Comentário da Carta de Tiago 5:17
5.17 Elias era homem com sentimentos iguais aos nossos...
Tiago cita o exemplo de Elias, evidentemente porque Elias era tido em alta estima pelos judeus. Alguns deles acharam que Jesus havia sido o Elias retornado. (Mat. 16:14) Elias era considerado como representante da série de profetas. (Apareceu nesta qualidade na visão da transfiguração. [Mar. 9:4]) Quando Jesus, morrendo na estaca, clamou “Eli, Eli, lama sabactâni?” (“Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?”), os judeus pensavam que estava chamando Elias. (Mar. 15:34, 35) Tiago diz que Elias era homem de sentimentos iguais aos nossos, querendo dizer que, embora fosse profeta e recebesse o poder de operar milagres, tinha os mesmos sentimentos, fraquezas e sensações de todos os homens. Porque nem sempre proferia profecias inspiradas ou operava milagres, e, quando o fazia, não o fazia na sua própria força ou pela sua própria bondade, mas porque o Espírito de Deus operava em relação com ele. (Veja 1 Reis 17:20-22.) Portanto, segue-se que, se este, a quem os judeus tinham em tão alta estima, tinha sentimentos iguais a todos os homens, todos os profetas sentiam o mesmo. Não eram homens acima do natural. (Confronte isso com Atos 14:15, onde o apóstolo Paulo e Barnabé falam no mesmo sentido sobre si mesmos.)
Pedro e João também eram homens com sentimentos iguais aos nossos. Por conseguinte, Pedro disse aos que viram a cura dum cego: “Homens de Israel, por que vos admirais disso, ou por que estais fitando os olhos em nós como se nós o tivéssemos feito andar por intermédio de poder pessoal ou de devoção piedosa?” (Atos 3:12) Não havia poder inerente em Pedro ou João, e sua capacidade de cura não se devia a eles serem homens tão extraordinariamente “bons” ou devotos. Devia-se à sua fé no nome de Jesus Cristo, de que Cristo lhes desse o poder para curar o homem. Por conseguinte, qualquer justo na congregação pode ajudar outro por meio de suas orações.
Contudo, em oração, ele orou para que não chovesse...
As próprias Escrituras Hebraicas não fazem menção específica de Elias orar para que não chovesse, embora ele anunciasse de antemão aquela seca. (1 Reis 17:1) Mas, Elias era homem de oração, que rogou a Deus com respeito à prova de fogo na competição com os profetas de Baal, e recebeu a resposta num milagre de Deus. (1 Reis 18:36-38) Yahweh fez a promessa de que iria chover, em 1 Reis 18:1; isto serviu de incentivo para Elias orar para que a seca terminasse. E que Elias orou mesmo está subentendido em 1 Reis 18:42: “Quanto a Elias, subiu ao cume do Carmelo e começou a agachar-se no chão e a manter a face entre os joelhos.” Certamente, todos os profetas realizaram seus atos em nome de Deus, pela sua fé, relação e comunicação com Deus. O exemplo das orações de Elias, retendo e enviando chuva, é forte, e Tiago foi inspirado e não se enganou em atribuir o milagre ao poder da oração.
E não choveu no país por três anos e seis meses...
