O uso da palavra "kósmos" e a Humanidade
Relacionado com a Humanidade: A obra Synonyms of the New Testament (Sinônimos do Novo Testamento; Londres, 1961, pp. 201, 202), de Richard C. Trench, depois de apresentar o uso filosófico de kósmos para se referir ao universo, diz: “A este significado de κόσμος [kósmos], como o universo material, . . . seguiu-se o de κόσμος como a estrutura externa das coisas, em que o homem vive e se locomove, que existe para ele e da qual ele constitui o centro moral (João xvi. 21; I Cor. xiv. 10; I João iii. 17); . . . e depois os próprios homens, a totalidade das pessoas que vivem no mundo (João i. 29; iv. 42; II Cor. v. 19); e, além disso, e eticamente, todos os que não são da ἐκκλησία [ekklesía; a igreja ou congregação], alienados da vida de Deus e pelas obras iníquas que são inimigos para Ele (I Cor. i. 20, 21; II Cor. vii. 10; Tia. iv. 4).”
De modo similar, o livro Studies in the Vocabulary of the Greek New Testament (Estudos do Vocabulário do Novo Testamento Grego; 1946, p. 57), de K. S. Wuest, cita o perito em grego Cremer como dizendo: “Visto que kósmos é considerado como aquela ordem de coisas cujo centro é o homem, dirige-se a atenção principalmente a ele, e kósmos denota a humanidade dentro desta ordem de coisas, a humanidade conforme ela se manifesta nesta ordem e por meio dela (Mt 18:7).”
Toda a humanidade. Kósmos, ou o “mundo”, portanto, está intimamente relacionado e vinculado com a humanidade. É assim na literatura secular grega e é assim especialmente nas Escrituras. Quando Jesus disse que o homem que anda à luz do dia “vê a luz deste mundo [forma de kósmos]” (Jo 11:9), talvez pareça que “mundo” se refere simplesmente ao planeta Terra, que tem o sol como sua fonte de luz do dia.
Todavia, as próximas palavras dele falam do homem andando à noite, que colide com algo “porque a luz não está nele”. (Jo 11:10) É primariamente para a humanidade que Deus deu o sol e os outros corpos celestes. (Veja Gên 1:14; Sal 8:3-8; Mt 5:45.) De modo similar, usando a luz em sentido espiritual, Jesus disse aos seus seguidores que eles seriam “a luz do mundo” (Mt 5:14), certamente não querendo dizer que eles iluminariam o planeta, porque prossegue mostrando que a iluminação deles seria para a humanidade, “perante os homens”. (Mt 5:16; compare isso com Jo 3:19; 8:12; 9:5; 12:46; Fil 2:15.) A pregação das boas novas “em todo o mundo” (Mt 26:13) significa também pregá-las à humanidade como um todo, assim como em algumas línguas a expressão “todo o mundo” é a maneira comum de dizer “todos” (também em francês tout le monde; em espanhol todo el mundo). — Veja Jo 8:26; 18:20; Ro 1:8; Col 1:5, 6.
Num sentido básico, portanto, kósmos se refere a toda a humanidade. Portanto, as Escrituras descrevem o kósmos, ou mundo, como culpado de pecado (Jo 1:29; Ro 3:19; 5:12, 13) e necessitado de um salvador para dar-lhe vida (Jo 4:42; 6:33, 51; 12:47; 1Jo 4:14), o que é aplicável apenas à humanidade, não à criação inanimada, nem aos animais. Este é o mundo que Deus amou tanto, que “deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna”. (Jo 3:16, 17; compare isso com 2Co 5:19; 1Ti 1:15; 1Jo 2:2.) Este mundo da humanidade constitui o campo em que Jesus Cristo lançou a semente excelente, “os filhos do reino”. — Mt 13:24, 37, 38.
Quando Paulo diz que as “qualidades invisíveis [de Deus] são claramente vistas desde a criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas”, ele deve querer dizer desde a criação da humanidade, porque somente quando a humanidade apareceu é que havia na terra mentes capazes de ‘perceber’ essas qualidades invisíveis por meio da criação visível. — Ro 1:20.
