Qual foi o Pecado Original?
Qual foi o pecado original? “O sexo”, respondem muitos. Crêem que o fruto proibido no jardim do Éden era símbolo das relações sexuais e que Adão e Eva pecaram ao praticarem o ato sexual.
Essa idéia não é nova. Segundo a historiadora Elaine Pagels, “a afirmação de que o pecado de Adão e Eva foi ter relações sexuais” era “comum entre os instrutores cristãos [do segundo século], tais como Taciano, o Sírio, que ensinava que o fruto da árvore do conhecimento transmitia conhecimento carnal”. Também, para Agostinho, um dos padres da Igreja da Igreja, do quinto século EC, o pecado teve sua origem no desejo sexual por parte de Adão. Com efeito, a revista Psychology Today disse que “o pecado de Adão foi o conhecimento carnal”.
Outros assumiram a posição de que a árvore do conhecimento do bem e do mal representava o próprio conhecimento. A Encyclopædia Britannica assevera que o “conhecimento do bem e do mal” era “uma expressão clássica de todo o conhecimento”. Isso significaria que Deus queria que Adão e Eva fossem ignorantes, e que eles se rebelaram contra ele por procurarem expandir seu conhecimento.
Mas ambas as interpretações certamente pintam um quadro de um Criador injusto e egoísta. Por que criaria ele o homem com necessidades tanto sexuais como intelectuais e então não lhe concederia um meio de satisfazer tais desejos sem incorrer na pena de morte? Quem se sentiria atraído a amar e a servir um Deus assim?
Foi o Sexo o Pecado Original?
Muitos não sabem que ambas as interpretações contradizem redondamente o contexto do relato de Gênesis. Consideremos, primeiro, a idéia de que a proibição de Deus no Éden era, realmente, contra as relações sexuais. A lei em pauta acha-se registrada em Gênesis 2:16, 17: “De toda árvore do jardim podes comer à vontade. Mas, quanto à árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.”
Tratava-se realmente duma velada referência ao sexo? Bem, segundo registrado em Gênesis 1:27, 28, Deus ordenou ao homem e à mulher que ‘fossem fecundos e se tornassem muitos e enchessem a terra’. Como poderiam Adão e Eva obedecer a tal ordem sem terem relações sexuais? Devemos realmente supor que Deus lhes deu uma ordem e então os sentenciou à morte por tentarem obedecer a ela?
Ademais, o relato de Gênesis mostra que Adão e Eva pecaram em separado, e não simultaneamente. O capítulo 3, versículo 6 , torna claro que Eva foi seduzida a comer do fruto primeiro, e que, “depois deu também dele a seu esposo, quando estava com ela, e ele começou a comê-lo”. Assim, comer o fruto proibido seria um símbolo inapropriado e fantasioso das relações sexuais.
Foi o Conhecimento?
Que dizer da afirmação de que o fruto proibido era símbolo de todo o conhecimento? Na realidade, tanto Adão como Eva já tinham assimilado abundante conhecimento antes de desobedecerem à lei registrada em Gênesis 2:16, 17. O Criador deles, o próprio Yehowah, estava diretamente envolvido em sua educação. Por exemplo, Ele trouxe todos os animais e aves ao homem, para ele lhes dar nomes. (Gênesis 2:19, 20) Sem dúvida, Adão teria de estudar cada um cuidadosamente a fim de lhes dar um nome apropriado. Quanta instrução em zoologia! Eva, embora criada mais tarde, tampouco era ignorante. Quando interrogada pela serpente, ela mostrou que tinha sido instruída na lei de Deus. Ela conhecia a diferença entre o certo e o errado, e até mesmo sabia das consequências das ações erradas. — Gênesis 3:2, 3.
A interpretação do pecado original como sendo quer o sexo, quer o conhecimento, é apenas isso — uma interpretação humana, nada mais. Sua debilidade é demonstrada pela pergunta do fiel homem, José: “Não pertencem a Deus as interpretações?” (Gênesis 40:8) A Bíblia se torna muito mais fácil de entender quando não lhe impomos idéias humanas, mas, em vez disso, deixamos que ela mesma se interprete. Qual, então, foi o pecado original? Bem, o relato de Gênesis nos fornece todo motivo de crer que a árvore do conhecimento do bem e do mal era uma árvore verdadeira. Diz-se-nos onde ela estava no jardim, e ela é mencionada em relação a outras árvores. Seu fruto era real, e Adão e Eva realmente comeram tal fruto.
