Comentário da Carta de Tiago 5:18-20
5.18 E ele orou novamente, e o céu deu chuva e a terra produziu os seus frutos...
Por meio deste exemplo notável, Tiago consegue ilustrar o grande poder da oração dum justo, se for feita a sua vontade.
5.19 Meus irmãos, se alguém entre vós se desencaminhar da verdade...
A “verdade” incluiria tanto a doutrina ou os ensinos, como a conduta moral. Aquilo que cremos no coração sobre Deus e Cristo é o que nos torna o que somos como cristãos. O verdadeiro ensino sobre Deus e Cristo precede à conduta moral, e é sobre ele que se baseia toda a correta ação moral. Jesus disse: “Isto significa vida eterna, que absorvam conhecimento de [ou: “conheçam a”] ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que enviaste, Jesus Cristo.” (João 17:3) Tiago considera a palavra de Deus como sendo a verdade, e, assim, a Palavra escrita contém agora toda a verdade necessária aos cristãos. Ele diz que os cristãos ungidos são produzidos “pela palavra da verdade, para que [sejam] certas primícias de suas criaturas.” (Tia. 1:18)
O cristão talvez se afaste da vereda da verdade. Embora tenha “passado da morte para a vida”, pode estar novamente retornando à escuridão e à morte. (1 João 3:14) Cada cristão, e não apenas os anciãos, tem o dever de ajudá-lo a restabelecer-se. Somos informados: “Irmãos, mesmo que um homem dê um passo em falso antes de se aperceber disso, vós os que tendes qualificações espirituais, tentai reajustar tal homem num espírito de brandura, ao passo que cada um olha para si mesmo, para que tu não sejas também tentado.” (Gál 6:1) Em dar conselho para se ajudar alguém desencaminhado, Tiago segue seu tema final sobre a importância e o poder da oração. Requer diligente aplicação da Palavra de Deus e fervorosa oração para conseguir o restabelecimento de alguém que errou. Caso não se dê ajuda, a pessoa poderá ir a ponto de estar além de arrependimento. Não desejará então arrepender-se e voltar à verdadeira adoração de Deus, e tal desejo não poderia mais ser despertado. (Heb. 6:4-8; 10:26-29)
E outro o fizer voltar...
O cristão que se desencaminhou da verdade, quer por seu próprio pensamento doutrinal errôneo, quer por induzimento de outro, quer por aberração moral, está numa situação perigosa. A expressão ‘fazer voltar’ mostra que não se fala aqui dum pecador que ainda está no mundo e que nunca aceitou a verdade; refere-se a um cristão que se desviou da verdade que antes cria e seguia.
Jesus demonstrou o cuidado para com seus discípulos que nós devemos ter mutuamente. Ele disse a Pedro, ao falar-lhe sobre Satanás ter o desejo de que os apóstolos fossem peneirados como trigo, e antes de dizer que Pedro o negaria: “Tenho feito súplica por ti, para que a tua fé não fraquejasse; e tu, uma vez que tiveres voltado, fortalece os teus irmãos.” (Luc. 22:32) Nesta passagem, usa-se a mesma palavra grega com respeito ao restabelecimento dum errante. É deveras um ato amoroso.
5.20 sabei que aquele que fizer um pecador voltar do erro do seu caminho salvará a sua alma da morte...
A palavra “sabei” enfatiza a importância e seriedade deste trabalho de recuperar o pecador. É algo de que nos devemos aperceber cabalmente. A alma salva da morte é o próprio pecador, não aquele que dá a ajuda. É verdade que nos beneficiamos com a boa obra que fazemos, mas nenhuma obra pode salvar nossa alma da morte. Isto só pode ser feito pelo sacrifício expiatório de Jesus Cristo. Não há substituto para isso. (Atos 4:12) O salvo estava seguindo o caminho para a morte; estava em grande perigo de sofrer a morte, a morte espiritual, que significaria a morte eterna para ele. O cristão, por fazê-lo voltar, dando-lhe amor e conselho, fazendo oração e dando outra ajuda, mantém deste modo o errante sob o sacrifício expiatório de Cristo, e este é assim salvo da condenação e da morte.
E cobrirá uma multidão de pecados...
