Comentário de John Gill: 2 Pedro 2:14

introdução ao capítulo 1 da segunda carta de pedro 2Pe 2:14 - Tendo os olhos cheios de adultério,... Porque a sétima lei não é apenas violada por ações impuras, e palavras obscenas, mas também por olhares impuros: e assim os judeus explicam (k)

“Não deves cometer adultério”, Exo 20:15; vós não deveis ir atrás de vossos corações, nem atrás de “teu olhos”; diz R. Levi, o coração e o “olho” são os dois rompedores do pecado.”

Portanto, nós lemos (l) de “uma pessoa que comete adultério com seus olhos”; Veja notas de John Gill em Mat 5:28; compare com Jó 31:1. Alguns leem as palavras, “tendo olhos cheios de adultério”: ou seja, tendo uma mulher infâmia na mente e olhos, olhando continuamente para ela e a desejando:

E são incapazes de desistir ao pecado: Que pode ser entendido tanto desses homens maus que são como o mar revolto que não pode descansar, mas continuam aumentando as coisas imundas e poluídas em seu coração; que vivem em andam em pecado, e sempre estão cometendo pecado, a conduta deles sendo nada mais do que pecado, continuando em uma série de pecados; nem eles podem fazer o contrário, visto que eles são escravos das suas luxúrias, e são levados cativos pela força e poder deles: ou dos seus olhos que sempre estavam atrás de objetos ilegais; os olhos deles e os seus corações só eram, e sempre serão, para a sua luxúria, como o profeta diz de outros, que eles eram mas para a cobiça deles, Jer 22:17; um pecado também que reinou nestes homens:

Engodando as almas instáveis: Tais que não eram estáveis em seus princípios, e instáveis em seus caminhos; eram como crianças jogadas de um lado para outro pelo vento de doutrinas, não estando enraizados em Cristo, nem estabelizados na fé; esses, como a serpente enganou Eva, eles se corrompem da simplicidade que está em Cristo; impondo falsas doutrinas neles, e enganando-os com falsas palavras e aparência externas; e por palavras e obras que parecem justas e corretas, e por seu olhar cobiçoso e desejos carnais, eles caem vítimas do pecado e adultério; ou os enlace, os arrasta na rede e laço de satanás, e assim eles são pegos e levados cativos.

Eles têm um coração treinado nas práticas de avareza;… Um amor sem moderação ao dinheiro, cobiça por ele, isso é a raiz de todo o mal, o mal da religião, e fonte de heresia, e é um vício que tem sempre prevalecido antre os falsos professores; e essa característica todos concordam que pretence a Simão Mago, o pai das heresias, e seu seguidores: portanto, sempre se deve cuidado e se exorta aos ministros do Evangelho para que eles não tenham essas características, para que não sejam cobiçosos de lucros injustos, 1Ti 3:3; essa iniquidade, quando é algo que rege sobre nós, se torna um hábito, como havia nas pessoas descritas aqui, porque tem sua sede no coração, eles eram habituados a isso, e continuamente praticavam isso na multidão de seus exemplos e práticas iníquas, e insaciável e condenável:

Filhos malditos;… Ou “os filhos da maldição”; que pode ser entendido ou ativamente, filhos que amaldiçoam, como filhos da disobediência que cometem atos de desobediência; assim esses eram filhos amaldiçoados, que, embora suas bocam não pudessem estar cheia de maldição e amargura, assim como as dos pecadores profanos, ainda assim no íntimo, e de seus corações, amaldiçoando os seguidores de Cristo, e seus princípios; ou passivamente, filhos amaldiçoados que estavam debaixo da maldição da lei, e da qual não havia redenção para eles, mas no ultimo dia haverá uma sentença terrível pronunciada sobre eles, “Ide, filhos amaldiçados, para o fogo eterno”.


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Notas
(k) T. Hieros. Beracot, fol. 3. 3.
(l) Vajikra Rabba, sec. 23. fol. 165. 1. Vid. A. Gell. Noct. Attic. l. 3. c. 5.