Comentário de John Gill: João 2:13

comentário do evangelho de joão 2:13 - E a páscoa dos Judeus,... Aquela festividade que era realizada no décimo quarto dia de Nisã, em comemoração a páscoa do Senhor, e pelas casas dos Israelitas, quando ele matou os primogênitos no Egito: e é chamada a páscoa dos Judeus, porque só eles eram obrigados a observarem essa festividade: nem era isto obrigatório aos Gentios; e, além disso, não foi abolido quando João escreveu este Evangelho, embora ainda retido pelos Judeus. E, além disso, João estava agora entre os Gentios, e por este motivo ele escreveu este Evangelho; e então assim distingue esta festividade, da festividade típica da Páscoa Cristã ou de Cristo nossa Páscoa que é sacrificada para nós. Esta era a primeira “páscoa” depois do batismo de Cristo que geralmente é achado ser de um ano antes; embora tanto tempo não possa ser entendido da contagem bíblica; o batismo dele, o seu retorno do ermo para João, os quarenta dias; e a vinda dele para Caná, quatro ou cinco dias mais tarde; e talvez ele tenha ficado sete dias em Caná; porque um casamento era normalmente assim mantido; e a permanência dele em Cafarnaum foi de alguns dias; o que não chegam ao máximo oito ou nove semanas: a segundo páscoa depois desta, é, por alguns, pensado ser a festividade mencionada em João 5:1, e a terçeira em João 6:4, e a quarta e última ao qual ele sofreu, em João 18:28. O Evangelista João é o único escritor que dá relato das páscoas depois que Cristo entrou no seu ministério público; por qual é conhecido a duração dela que geralmente é pensado ser aproximadamente de três anos e meio. “Três anos e meio”, os Judeus dizem,[1] a Shekiná sentou no monte das Oliveiras, enquanto esperando que os Israelitas se arrependessem, mas eles não fizeram; e isto parece ser o termo de tempo para os discípulos aprenderem dos seus mestres: é dito[2] que alguém veio de Atenas para Jerusalém, e ele serviu “três anos e meio” para aprender a doutrina de sabedoria, e ele não a aprendeu.

E Jesus subiu a Jerusalém;... Não sozinho, mas seus discípulos com ele, o que parece de João 2:17, para guardar a páscoa como ele, assim como a lei requeria; e ele estando debaixo da lei, como filho de Abraão, e a segurança de seu povo; tendo que cumprir todos os requisitos cerimoniais, bem como morais, e que ele, deveras, estritamente observava. Menciona-se ele subindo a Jerusalém, porque ela ficava em uma posição superior da terra da Galiléia, e era o único lugar aonde a páscoa era mantida; Veja Deut 16:2.

[1] Praefat. Echa Rabbati, fol. 40. 4.
[2] Echa Rabbati, fol. 44. 4.