Testamento em Inglês Moderno, de Phillips, reza: “Deveis tomar por hábito admitir os vossos pecados uns aos outros.”
Tiago havia anteriormente tratado de assuntos que exemplificam o interesse e a cordial preocupação, no estilo familiar, que devem existir na congregação, como fraternidade. Com tal ambiente espiritual, realmente deve haver confiança entre os seus membros, contribuindo para a franqueza de expressão, e tal confiança seria especialmente notável quando se tratasse de admitir faltas e atos errados. Mostra-se aos cristãos, nas Escrituras, que podem e devem ter franqueza no falar quando se dirigem a Deus com suas petições e seus problemas, porque têm um Pai amoroso, e têm um Ajudador compassivo e compreensivo junto ao Pai, o Filho de Deus. (Heb. 2:17, 18; 4:14-16; 1 João 2:1, 2; 3:19-21; 4:17-19) Aquilo que se aplica às cortes celestiais devia refletir-se no domínio terrestre dos servos de Deus.
Esta confissão não é igual ao arranjo do “confessionário”, em que a pessoa é considerada como tendo a obrigação de comparecer e de confessar todos os pecados, para obter a absolvição da culpa aos olhos de Deus. Embora Tiago tivesse feito anteriormente menção específica dos anciãos congregacionais com respeito aos doentes necessitados de ajuda, ele manda aqui ‘confessarem os seus pecados uns aos outros’, não limitando o assunto a certos dentro da congregação. Embora seja assim, é razoável que aquele que confessa seus pecados procure alguém que lhe pode ser de verdadeira ajuda em sentido espiritual. Junto com o desejo de se aliviar, sem dúvida, quer o conselho e a oração do outro. Gálatas 6:1, 2, fala do reajuste daquele que dá um passo em falso e mostra que os habilitados para fazer o ajuste são os ‘que têm qualificações espirituais’. Os anciãos devem ter tais qualificações, e é também possível que outros na congregação as tenham. Por exemplo, uma mulher poderá procurar a ajuda duma irmã cristã, possivelmente mais idosa do que ela, conforme é indicado pelo conselho de Paulo em Tito 2:3-5. De modo que a fonte de ajuda não se limita a poucos; o importante é que a pessoa tenha “qualificações espirituais”. Tiago mostra que o objetivo e o resultado de se procurar assim humildemente a ajuda deve ser o interesse de irmão (ou irmã) na oração a Yahweh a favor da pessoa que confessa a falta.
A expressão “uns aos outros” é bem apropriada, porque todos precisam reconhecer honestamente sua própria natureza pecaminosa, eliminando assim qualquer motivo para orgulho ou sentimento de superioridade ao cuidar das necessidades do errante. (Veja Lucas 18:9-14;1 João 1:8-10.) Em vez de superioridade, evidentemente, deve haver um senso de compaixão mútua, visto que todos têm as suas próprias faltas e fraquezas. Aquele que agora dá ajuda deve dar-se conta de que algum dia ele mesmo poderá precisar dela. Junto com a exortação à humildade, tal confissão aberta de faltas pode também servir como freio ao pecado. Afasta do proceder furtivo na vida, que priva a pessoa do efeito equilibrante que o conselho dos outros pode prover.
Para que sejais sarados...
Quem tem estado espiritualmente doente ou desanimado por causa de algum pecado pode pedir a ajuda curativa da oração de outro irmão. Pode ser que tenha permitido que o pecado se tornasse uma barreira para a sua franqueza no falar ao se dirigir a Deus em oração. (Veja Lamentações 3:44.) Ao lado de sua má condição espiritual, poderá também estar fisicamente doente. De fato, a doença talvez se deva em parte à sua falha espiritual. A oração do irmão em prol dele poderá ajudá-lo não só em sentido espiritual, mas também de maneira física.
A súplica do justo, quando em operação, tem muita força...
Tiago está dando ênfase à oração, especialmente à oração intercessória pelos outros. Exorta a congregação a dar ainda mais atenção às orações em proveito mútuo. O apóstolo Paulo advoga as orações de súplica a favor de outros. Diz: “Exorto, portanto, em primeiro lugar, a que se façam súplicas, orações, intercessões e se dêem agradecimentos com respeito a toda sorte de homens.” (1 Tim. 2:1) Paulo instou com as congregações para que orassem a favor dele e de seus colaboradores. (2 Tes. 3:1; Col. 4:2-4) Tiago fala sobre um “justo”, que pode ser qualquer pessoa na congregação, que tiver exercido fé em Deus e no Senhor Jesus Cristo, e que, portanto, é considerada justa perante Deus.