Foi a Desobediência?
Por comerem esse fruto, o que estavam fazendo? A New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica) timidamente sugere: “Poderia ter sido, simplesmente, um desafio aberto a Deus, uma insolente recusa de obedecer a Ele.” Não é isso que Gênesis diz com clareza? Romanos 5:19 confirma esse ponto: “Pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores.” (A Bíblia de Jerusalém) O pecado original foi um ato de desobediência.
Ao passo que um pecado de desobediência possa parecer simples, à primeira vista, considere suas profundas implicações. Uma nota de rodapé de A Bíblia de Jerusalém (ed. 1985) expressa-se do seguinte modo: “[O conhecimento do bem e do mal é a faculdade de decidir por si mesmo o que é bem e o que é mal, e de agir consequentemente: reivindicação de autonomia moral . . . O primeiro pecado foi um atentado à soberania de Deus.” Sim, “a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau” simbolizava a prerrogativa de Deus de fixar padrões para o homem quanto ao que é aprovado ou ao que é condenado. Por recusar-se a obedecer à lei de Deus, o homem estava questionando o próprio direito de Deus de governá-lo. Yehowah respondeu equanimemente a este desafio por permitir que o homem governasse a si mesmo. Não concordaria que os resultados têm sido desastrosos? — Deuteronômio 32:5; Eclesiastes 8:9.
É por isso que o tema da Bíblia, a Vindicação do Direito de Deus ser Soberano e a Redenção da Humanidade Obediente por meio de Jesus Cristo, traz tanta esperança. Por meio do Reino de Deus, Ele promete pôr fim em breve ao opressivo domínio humano e substituí-lo pelo Seu domínio — um Reino que nos dará de volta o paraíso terrestre — algo que Adão e Eva perderam. — Salmo 37:29; Daniel 2:44.
Essa idéia não é nova. Segundo a historiadora Elaine Pagels, “a afirmação de que o pecado de Adão e Eva foi ter relações sexuais” era “comum entre os instrutores cristãos [do segundo século], tais como Taciano, o Sírio, que ensinava que o fruto da árvore do conhecimento transmitia conhecimento carnal”. Também, para Agostinho, um dos padres da Igreja da Igreja, do quinto século EC, o pecado teve sua origem no desejo sexual por parte de Adão. Com efeito, a revista Psychology Today disse que “o pecado de Adão foi o conhecimento carnal”.
Outros assumiram a posição de que a árvore do conhecimento do bem e do mal representava o próprio conhecimento. A Encyclopædia Britannica assevera que o “conhecimento do bem e do mal” era “uma expressão clássica de todo o conhecimento”. Isso significaria que Deus queria que Adão e Eva fossem ignorantes, e que eles se rebelaram contra ele por procurarem expandir seu conhecimento.
Mas ambas as interpretações certamente pintam um quadro de um Criador injusto e egoísta. Por que criaria ele o homem com necessidades tanto sexuais como intelectuais e então não lhe concederia um meio de satisfazer tais desejos sem incorrer na pena de morte? Quem se sentiria atraído a amar e a servir um Deus assim?
Foi o Sexo o Pecado Original?
Muitos não sabem que ambas as interpretações contradizem redondamente o contexto do relato de Gênesis. Consideremos, primeiro, a idéia de que a proibição de Deus no Éden era, realmente, contra as relações sexuais. A lei em pauta acha-se registrada em Gênesis 2:16, 17: “De toda árvore do jardim podes comer à vontade. Mas, quanto à árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.”
Tratava-se realmente duma velada referência ao sexo? Bem, segundo registrado em Gênesis 1:27, 28, Deus ordenou ao homem e à mulher que ‘fossem fecundos e se tornassem muitos e enchessem a terra’. Como poderiam Adão e Eva obedecer a tal ordem sem terem relações sexuais? Devemos realmente supor que Deus lhes deu uma ordem e então os sentenciou à morte por tentarem obedecer a ela?
