Comentário de John Gill: João 2:15-16

Ele os expulsou do templo;… Ou seja, ele expulsou “os homens”, como a versão Persa lê; os mercadores, os vendedores de novilho, e pombas e cambistas: “e as ovelhas, e novilho” da mesma forma; a versão Persa acrescenta “pombas”; mas essas são depois mencionadas:
E derramou o dinheiro dos cambistas;… Das mesas, dos novilhos, ou pratos, e os locais onde se guardava o dinheiro:
E virou as mesas;… Onde eles ficavam sentados, e onde eles contavam o dinheiro.
2:16 - E ele disse aos que vendiam pombas,... Porque como estes eram mantidos em gaiolas, eles não puderam ser expulsos, como as ovelhas e bois, nem poderiam lhes deixar sair, e voar, sem a perda dos donos: e então o Cristo disse a eles
Tirais estas coisas daqui;... Não apenas as pombas; mas as gaiolas, as bolsas, em onde eles colocavam tudo junto:
Parai de fazer da casa do meu Pai uma casa de negócio;... Assim ele chama o templo que foi construído como uma casa para Deus e onde Ele tinha a sua residência; onde era o símbolo da sua presença; onde a adoração Dele foi mantida, e sacrifícios oferecidos a Ele: e ele afirma que Deus, cuja casa era esta, era o seu Pai, e ele era o Seu filho, como nenhum dos profetas foi antes feito; e em tal sentido nem homens nem anjos são; e que leva nisto uma razão do porque ele estava tão preocupado com a honra de Deus, e se ressentiu tanto com a profanação da casa Dele; porque Ele era o seu Pai. Uma igual ação feita por Cristo em outro momento, é registrado em Mat. 21:12. Isso foi no começo do seu ministério, a última que ele expressou com mais calor e severidade do que esta: aqui ele só os acusa de fazer da casa do seu Pai uma casa de mercadoria, mas lá de fazer dela uma guarida de ladrões; visto que eles não só tinham desprezado, e menosprezavam a primeira reprovação dele, mas tinham voltado aos seus modos maus, e cresceram para pior e sendo mais audaciosos. Este exemplo de Cristo entrando no templo como um ministro público, e que foi a primeira vez da sua entrada no templo, era uma realização adicional de Mal. 3:1, porque ele entrou nele, como o Senhor e Proprietário dela; e o qual esta ação sua, expulsando os comerciantes, com o gado deles, mostra um exemplo surpreendente do seu poder divino; e é igual a outros milagres seus, que uma única pessoa, um estranho, de nenhum poder e autoridade no governo, sem auxílio e desarmado, com apenas um açoite de cordas pequeno, deveria levar tal temor e majestade com ele, e injetar tal terror neles, que estavam vendendo coisas para usos religiosos, e foi apoiado pelos sacerdotes e os membros do Sinédrio da nação.
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Notas
[1] Misn. Beracot, c. 9. seç. 5.
[2] Misn. Middot, c. 1. seç. 2.