Tiago fala aqui sobre três anos e meio sem chuva. O relato em 1 Reis 18:1 menciona a chuva como vindo no “terceiro ano”, referindo-se possivelmente ao terceiro ano da própria seca. A estação seca do verão, em Israel, dura seis meses, de abril a setembro. De modo que parece que, depois disso, houve três anos de seca contínua, perfazendo o total de três anos e meio. A própria chuva havia parado três anos e meio antes, de modo que levou realmente três anos e meio de chuva a chuva. Mas, embora a seca pudesse ser contada como desde que a chuva parou, talvez não fosse bem notável e aflitiva até que os rios começaram a secar e se sentiu verdadeira falta de água, talvez uns seis meses mais tarde. Embora a chuva tivesse parado, o povo podia viver com a safra do ano anterior por um período bastante longo, antes de realmente sentir o estio; e este talvez seja o motivo da expressão “no terceiro ano”, em 1 Reis 18:1, em vez de ‘no quarto ano’. Mas, nisso temos a melhor autoridade de todas, Jesus Cristo, que disse que “o céu ficou fechado por três anos e seis meses, de modo que sobreveio grande fome a toda a terra”. (Luc. 4:25)
Tiago cita o exemplo de Elias, evidentemente porque Elias era tido em alta estima pelos judeus. Alguns deles acharam que Jesus havia sido o Elias retornado. (Mat. 16:14) Elias era considerado como representante da série de profetas. (Apareceu nesta qualidade na visão da transfiguração. [Mar. 9:4]) Quando Jesus, morrendo na estaca, clamou “Eli, Eli, lama sabactâni?” (“Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?”), os judeus pensavam que estava chamando Elias. (Mar. 15:34, 35) Tiago diz que Elias era homem de sentimentos iguais aos nossos, querendo dizer que, embora fosse profeta e recebesse o poder de operar milagres, tinha os mesmos sentimentos, fraquezas e sensações de todos os homens. Porque nem sempre proferia profecias inspiradas ou operava milagres, e, quando o fazia, não o fazia na sua própria força ou pela sua própria bondade, mas porque o Espírito de Deus operava em relação com ele. (Veja 1 Reis 17:20-22.) Portanto, segue-se que, se este, a quem os judeus tinham em tão alta estima, tinha sentimentos iguais a todos os homens, todos os profetas sentiam o mesmo. Não eram homens acima do natural. (Confronte isso com Atos 14:15, onde o apóstolo Paulo e Barnabé falam no mesmo sentido sobre si mesmos.)
Pedro e João também eram homens com sentimentos iguais aos nossos. Por conseguinte, Pedro disse aos que viram a cura dum cego: “Homens de Israel, por que vos admirais disso, ou por que estais fitando os olhos em nós como se nós o tivéssemos feito andar por intermédio de poder pessoal ou de devoção piedosa?” (Atos 3:12) Não havia poder inerente em Pedro ou João, e sua capacidade de cura não se devia a eles serem homens tão extraordinariamente “bons” ou devotos. Devia-se à sua fé no nome de Jesus Cristo, de que Cristo lhes desse o poder para curar o homem. Por conseguinte, qualquer justo na congregação pode ajudar outro por meio de suas orações.
Contudo, em oração, ele orou para que não chovesse...
As próprias Escrituras Hebraicas não fazem menção específica de Elias orar para que não chovesse, embora ele anunciasse de antemão aquela seca. (1 Reis 17:1) Mas, Elias era homem de oração, que rogou a Deus com respeito à prova de fogo na competição com os profetas de Baal, e recebeu a resposta num milagre de Deus. (1 Reis 18:36-38) Yahweh fez a promessa de que iria chover, em 1 Reis 18:1; isto serviu de incentivo para Elias orar para que a seca terminasse. E que Elias orou mesmo está subentendido em 1 Reis 18:42: “Quanto a Elias, subiu ao cume do Carmelo e começou a agachar-se no chão e a manter a face entre os joelhos.” Certamente, todos os profetas realizaram seus atos em nome de Deus, pela sua fé, relação e comunicação com Deus. O exemplo das orações de Elias, retendo e enviando chuva, é forte, e Tiago foi inspirado e não se enganou em atribuir o milagre ao poder da oração.
E não choveu no país por três anos e seis meses...
Tiago fala aqui sobre três anos e meio sem chuva. O relato em 1 Reis 18:1 menciona a chuva como vindo no “terceiro ano”, referindo-se possivelmente ao terceiro ano da própria seca. A estação seca do verão, em Israel, dura seis meses, de abril a setembro. De modo que parece que, depois disso, houve três anos de seca contínua, perfazendo o total de três anos e meio. A própria chuva havia parado três anos e meio antes, de modo que levou realmente três anos e meio de chuva a chuva. Mas, embora a seca pudesse ser contada como desde que a chuva parou, talvez não fosse bem notável e aflitiva até que os rios começaram a secar e se sentiu verdadeira falta de água, talvez uns seis meses mais tarde. Embora a chuva tivesse parado, o povo podia viver com a safra do ano anterior por um período bastante longo, antes de realmente sentir o estio; e este talvez seja o motivo da expressão “no terceiro ano”, em 1 Reis 18:1, em vez de ‘no quarto ano’. Mas, nisso temos a melhor autoridade de todas, Jesus Cristo, que disse que “o céu ficou fechado por três anos e seis meses, de modo que sobreveio grande fome a toda a terra”. (Luc. 4:25)