De modo similar, João 1:10 diz a respeito de Jesus que “o mundo [kósmos] veio à existência por intermédio dele”. Embora seja verdade que Jesus participou na produção de todas as coisas, inclusive dos céus e do planeta Terra, e de todas as coisas nele, kósmos aplica-se aqui primariamente à humanidade, em cuja produção Jesus também participou. (Veja Jo 1:3; Col 1:15-17; Gên 1:26.) Por isso diz o restante do versículo: “Mas o mundo [isto é, o mundo da humanidade] não o conheceu.”
De modo similar, o livro Studies in the Vocabulary of the Greek New Testament (Estudos do Vocabulário do Novo Testamento Grego; 1946, p. 57), de K. S. Wuest, cita o perito em grego Cremer como dizendo: “Visto que kósmos é considerado como aquela ordem de coisas cujo centro é o homem, dirige-se a atenção principalmente a ele, e kósmos denota a humanidade dentro desta ordem de coisas, a humanidade conforme ela se manifesta nesta ordem e por meio dela (Mt 18:7).”
Toda a humanidade. Kósmos, ou o “mundo”, portanto, está intimamente relacionado e vinculado com a humanidade. É assim na literatura secular grega e é assim especialmente nas Escrituras. Quando Jesus disse que o homem que anda à luz do dia “vê a luz deste mundo [forma de kósmos]” (Jo 11:9), talvez pareça que “mundo” se refere simplesmente ao planeta Terra, que tem o sol como sua fonte de luz do dia.
Todavia, as próximas palavras dele falam do homem andando à noite, que colide com algo “porque a luz não está nele”. (Jo 11:10) É primariamente para a humanidade que Deus deu o sol e os outros corpos celestes. (Veja Gên 1:14; Sal 8:3-8; Mt 5:45.) De modo similar, usando a luz em sentido espiritual, Jesus disse aos seus seguidores que eles seriam “a luz do mundo” (Mt 5:14), certamente não querendo dizer que eles iluminariam o planeta, porque prossegue mostrando que a iluminação deles seria para a humanidade, “perante os homens”. (Mt 5:16; compare isso com Jo 3:19; 8:12; 9:5; 12:46; Fil 2:15.) A pregação das boas novas “em todo o mundo” (Mt 26:13) significa também pregá-las à humanidade como um todo, assim como em algumas línguas a expressão “todo o mundo” é a maneira comum de dizer “todos” (também em francês tout le monde; em espanhol todo el mundo). — Veja Jo 8:26; 18:20; Ro 1:8; Col 1:5, 6.
Num sentido básico, portanto, kósmos se refere a toda a humanidade. Portanto, as Escrituras descrevem o kósmos, ou mundo, como culpado de pecado (Jo 1:29; Ro 3:19; 5:12, 13) e necessitado de um salvador para dar-lhe vida (Jo 4:42; 6:33, 51; 12:47; 1Jo 4:14), o que é aplicável apenas à humanidade, não à criação inanimada, nem aos animais. Este é o mundo que Deus amou tanto, que “deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna”. (Jo 3:16, 17; compare isso com 2Co 5:19; 1Ti 1:15; 1Jo 2:2.) Este mundo da humanidade constitui o campo em que Jesus Cristo lançou a semente excelente, “os filhos do reino”. — Mt 13:24, 37, 38.
Quando Paulo diz que as “qualidades invisíveis [de Deus] são claramente vistas desde a criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas”, ele deve querer dizer desde a criação da humanidade, porque somente quando a humanidade apareceu é que havia na terra mentes capazes de ‘perceber’ essas qualidades invisíveis por meio da criação visível. — Ro 1:20.
De modo similar, João 1:10 diz a respeito de Jesus que “o mundo [kósmos] veio à existência por intermédio dele”. Embora seja verdade que Jesus participou na produção de todas as coisas, inclusive dos céus e do planeta Terra, e de todas as coisas nele, kósmos aplica-se aqui primariamente à humanidade, em cuja produção Jesus também participou. (Veja Jo 1:3; Col 1:15-17; Gên 1:26.) Por isso diz o restante do versículo: “Mas o mundo [isto é, o mundo da humanidade] não o conheceu.”