Comentário de John Gill: João 1:35-38

comentário do evangelho de joão 1:35 - De novo, no dia seguinte,... O terceiro dia que os sacerdotes e os Levitas tinham estado com João, para saber quem ele era. As versões Siríaca, Árabe e Pérsia omitem a palavra “de novo”:

Estava parado, e dois de seus discípulos;... Um desses eram André, irmão de Simão Pedro, como aparece em João 1:40, e muito provavelmente o outro era o evangelista João, o escritor de seu Evangelho, que sempre escolhe se colocar no anonimato. João Batista estava parado, e esses discípulos com ele, em algum lugar perto do Jordão, aonde ele estava pregando e batizando.

1:36 - E olhando para Jesus andando,... Ou por eles; ou como ele estava indo deles para seu alojamento; sendo próximo do fim do dia, quando João tinha terminado seu trabalho do dia, e o povo estava voltando para casa: João fixou seus olhos atentamente em Cristo, com grande prazer e deleite, e apontou para ele.

E disse, Eis o cordeiro de Deus;... Como em João 1:29, onde se acrescentou, “que tira o pecado do mundo”; e que a versão Etíope junta aqui.

1:37 - E os dois discípulos o ouviram falar,... As palavras acima, e tomaram nota deles; a fé em Cristo vem pelo ouvir;[1] elas atingiram os seus corações, e eles acharam em suas afeições, e os desejos de suas almas, seguir a Cristo:

E eles seguiram a Jesus;... Deixaram seu mestre, e foram atrás dele, a fim de se familiarizarem mais com ele, e receber dele algumas instruções.

1:38 - Então Jesus se virou e os viu seguindo,... Ou seja, “ele”, como na Vulgata Latina, e todas as versões acrescentam: ele os viu pelo seu caminhar e por suas afeições, que eles o seguiam; e que ele conhecia antes dele se virar: e sabia o que João tinha dito, e que efeito tinha tido sobre seus discípulos, e o que estava operando sobre seus corações, e quão desejosos eles estavam de ir até ele e conversar com ele; e, portanto, ele se virou, para que eles pudessem ter uma oportunidade de falar com ele; ou, antes, a fim de falar com eles primeiro, como ele fez:

E disse a eles, o que procurais? Isso ele disse, não de ignorância de quem e o que eles estavam procurando, e seus desejosos; mas para encorajá-los a falarem, que, através do medo, eles se refreariam de fazer; e, portanto, assim fazendo, quebraria a timidez e o medo deles, e encorajá-los-ia as primeiras noções da graça, que começou primeiro com eles, e os trata de uma forma familiar e livre; e, então, os anima a usarem sua liberdade com ele, e cuja finalidade foi alcançada:

Ele disso a ele, Rabbi;... Um título que agora começava a estar em muito uso entre os Judeus, e que eles davam a seus doutores célebres; e esses discípulos de João, observando a forma magnificente que o mestre deles falou de Jesus, em grande reverência, se dirigiram a ele debaixo desses termos; veja notas de Gill em Mat 23:7.

Que quer dizer, sendo interpretado, Mestre. Essas são as palavras do evangelista, interpretando a palavra “Rabbi”, e não a dos discípulos, e são omitidas nas versões Siríaca e Pérsia, que, por “Rabbi”, lia, “nosso mestre”, ou nosso “Rabbi”; sendo dita por ambos os discípulos, ou por um em nome do outro, colocando a seguinte pergunta:

Aonde habitas? Querendo dizer, que não era um lugar próprio, um caminho público, para se ter uma conversa com ele, e se familiarizarem com o que eles estavam desejosos; mas deviam estar alegres de saber aonde ele repousava, porque assim eles podiam esperar ele lá, ou então, em algum tempo conveniente.

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Notas

[1] Cf. Romanos 10:17. N do T.