Uma Jerusalém fiel ao seu nome - Part. 2

Uma inauguração alegre

O “arranjo fidedigno”, selado nos dias de Neemias, preparou o povo antigo de Deus para o dia da inauguração da muralha de Jerusalém. Mas ainda havia outro assunto urgente que exigia atenção. Cercada agora por uma grande muralha com 12 portões, Jerusalém precisava duma população maior. Embora morassem ali alguns israelitas, “a cidade era larga e grande, e havia poucas pessoas dentro dela”. (Neemias 7:4) Para solucionar este problema, os do povo “lançaram sortes para trazer para dentro um em cada dez, para morar em Jerusalém, a cidade santa”. A reação bem disposta a este arranjo induziu o povo a bendizer “todos os homens que se ofereceram voluntariamente para morar em Jerusalém”. (Neemias 11:1, 2) Que belo exemplo para os adoradores verdadeiros hoje em dia, cuja situação lhes permite mudar-se para onde há maior necessidade de madura ajuda cristã!

Logo começaram-se a fazer preparativos importantes para o grande dia da inauguração da muralha de Jerusalém. Reuniram-se músicos e cantores das cidades vizinhas de Judá. Estes foram organizados em dois grandes coros de agradecimento, cada um para ser seguido por uma procissão. (Neemias 12:27-31, 36, 38) Os coros e as procissões começaram dum ponto na muralha mais afastado do templo, provavelmente no Portão do Vale, e marcharam em direções opostas até se encontrarem na casa de Deus. “Naquele dia passaram a oferecer grandes sacrifícios e a alegrar-se, porque o próprio Deus verdadeiro os fizera alegrar-se com grande gozo. E também as próprias mulheres e os filhos se alegraram, de modo que se podia ouvir longe a alegria de Jerusalém.” — Neemias 12:43.

A Bíblia não fornece a data desta celebração alegre. Sem dúvida, foi um ponto de destaque, senão o clímax, da restauração de Jerusalém. Naturalmente, ainda faltava fazer muita construção dentro da cidade. Com o tempo, os cidadãos de Jerusalém perderam sua excelente condição espiritual. Por exemplo, quando Neemias visitou a cidade pela segunda vez, verificou que a casa de Deus estava sendo negligenciada novamente e que os israelitas se casavam de novo com mulheres pagãs. (Neemias 13:6-11, 15, 23) Estas mesmas condições más são confirmadas nos escritos do profeta Malaquias. (Malaquias 1:6-8; 2:11; 3:8) De modo que a dedicação da muralha de Jerusalém não foi motivo de alegria permanente.

Motivo para alegria eterna

Atualmente, o povo de Deus anseia a vinda do tempo em que Deus triunfará sobre todos os seus inimigos. Este começará com a destruição de “Babilônia, a Grande” — uma cidade figurativa que abrange todas as formas de religião que Deus não aprova. (Apocalipse 18:2, 8) A destruição das religiões marcará a primeira fase da vindoura grande tribulação. (Mateus 24:21, 22) Temos também à nossa frente um acontecimento realmente momentoso — o casamento celestial do Senhor Jesus Cristo com sua noiva de 144.000 cidadãos da “Nova Jerusalém”. (Apocalipse 19:7; 21:2) Não podemos dizer exatamente quando esta união culminante se completará, mas certamente será um acontecimento alegre.

Sabemos que em breve a Nova Jerusalém será completada. (Mateus 24:3, 7-14; Apocalipse 12:12) Dessemelhante da cidade terrena de Jerusalém, ela nunca dará motivos para desapontamento. Porque todos os seus cidadãos são seguidores de Jesus Cristo, testados e refinados. Com a sua fidelidade até a morte, cada um deles terá provado ser eternamente leal ao Soberano Universal, YHWH Deus. Isto tem um sentido significativo para o restante da humanidade — os vivos e os mortos!

Considere o que acontecerá quando a Nova Jerusalém voltar sua atenção para os humanos que exercem fé no sacrifício resgatador de Jesus. O apóstolo João escreveu: “Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.” (Apocalipse 21:2-4) Além disso, Deus usará este arranjo semelhante a uma cidade para soerguer a humanidade à perfeição humana. (Apocalipse 22:1, 2) Que motivos maravilhosos para ‘exultar e jubilar para todo o sempre naquilo que Deus está criando agora’! — Isaías 65:18.

Todavia, os humanos arrependidos não terão de esperar até então para receber a ajuda de Deus. Nos nossos últimos dias, Deus começou a ajuntar os últimos membros do Seu povo num paraíso espiritual, em que os frutos do Espírito de Deus — tais como amor, alegria e paz — são abundantes. (Gálatas 5:22, 23) Um aspecto notável deste paraíso espiritual tem sido a fé dos seus habitantes, que têm sido maravilhosamente produtivos em tomar a dianteira na pregação do Evangelho acerca do Reino de Deus em toda a Terra habitada. (Mateus 21:43; 24:14) Para terem o favor de deus habilitaram-se para isso por se dedicarem ao serviço do Senhor à base da sua fé no sacrifício resgatador do Filho dEle, Jesus Cristo. Sua associação com os prospectivos membros da Nova Jerusalém deveras mostrou ser uma bênção. Portanto, por meio dos tratos de Deus com os cristãos, Ele tem lançado um firme alicerce para “uma nova terra” — uma sociedade de humanos tementes a Deus, que herdarão o domínio terrestre do Reino de Deus celestial. — Isaías 65:17; 2 Pedro 3:13.

As condições pacíficas agora usufruídas pelos do povo de Deus no paraíso espiritual deles em breve também serão sentidas num paraíso físico na Terra. Isto acontecerá quando a Nova Jerusalém descer do céu para abençoar a humanidade. Os do povo de Deus usufruirão de modo duplo as condições pacíficas prometidas em Isaías 65:21-25. Como adoradores unidos de Yehowah no paraíso espiritual, os cristãos usufruem agora a paz concedida por Deus. E essa paz se estenderá ao Paraíso físico, quando ‘se realizar a vontade de Deus em toda a terra, assim como no céu’. (Mateus 6:10) Deveras, a gloriosa cidade celestial de Deus se mostrará fiel ao nome Jerusalém como sólido ‘Alicerce da Paz Dupla’. Para toda a eternidade, será para o crédito louvável do seu Grandioso Criador, YHWH Deus, e do seu Rei Noivo, Jesus Cristo.