Comentário de John Gill: 2 Tessalonicenses 1:5

1:5 - Esta é uma prova do julgamento justo de Deus,... Ou seja, de acordo com o pensamento de alguns, de que Deus deva glorificar aqueles que são perseguidos, e punir seus perseguidores: esse sentido parece, de fato, concordar com o que se segue; mas o apóstolo está falando não de algo futuro, mas de algo presente; não do que Deus fará na outra vida, mas dos sofrimentos presentes dos santos. De acordo com outros, o significado é que Deus causa o sofrimento, aflição e perseguição para o seu próprio povo, como um castigo para eles, para que eles não fossem condenados junto com o mundo, é uma evidência da justiça rígida Dele, que ele não permitirá nenhum pecado em qualquer condição passar despercebido por Ele; e é um símbolo do manifesto como ele castigará os maus severamente no futuro próximo, veja 1Pe 4:17. Mas ao invés disso, o significado das palavras é que considerando que os homens bons são aflitos e perseguidos nesta vida, eles têm as coisas más deles agora, e os homens ruins prosperam e florescem, e têm as coisas boas deles agora, de forma que, a justiça não pareça acontecer agora; a qual, parecendo essa desigualdade em Providência, sendo, às vezes, o endurecimento de homens maus, e o cambaleamento do íntegro, o que não deveria ser assim; isto é agora um símbolo de manifesto, e um caso claro que haverá um julgamento íntegro, no qual serão fixadas as coisas corretamente e as justiças acontecerão; porque Deus não é injusto nem descuidado, ou negligente; e isto é observado para apoiar os santos debaixo dos seus sofrimentos, e os animar para que possam agüentar pacientemente:

Em resultado de serdes contados dignos do reino de Deus, pelo qual, deveras, estais sofrendo. Ou do Evangelho, que às vezes é chamado assim e para a qual eles sofreram, e assim se julgaram merecedores desta promessa; como os que suportam as tribulações, e não há um ponto a serem reprovados, estes se mostram dignos das promessas, como também da vida eterna: Ou da igreja, de um nome, de um lugar nela, pela qual o povo de Deus também sofre, e os que não aceitam os sofrimentos desse tipo não podem ser considerados dignos de ter tal lugar, ou seus nomes lá: ou, ao invés disso, da glória celestial, pela qual os cristãos agora também sofrem, ao passo que suas glórias são provadas, e assim eles são considerados dignos, não por méritos em si mesmos, mas o esforço; apesar das tribulações pelo caminho, ou as pedras que estão no caminho do reino dos céus. Na escola das aflições, os santos são treinados para chegar até lá; e embora essas coisas não sejam dignas de comparação com as futuras alegrias, ainda assim eles trabalham por elas onda há um peso de glória que ultrapassa mais e mais; por esses meios, a graça do Espírito de Deus é exercitada e aumentada, seus corações são separados do mundo; e saindo todos os santos da grande tribulação, eles lavam as suas vestes no sangue do cordeiro[1], são feitos co-participantes da herança com os santos na luz.


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Notas
[1] Cf. Apocalipse 7:9. N do T