Ademais, o relato de Gênesis mostra que Adão e Eva pecaram em separado, e não simultaneamente. O capítulo 3, versículo 6 , torna claro que Eva foi seduzida a comer do fruto primeiro, e que, “depois deu também dele a seu esposo, quando estava com ela, e ele começou a comê-lo”. Assim, comer o fruto proibido seria um símbolo inapropriado e fantasioso das relações sexuais.
Foi o Conhecimento?
Que dizer da afirmação de que o fruto proibido era símbolo de todo o conhecimento? Na realidade, tanto Adão como Eva já tinham assimilado abundante conhecimento antes de desobedecerem à lei registrada em Gênesis 2:16, 17. O Criador deles, o próprio Yehowah, estava diretamente envolvido em sua educação. Por exemplo, Ele trouxe todos os animais e aves ao homem, para ele lhes dar nomes. (Gênesis 2:19, 20) Sem dúvida, Adão teria de estudar cada um cuidadosamente a fim de lhes dar um nome apropriado. Quanta instrução em zoologia! Eva, embora criada mais tarde, tampouco era ignorante. Quando interrogada pela serpente, ela mostrou que tinha sido instruída na lei de Deus. Ela conhecia a diferença entre o certo e o errado, e até mesmo sabia das consequências das ações erradas. — Gênesis 3:2, 3.
A interpretação do pecado original como sendo quer o sexo, quer o conhecimento, é apenas isso — uma interpretação humana, nada mais. Sua debilidade é demonstrada pela pergunta do fiel homem, José: “Não pertencem a Deus as interpretações?” (Gênesis 40:8) A Bíblia se torna muito mais fácil de entender quando não lhe impomos idéias humanas, mas, em vez disso, deixamos que ela mesma se interprete. Qual, então, foi o pecado original? Bem, o relato de Gênesis nos fornece todo motivo de crer que a árvore do conhecimento do bem e do mal era uma árvore verdadeira. Diz-se-nos onde ela estava no jardim, e ela é mencionada em relação a outras árvores. Seu fruto era real, e Adão e Eva realmente comeram tal fruto.
Foi a Desobediência?
Por comerem esse fruto, o que estavam fazendo? A New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica) timidamente sugere: “Poderia ter sido, simplesmente, um desafio aberto a Deus, uma insolente recusa de obedecer a Ele.” Não é isso que Gênesis diz com clareza? Romanos 5:19 confirma esse ponto: “Pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores.” (A Bíblia de Jerusalém) O pecado original foi um ato de desobediência.
Ao passo que um pecado de desobediência possa parecer simples, à primeira vista, considere suas profundas implicações. Uma nota de rodapé de A Bíblia de Jerusalém (ed. 1985) expressa-se do seguinte modo: “[O conhecimento do bem e do mal é a faculdade de decidir por si mesmo o que é bem e o que é mal, e de agir consequentemente: reivindicação de autonomia moral . . . O primeiro pecado foi um atentado à soberania de Deus.” Sim, “a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau” simbolizava a prerrogativa de Deus de fixar padrões para o homem quanto ao que é aprovado ou ao que é condenado. Por recusar-se a obedecer à lei de Deus, o homem estava questionando o próprio direito de Deus de governá-lo. Yehowah respondeu equanimemente a este desafio por permitir que o homem governasse a si mesmo. Não concordaria que os resultados têm sido desastrosos? — Deuteronômio 32:5; Eclesiastes 8:9.
É por isso que o tema da Bíblia, a Vindicação do Direito de Deus ser Soberano e a Redenção da Humanidade Obediente por meio de Jesus Cristo, traz tanta esperança. Por meio do Reino de Deus, Ele promete pôr fim em breve ao opressivo domínio humano e substituí-lo pelo Seu domínio — um Reino que nos dará de volta o paraíso terrestre — algo que Adão e Eva perderam. — Salmo 37:29; Daniel 2:44.