Os pecados abrangidos são os do errante. Yahweh exortou a nação de Israel a voltar a ele, por que, “embora os vossos pecados se mostrem como escarlate, serão tornados brancos como a neve; embora sejam vermelhos como pano carmesim, tornar-se-ão como a lã”. (Isa. 1:18) Aquele que promove a recuperação não obtém com este ato o perdão pelos seus próprios pecados. Pode obter o perdão dos seus pecados apenas por confessá-los a Deus e orar pedindo o perdão à base do sacrifício de Cristo. O apóstolo Pedro escreveu: “O amor cobre uma multidão de pecados [daquele a quem se dá a ajuda amorosa].” (1 Ped. 4:8)
Se achássemos que, por ajudarmos assim um irmão, receberíamos a cobertura de nossos próprios pecados, poderíamos estar inclinados a pensar que podemos produzir a nossa própria justiça, o que seria um sério erro. (Veja Romanos 10:2, 3.) Faria com que enxergássemos com menos clareza a grande obra expiatória de Jesus Cristo, e, em vez de termos fé nele, acharíamos que nosso próprio mérito resultou em nossa salvação.
Quem ama seu irmão cobrirá os pecados dele por não os divulgar a outros. (Pro. 10:12) Mas, Tiago não se refere aqui a esta espécie de cobertura. Refere-se a que, quando o desencaminhado da verdade é repreendido pelo seu irmão, vê o erro do seu caminho, vira-se e se arrepende, pedindo que Deus lhe perdoe e o aceite, o repreendedor fez empenho para encobrir os pecados dele. O restabelecido sentirá aquilo que Davi escreveu: “Feliz é aquele cuja revolta é perdoada, cujo pecado é coberto. Feliz é o homem a quem Yahweh não imputa erro.” (Sal. 32:1, 2) Naturalmente, Deus vê o trabalho amoroso feito, e certamente recompensará aquele que o faz. (2 Cor. 5:10; confronte isso com Colossenses 3:23, 24; Lucas 14:13, 14.)
Com esta exposição final do valor da oração, e do profundo amor e a preocupação que cada membro da congregação deve ter para com os outros, Tiago encerra esta excelente carta.
Por meio deste exemplo notável, Tiago consegue ilustrar o grande poder da oração dum justo, se for feita a sua vontade.
5.19 Meus irmãos, se alguém entre vós se desencaminhar da verdade...
A “verdade” incluiria tanto a doutrina ou os ensinos, como a conduta moral. Aquilo que cremos no coração sobre Deus e Cristo é o que nos torna o que somos como cristãos. O verdadeiro ensino sobre Deus e Cristo precede à conduta moral, e é sobre ele que se baseia toda a correta ação moral. Jesus disse: “Isto significa vida eterna, que absorvam conhecimento de [ou: “conheçam a”] ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que enviaste, Jesus Cristo.” (João 17:3) Tiago considera a palavra de Deus como sendo a verdade, e, assim, a Palavra escrita contém agora toda a verdade necessária aos cristãos. Ele diz que os cristãos ungidos são produzidos “pela palavra da verdade, para que [sejam] certas primícias de suas criaturas.” (Tia. 1:18)
O cristão talvez se afaste da vereda da verdade. Embora tenha “passado da morte para a vida”, pode estar novamente retornando à escuridão e à morte. (1 João 3:14) Cada cristão, e não apenas os anciãos, tem o dever de ajudá-lo a restabelecer-se. Somos informados: “Irmãos, mesmo que um homem dê um passo em falso antes de se aperceber disso, vós os que tendes qualificações espirituais, tentai reajustar tal homem num espírito de brandura, ao passo que cada um olha para si mesmo, para que tu não sejas também tentado.” (Gál 6:1) Em dar conselho para se ajudar alguém desencaminhado, Tiago segue seu tema final sobre a importância e o poder da oração. Requer diligente aplicação da Palavra de Deus e fervorosa oração para conseguir o restabelecimento de alguém que errou. Caso não se dê ajuda, a pessoa poderá ir a ponto de estar além de arrependimento. Não desejará então arrepender-se e voltar à verdadeira adoração de Deus, e tal desejo não poderia mais ser despertado. (Heb. 6:4-8; 10:26-29)
E outro o fizer voltar...