Há o poder na oração. Ela consegue muita coisa com Deus. Quem é justo à vista de Deus é aceito por Ele, e suas orações são ouvidas. O apóstolo Pedro disse: “Os olhos de Yahweh estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos às súplicas deles.” (1 Ped. 3:12) O apóstolo João descreve a eficácia da oração, dizendo: “Esta é a confiança que temos nele, que, não importa o que peçamos segundo a sua vontade, ele nos ouve. Ainda mais, se soubermos que ele nos ouve com respeito àquilo que pedimos, sabemos que havemos de ter as coisas pedidas, visto que as pedimos a ele.” (1 João 5:14, 15) E que a oração a favor dum irmão pode significar vida para ele é mostrado por João: “Se alguém avistar seu irmão cometendo um pecado que não incorre em morte, pedirá, e ele lhe dará vida.” (1 João 5:16) Assim, qualquer pessoa na congregação (conforme diz João: “alguém”) deve mostrar esta preocupação amorosa pelo errante, dirigindo-se a Deus em oração a favor dele.
Tiago passa então a citar um poderoso exemplo da força da oração do justo, salientando que qualquer membro da congregação, em boa situação perante Deus, pode confiar na eficácia de suas orações. Também aquele que precisa da oração intercessória pode ter igual confiança. Ele escreve:
5.16 Portanto, confessai abertamente os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros...
Quanto incentivo é para ‘confessar abertamente os pecados uns aos outros’ quando o transgressor sinceramente arrependido sabe que aqueles a quem confessa estão primariamente interessados em ajudá-lo a ‘sarar’ de sua doença espiritual! Mas, se o arrependido achasse que os anciãos lidariam automaticamente com ele como alguém que merece ser reprimendado perante a congregação inteira como ‘praticante do pecado’, o efeito seria bastante diferente. Tal sentimento criaria uma barreira entre os pastores congregacionais e os que estão seriamente necessitados de ajuda para vencer a tendência para continuar na transgressão. Por outro lado, quando se confia em que os anciãos tomarão em consideração a sinceridade da pessoa em querer desviar-se do proceder ou atitude errada, querendo nunca mais voltar a ela, isto certamente serviria de encorajamento para pedir a ajuda dos anciãos e para aceitar a ajuda deles, assim como faria a ovelha doente diante de seu consciencioso pastor. — Contraste o Salmo 23:1-5 com Ezequiel 34:4.
O tempo dos verbos gregos usados aqui tem o sentido de continuação como que dizendo: ‘Tomai por costume confessar abertamente os vossos pecados uns aos outros.’ Assim, O Novo Testamento em Inglês Moderno, de Phillips, reza: “Deveis tomar por hábito admitir os vossos pecados uns aos outros.”
Tiago havia anteriormente tratado de assuntos que exemplificam o interesse e a cordial preocupação, no estilo familiar, que devem existir na congregação, como fraternidade. Com tal ambiente espiritual, realmente deve haver confiança entre os seus membros, contribuindo para a franqueza de expressão, e tal confiança seria especialmente notável quando se tratasse de admitir faltas e atos errados. Mostra-se aos cristãos, nas Escrituras, que podem e devem ter franqueza no falar quando se dirigem a Deus com suas petições e seus problemas, porque têm um Pai amoroso, e têm um Ajudador compassivo e compreensivo junto ao Pai, o Filho de Deus. (Heb. 2:17, 18; 4:14-16; 1 João 2:1, 2; 3:19-21; 4:17-19) Aquilo que se aplica às cortes celestiais devia refletir-se no domínio terrestre dos servos de Deus.
