Evangelho de João - Inspirado e Proveitoso

Evangelho de João - Inspirado e Proveitoso



gênesis, livro de gênesis, estudos bíblicos
Poderoso em sua franqueza e convincente em sua descrição íntima e acalentadora da Palavra, que se tornou o Cristo, as boas novas “segundo João” dão-nos uma visão de perto desse Filho ungido de Deus, em palavra e em ação. Embora o estilo e o vocabulário de João sejam simples, identificando-o como um homem ‘indouto e comum’, há um poder enorme em sua expressão. (Atos 4:13) Seu Evangelho atinge as mais sublimes alturas ao dar a conhecer o amor íntimo entre o Pai e o Filho, bem como a amorosa e abençoada relação encontrada entre os que estão em união com eles. João usa as palavras “amor” e derivados do verbo amar mais vezes que os outros três Evangelhos juntos.
No princípio, que gloriosa relação existia entre a Palavra e Deus, o Pai! Graças à providência de Deus, “a Palavra se tornou carne e residiu entre nós, e observamos a sua glória, uma glória tal como a de um filho unigênito dum pai; e ele estava cheio de graça imerecida e de verdade”. (João 1:14) Daí, em todo o relato de João, Jesus enfatiza sua relação como sendo de sujeição em inquestionável obediência à vontade do Pai. (4:34; 5:19, 30; 7:16; 10:29, 30; 11:41, 42; 12:27, 49, 50; 14:10) A sua expressão dessa íntima relação atinge seu glorioso clímax na comovente oração, registrada em João, capítulo 17, onde Jesus relata a seu Pai que terminou a obra que Ele lhe deu para fazer na terra, e acrescenta: “De modo que agora, Pai, glorifica-me junto de ti com a glória que eu tive junto de ti antes de haver o mundo.” — 17:5.
Que dizer da relação de Jesus com seus discípulos? O papel de Jesus como canal exclusivo, por meio do qual as bênçãos de Deus são estendidas a esses e a toda a humanidade, é continuamente mantido em evidência. (14:13, 14; 15:16; 16:23, 24) Ele é mencionado como “o Cordeiro de Deus”, “o pão da vida”, “a luz do mundo”, “o pastor excelente”, “a ressurreição e a vida”, “o caminho, e a verdade, e a vida”, e “a verdadeira videira”. (1:29; 6:35; 8:12; 10:11; 11:25; 14:6; 15:1) É nesta ilustração, da “verdadeira videira”, que Jesus dá a conhecer a maravilhosa união que existe, não apenas entre os seus verdadeiros seguidores e ele, mas também com o Pai. Por dar muito fruto, eles glorificarão a seu Pai. “Assim como o Pai me tem amado e eu vos tenho amado, permanecei no meu amor”, aconselha Jesus. — 15:9.
Daí, quão fervorosamente ele ora a Deus para que todos esses amados, e também ‘aqueles que depositam fé nele por intermédio da palavra deles’, possam ser um com o seu Pai e com ele, sendo santificados pela palavra da verdade! Deveras, o inteiro propósito do ministério de Jesus é maravilhosamente expresso nas palavras finais de sua oração a seu Pai: “Eu lhes tenho dado a conhecer o teu nome e o hei de dar a conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles e eu em união com eles.” — 17:20, 26.
Embora Jesus estivesse deixando seus discípulos no mundo, ele não iria deixá-los sem um ajudador, “o Espírito da verdade”. Ademais, ele lhes deu conselho oportuno quanto à sua relação com o mundo, mostrando-lhes como sair vitoriosos quais “filhos da luz”. (14:16, 17; 3:19-21; 12:36) “Se permanecerdes na minha palavra, sois realmente meus discípulos”, diz Jesus, “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Em contraste, ele disse aos filhos da escuridão: “Vós sois de vosso pai, o Diabo, e quereis fazer os desejos de vosso pai. . . . [Ele] não permaneceu firme na verdade, porque não há nele verdade.” Sejamos, pois, determinados a sempre permanecer firmes na verdade, sim, a ‘adorar o Pai com Espírito e verdade’, e a derivar força das palavras de Jesus: “Coragem! eu venci o mundo.” — 8:31, 32, 44; 4:23; 16:33.
Tudo isso também tem relação com o Reino de Deus. Jesus testificou quando em julgamento: “Meu reino não faz parte deste mundo. Se o meu reino fizesse parte deste mundo, meus assistentes teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, assim como é, o meu reino não é desta fonte.” Daí, em resposta à pergunta de Pilatos, ele disse: “Tu mesmo estás dizendo que eu sou rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que está do lado da verdade escuta a minha voz.” (18:36, 37) São felizes, de fato, os que ouvem e que ‘nascem de novo’ para “entrar no reino de Deus”, em união com o Rei. Felizes são as “outras ovelhas” que escutam a voz desse Pastor-Rei e ganham a vida. Há, deveras, causa para gratidão pela provisão do Evangelho de João, pois foi escrito “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que, por crerdes, tenhais vida por meio do seu nome”. — 3:3, 5; 10:16; 20:31.