O cristão que se desencaminhou da verdade, quer por seu próprio pensamento doutrinal errôneo, quer por induzimento de outro, quer por aberração moral, está numa situação perigosa. A expressão ‘fazer voltar’ mostra que não se fala aqui dum pecador que ainda está no mundo e que nunca aceitou a verdade; refere-se a um cristão que se desviou da verdade que antes cria e seguia.
Jesus demonstrou o cuidado para com seus discípulos que nós devemos ter mutuamente. Ele disse a Pedro, ao falar-lhe sobre Satanás ter o desejo de que os apóstolos fossem peneirados como trigo, e antes de dizer que Pedro o negaria: “Tenho feito súplica por ti, para que a tua fé não fraquejasse; e tu, uma vez que tiveres voltado, fortalece os teus irmãos.” (Luc. 22:32) Nesta passagem, usa-se a mesma palavra grega com respeito ao restabelecimento dum errante. É deveras um ato amoroso.
5.20 sabei que aquele que fizer um pecador voltar do erro do seu caminho salvará a sua alma da morte...
A palavra “sabei” enfatiza a importância e seriedade deste trabalho de recuperar o pecador. É algo de que nos devemos aperceber cabalmente. A alma salva da morte é o próprio pecador, não aquele que dá a ajuda. É verdade que nos beneficiamos com a boa obra que fazemos, mas nenhuma obra pode salvar nossa alma da morte. Isto só pode ser feito pelo sacrifício expiatório de Jesus Cristo. Não há substituto para isso. (Atos 4:12) O salvo estava seguindo o caminho para a morte; estava em grande perigo de sofrer a morte, a morte espiritual, que significaria a morte eterna para ele. O cristão, por fazê-lo voltar, dando-lhe amor e conselho, fazendo oração e dando outra ajuda, mantém deste modo o errante sob o sacrifício expiatório de Cristo, e este é assim salvo da condenação e da morte.
E cobrirá uma multidão de pecados...
Os pecados abrangidos são os do errante. Yahweh exortou a nação de Israel a voltar a ele, por que, “embora os vossos pecados se mostrem como escarlate, serão tornados brancos como a neve; embora sejam vermelhos como pano carmesim, tornar-se-ão como a lã”. (Isa. 1:18) Aquele que promove a recuperação não obtém com este ato o perdão pelos seus próprios pecados. Pode obter o perdão dos seus pecados apenas por confessá-los a Deus e orar pedindo o perdão à base do sacrifício de Cristo. O apóstolo Pedro escreveu: “O amor cobre uma multidão de pecados [daquele a quem se dá a ajuda amorosa].” (1 Ped. 4:8)
Se achássemos que, por ajudarmos assim um irmão, receberíamos a cobertura de nossos próprios pecados, poderíamos estar inclinados a pensar que podemos produzir a nossa própria justiça, o que seria um sério erro. (Veja Romanos 10:2, 3.) Faria com que enxergássemos com menos clareza a grande obra expiatória de Jesus Cristo, e, em vez de termos fé nele, acharíamos que nosso próprio mérito resultou em nossa salvação.
Quem ama seu irmão cobrirá os pecados dele por não os divulgar a outros. (Pro. 10:12) Mas, Tiago não se refere aqui a esta espécie de cobertura. Refere-se a que, quando o desencaminhado da verdade é repreendido pelo seu irmão, vê o erro do seu caminho, vira-se e se arrepende, pedindo que Deus lhe perdoe e o aceite, o repreendedor fez empenho para encobrir os pecados dele. O restabelecido sentirá aquilo que Davi escreveu: “Feliz é aquele cuja revolta é perdoada, cujo pecado é coberto. Feliz é o homem a quem Yahweh não imputa erro.” (Sal. 32:1, 2) Naturalmente, Deus vê o trabalho amoroso feito, e certamente recompensará aquele que o faz. (2 Cor. 5:10; confronte isso com Colossenses 3:23, 24; Lucas 14:13, 14.)
Com esta exposição final do valor da oração, e do profundo amor e a preocupação que cada membro da congregação deve ter para com os outros, Tiago encerra esta excelente carta.