Esta confissão não é igual ao arranjo do “confessionário”, em que a pessoa é considerada como tendo a obrigação de comparecer e de confessar todos os pecados, para obter a absolvição da culpa aos olhos de Deus. Embora Tiago tivesse feito anteriormente menção específica dos anciãos congregacionais com respeito aos doentes necessitados de ajuda, ele manda aqui ‘confessarem os seus pecados uns aos outros’, não limitando o assunto a certos dentro da congregação. Embora seja assim, é razoável que aquele que confessa seus pecados procure alguém que lhe pode ser de verdadeira ajuda em sentido espiritual. Junto com o desejo de se aliviar, sem dúvida, quer o conselho e a oração do outro. Gálatas 6:1, 2, fala do reajuste daquele que dá um passo em falso e mostra que os habilitados para fazer o ajuste são os ‘que têm qualificações espirituais’. Os anciãos devem ter tais qualificações, e é também possível que outros na congregação as tenham. Por exemplo, uma mulher poderá procurar a ajuda duma irmã cristã, possivelmente mais idosa do que ela, conforme é indicado pelo conselho de Paulo em Tito 2:3-5. De modo que a fonte de ajuda não se limita a poucos; o importante é que a pessoa tenha “qualificações espirituais”. Tiago mostra que o objetivo e o resultado de se procurar assim humildemente a ajuda deve ser o interesse de irmão (ou irmã) na oração a Yahweh a favor da pessoa que confessa a falta.
A expressão “uns aos outros” é bem apropriada, porque todos precisam reconhecer honestamente sua própria natureza pecaminosa, eliminando assim qualquer motivo para orgulho ou sentimento de superioridade ao cuidar das necessidades do errante. (Veja Lucas 18:9-14;1 João 1:8-10.) Em vez de superioridade, evidentemente, deve haver um senso de compaixão mútua, visto que todos têm as suas próprias faltas e fraquezas. Aquele que agora dá ajuda deve dar-se conta de que algum dia ele mesmo poderá precisar dela. Junto com a exortação à humildade, tal confissão aberta de faltas pode também servir como freio ao pecado. Afasta do proceder furtivo na vida, que priva a pessoa do efeito equilibrante que o conselho dos outros pode prover.
Para que sejais sarados...
Quem tem estado espiritualmente doente ou desanimado por causa de algum pecado pode pedir a ajuda curativa da oração de outro irmão. Pode ser que tenha permitido que o pecado se tornasse uma barreira para a sua franqueza no falar ao se dirigir a Deus em oração. (Veja Lamentações 3:44.) Ao lado de sua má condição espiritual, poderá também estar fisicamente doente. De fato, a doença talvez se deva em parte à sua falha espiritual. A oração do irmão em prol dele poderá ajudá-lo não só em sentido espiritual, mas também de maneira física.
A súplica do justo, quando em operação, tem muita força...
Tiago está dando ênfase à oração, especialmente à oração intercessória pelos outros. Exorta a congregação a dar ainda mais atenção às orações em proveito mútuo. O apóstolo Paulo advoga as orações de súplica a favor de outros. Diz: “Exorto, portanto, em primeiro lugar, a que se façam súplicas, orações, intercessões e se dêem agradecimentos com respeito a toda sorte de homens.” (1 Tim. 2:1) Paulo instou com as congregações para que orassem a favor dele e de seus colaboradores. (2 Tes. 3:1; Col. 4:2-4) Tiago fala sobre um “justo”, que pode ser qualquer pessoa na congregação, que tiver exercido fé em Deus e no Senhor Jesus Cristo, e que, portanto, é considerada justa perante Deus.
Há o poder na oração. Ela consegue muita coisa com Deus. Quem é justo à vista de Deus é aceito por Ele, e suas orações são ouvidas. O apóstolo Pedro disse: “Os olhos de Yahweh estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos às súplicas deles.” (1 Ped. 3:12) O apóstolo João descreve a eficácia da oração, dizendo: “Esta é a confiança que temos nele, que, não importa o que peçamos segundo a sua vontade, ele nos ouve. Ainda mais, se soubermos que ele nos ouve com respeito àquilo que pedimos, sabemos que havemos de ter as coisas pedidas, visto que as pedimos a ele.” (1 João 5:14, 15) E que a oração a favor dum irmão pode significar vida para ele é mostrado por João: “Se alguém avistar seu irmão cometendo um pecado que não incorre em morte, pedirá, e ele lhe dará vida.” (1 João 5:16) Assim, qualquer pessoa na congregação (conforme diz João: “alguém”) deve mostrar esta preocupação amorosa pelo errante, dirigindo-se a Deus em oração a favor dele.
Tiago passa então a citar um poderoso exemplo da força da oração do justo, salientando que qualquer membro da congregação, em boa situação perante Deus, pode confiar na eficácia de suas orações. Também aquele que precisa da oração intercessória pode ter igual confiança. Ele escreve: