Livro de Isaías — Inspirado e Proveitoso

estudos bíblicos, estudos do livro de Jó
Livro de Isaías — Inspirado e Proveitoso

Em todos os aspectos, o livro profético de Isaías é uma dádiva de máximo proveito da parte de Deus. Destaca os elevados pensamentos de Deus. (Isa. 55:8-11) Os oradores públicos que apresentam as verdades bíblicas, podem recorrer a Isaías qual rica fonte de vívidas ilustrações que causam forte impressão, como as parábolas de Jesus. Isaías inculca em nós de modo poderoso a tolice do homem que usa a mesma árvore tanto como combustível como para fabricar um ídolo que ele adora. Faz-nos sentir o desconforto do homem que se deita num leito curto demais, com um lençol estreito demais, e ouvir o profundo cochilar dos profetas que são semelhantes a cães mudos, preguiçosos demais para ladrar. Se nós, pessoalmente, segundo exorta Isaías, ‘buscarmos no livro de Jahweh e lermos em voz alta’, poderemos avaliar a poderosa mensagem de Isaías para os nossos dias. — 44:14-20; 28:20; 56:10-12; 34:16.

Essa profecia dirige a atenção especialmente para o Reino de Deus por meio do Messias. O próprio Jahweh é o supremo Rei, e é ele quem nos salva. (33:22) Mas o que dizer do próprio Messias? O anúncio do anjo a Maria sobre um filho que nasceria mostrou que Isaías 9:6, 7 havia de cumprir-se mediante receber ele o trono de Davi; e “ele reinará sobre a casa de Jacó para sempre, e não haverá fim do seu reino”. (Luc. 1:32, 33) Mateus 1:22, 23 mostra que o nascimento de Jesus por meio de uma virgem foi o cumprimento de Isaías 7:14, e o identifica com “Emanuel”. Cerca de 30 anos mais tarde, João, o Batizador, veio pregando que “o reino dos céus se tem aproximado”. Todos os quatro evangelistas citam Isaías 40:3 para mostrar que este João era aquele que ‘clamava no ermo’. (Mat. 3:1-3; Mar. 1:2-4; Luc. 3:3-6; João 1:23) Por ocasião de seu batismo, Jesus se tornou o Messias — o Ungido de Jahweh e o renovo ou a raiz de Jessé — para governar as nações. É nele que devem depositar a sua esperança, em cumprimento de Isaías 11:1, 10. — Rom. 15:8, 12.

Note como Isaías continua a identificar o Messias, o Rei! Jesus leu a sua comissão no rolo de Isaías para mostrar que ele era o Ungido de Jahweh, e daí passou a “declarar as boas novas do reino de Deus . . . porque”, disse ele, “fui enviado para isso”. (Luc. 4:17-19, 43; Isa. 61:1, 2) Os quatro Evangelhos estão cheios de pormenores sobre o ministério terrestre de Jesus e sobre como ele morreu, conforme predito em Isaías, capítulo 53. Embora os judeus ouvissem as boas novas do Reino e vissem as obras maravilhosas de Jesus, não entenderam o significado disso por causa da incredulidade de seu coração, em cumprimento de Isaías 6:9, 10; 29:13; e 53:1. (Mat. 13:14, 15; João 12:38-40; Atos 28:24-27; Rom. 10:16; Mat. 15:7-9; Mar. 7:6, 7) Jesus foi pedra de tropeço para eles, mas tornou-se a pedra angular de alicerce que Jahweh colocou em Sião e sobre a qual Ele edifica a sua casa espiritual, em cumprimento de Isaías 8:14; e 28:16. — Luc. 20:17; Rom. 9:32, 33; 10:11; 1 Ped. 2:4-10.

Os apóstolos de Jesus Cristo continuaram a fazer bom uso da profecia de Isaías, aplicando-a ao ministério. Por exemplo, ao mostrar que são necessários pregadores para a edificação da fé, Paulo cita Isaías, quando diz: “Quão lindos são os pés daqueles que declaram boas novas de coisas boas!” (Rom. 10:15; Isa. 52:7; veja também Romanos 10:11, 16, 20, 21.) Pedro também cita Isaías, ao mostrar que as boas novas durariam eternamente: “Pois ‘toda a carne é como a erva, e toda a sua glória é como flor da erva; a erva se resseca e a flor cai, mas a declaração de Jahweh permanece para sempre’. Ora, esta é a ‘declaração’, esta que vos foi anunciada como boas novas.” — 1 Ped. 1:24, 25; Isa. 40:6-8.

Isaías descreve magnificamente a esperança do Reino futuro! Eis que haverá “novos céus e uma nova terra”, em que “um rei reinará para a própria justiça” e príncipes governarão para o próprio juízo. Que motivo de alegria e exultação! (65:17, 18; 32:1, 2) Novamente, Pedro se refere à mensagem alegre de Isaías: “Mas, há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a . . . promessa [de Deus], e nestes há de morar a justiça.” (2 Ped. 3:13) Este maravilhoso tema do Reino atinge a sua plena glória nos últimos capítulos de Apocalipse. — Isa. 66:22, 23; 25:8; Ap. 21:1-5.


Destarte, o livro de Isaías, embora contenha denúncias causticantes dos inimigos de Jahweh e dos que professam hipocritamente ser servos dele, aponta, em tons dignificantes, para a magnífica esperança do Reino messiânico, por meio do qual o grande nome de Jahweh será santificado. Contribui muito para explicar as maravilhosas verdades do Reino de Jahweh e anima nossos corações com a alegre expectativa de “salvação por ele”. — Isa. 25:9; 40:28-31.