Comentário de John Gill: João 1:42

comentário do evangelho de joão 1:42 - E ele o trouxe a Jesus,… Quer dizer, André trouxe o seu irmão Simão a Jesus; ele o persuadiu a ir junto com ele, e mostrou para ele onde ele estava; que descobriu grande zelo para com Cristo, enquanto sendo cobiçoso de achá-lo, ganhando almas para ele; e grande afeto tinha para com o seu irmão, estando cordialmente preocupado para que ele viesse a conhecer o Cristo, como também ele; nem ele escolheu que ele deveria levar consigo apenas um simples relato dele, mas levá-lo para ele mesmo ver, que ele poderia se familiarizar pessoalmente com ele, e se instruiria por ele: e isto também mostra a prontidão e vontade de Simão, de ver e ouvir o próprio Cristo, e não se sentiu contente apenas com o relato que o seu irmão lhe deu: nenhuma dúvida ele achou no seu coração, incitado dentro de si, e os desejos da sua alma perseguindo o Cristo; e então ele se levantou imediatamente e foi com André para ir a ele; e assim uma pessoa pode ser os meios de trazer outro a Cristo: e pode ser observado, que Pedro não foi o primeiro dos apóstolos que foram chamados por Cristo, ou o primeiro a ser conhecido; André foi antes dele, e foi os meios de trazer ele em um conhecimento mais pleno com ele; se tivesse sido o contrário, os Papistas teriam melhorado isto em favor de dizer que Pedro era como o Príncipe dos apóstolos: esta cláusula é omitida na versão de Persa.

E quando Jesus o viu;… Como ele estava vindo, ou veio a ele: ele tinha observado ele antes nos olhos dos propósitos e decretos do Pai; ele o tinha visto em seu sangue, e disse a ele, viva; e ele agora olhando para ele com os olhos do amor, complacência, e deleite:

Ele disse, tu és Simão, o filho de Jonas;… Teu nome é Simão, e o nome de teu pai era Jonas: ele conhecia ambos os seus nomes embora ele nunca tivesse visto sua face antes, nem ouvido deles: isso ele disse para dar a Simão um testemunho de sua Onisciência; e que, se dúvida, permaneceu firme em sua mente. Simão, ou Simeão, era um nome comum entre os judeus, sendo o nome de um dos doze patriarcas; veja as notas de Gill em Mat. 10:2; e assim também era Jonas, sendo o nome de um dos seus profetas; Veja as notas de Gill em Mat. 16:17; e ao passo que como o profeta Jonas era de Gate-Héfer[1] em Zebulão, que estava na Galiléia; veja as notas de Gill em João 7:52; isso pode ser um nome comum entre os Galileus; assim parece haver razão do porque se devia pensar ser o mesmo João, como a versão Etíope lê, e pela forma de interrogação: “não és tu Simão o filho de João?”

Serás chamado Cefas, que é, por interpretação, uma pedra;… Pedro, que pode ser traduzido; e como é na Vulgata Latina, e na versão Etíope; e como “Cefa”, ou “Cefas”, nas línguas Siríaca e Caldeia significa um pedra, ou rocha,[2] assim “Pedro” em Grego: portanto, a versão Siríaca aqui não dá nenhum interpretação da palavra. Cristo não apenas chama Simão pelo seu nome presente, à primeira vista dele, mas o diz qual será seu nome futuro; e o que dá a entender, não que ele seria uma rocha viva, a igreja, mas que teria uma mão considerável nesse trabalho e se apegaria firmemente a Cristo, e seu interesse, apesar de sua queda; e continuaria constante e imóvel até a sua morte, como ele fez. Os judeus também, em seus escritos, o chamavam Simeão Kefa. [3]


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Notas
[1] Cf. 2 Reis 14:25. N do T.
[2] Vid. Targum em Sal. xl. 3. & Prov. xvii. 8. T. Bab. Ceritot, fol. 6. 1. & Gloss. em ib. Tzeror Hammor, fol. 63. 2.
[3] Toldos Jesu, p. 20, 21, 22, 23.