Classificação das Cartas Paulinas
CLASSIFICAÇÃO DAS CARTAS PAULINAS
As Cartas Perdidas de Paulo — Em uma das mais antigas cartas de Paulo, ele escreveu acerca de seu hábito de escrever (II Tess. 3:17). A não ser que este item de informação se refira somente a Gálatas e I Tessalonicenses, todas as cartas anteriores, de Paulo, sejam lá quantas tenham sido, perderam-se para nós. De I Coríntios 5:9, sabe-se que Paulo escrevera a carta mais antiga àquela igreja. Talvez uma parte dessa “carta perdida” esteja preservada em II Coríntios 6:14-7:1, embora nem todos os estudiosos estejam de acordo com esta idéia. Também se sabe de II Coríntios 2:4 e 7:8 que Paulo escrevera ainda outra carta a Corinto. Alguns estudiosos sentem que II Coríntios 10-13 é uma parte dessa “carta angustiosa”. Paulo também menciona em Colossenses 4:16 uma carta aos laodicenses. Alguns acham que a Efésios Canônica é essa carta; outros crêem que ela seja Filemom. A maioria, contudo, crê que a carta à igreja em Laodicéia está perdida. O que é certo é que Paulo escreveu muito mais do que está preservado no Novo Testamento.
As Cartas Existentes de Paulo — Na maioria das traduções modernas, quatorze, das vinte e uma cartas, são atribuídas a Paulo. Os nomes e ordem são: Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito, Filemom e Hebreus. Os textos gregos modernos têm como título, para estas quatorze cartas, somente a preposição “a”, seguida pelo nome do receptor. Os problemas críticos de cada carta serão discutidos no capítulo respecti¬vo que trata de cada uma.
A Ordem de Composição — Ê lamentável que a ordem canônica das cartas de Paulo não seja cronológica. A presente ordem é basicamente a de extensão e se é escrita a uma igreja ou a um indivíduo. Romanos é a mais extensa e Filemom a mais curta. As nove primeiras são dirigidas a sete igrejas diferentes, e as quatro últimas, a três indivíduos diferentes. Por causa de problemas críticos, Hebreus é colocada por último no corpus paulino, embora alguns dos manuscritos gregos mais antigos a tenham entre Romanos e I Coríntios. Uma ordem cronológica talvez mostrasse mais claramente os problemas encontrados por uma igreja que emergia e indicaria o padrão teológico em desenvolvimento, de Paulo e da Igreja. O método a seguir, de agrupamento das cartas, é baseado na narrativa contida em Atos e em informação colhida das próprias cartas. Este agrupamento não é conclusivo, mas é usado para mostrar o acordo geral entre os estudiosos do Novo Testamento, numa aproximação ao estudo do Novo Testamento.
1. Epístolas escritas durante a Segunda Viagem Missionária (49:52 d.C): I e II Tessalonicenses, de Corinto.
2. Epístolas escritas durante a Terceira Viagem Missionária (52-56 d.C): I Coríntios, de Éfeso; II Coríntios, da Macedônia; Gálatas e Romanos, de Corinto.
3. Epístolas escritas de Roma durante o primeiro aprisionamento romano (58-60 d.C): Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemom.
4. As Epístolas Pastorais (62-65 d.C): I Timóteo, da Macedônia; Tito, da Macedônia ou de Corinto; II Timóteo, de Roma, pouco antes da morte de Paulo.
Outra maneira de classificação é ver-se a ordem cronológica como representando ênfases teológicas especiais. A correspondência tessalonicense lida com escatologia; as cartas da Terceira Viagem Missionária tratam, primariamente da soteriologia; as cartas da prisão acentuam a cristologia; as pastorais têm a eclesiologia como a ênfase dominante. Este agrupamento teológico não é conclusivo, porque muitas das cartas contêm todas estas doutrinas; mas a ênfase teológica principal de cada uma é observada.
Deve-se ressaltar, todavia, que muitos estudiosos do Novo Testamento, incluindo este escritor, crêem que Gálatas foi escrita de Antioquia da Síria, antes da Segunda Viagem Missionária. Outros sentem que Efésios foi escrita muito mais tarde, por um discípulo de Paulo, como introdução a uma coleção das cartas de Paulo. Alguns acham que, de algum modo, Paulo está por trás da Epístola aos Hebreus como autor, dando ao amanuense completa liberdade em sua composição e publicação, esta última tendo ocorrido após a morte de Paulo e antes da destruição de Jerusalém em 70 d.C.
A Preservação e Coleção das Cartas de Paulo — Num estudo em profundidade, das cartas de Paulo, conclui-se que ele escreveu tanto como pastor quanto como “mestre dos gentios” (I Tim. 2:7). A maioria de suas cartas existentes foi escrita para situações específicas; contudo, Paulo foi capaz de distinguir entre a ordem do Senhor e seu próprio conselho pessoal (I Cor. 7:6, 25, 40). Algumas de suas cartas parecem ser dirigidas a uma audiência mais ampla, ao invés de a um grupo específico. A Epístola aos Efésios é basicamente deste tipo. Contudo, mesmo nesta, ele escreveu com a consciência de sua chamada como apóstolo. Paulo cria possuir autoridade, e que sua palavra era de importância, quer para situações locais quer para uma audiência mais universal. Nem todas as suas cartas, todavia, foram suficientemente universais em sua aplicação, e muitas deixaram que se perdessem. A referência em Apocalipse 3:16 à apostasia da igreja em Laodicéia pode indicar que a carta a essa igreja, referida em Colossenses 4:16, não foi preservada por essa razão. Pela época de II Pedro (68 d.C), contudo, “todas as cartas de Paulo" estavam sendo aceitas em paridade com "outras escrituras”. Seria de grande interesse e importância saber-se o que “todas as cartas de Paulo” e as “outras escrituras” abrangem, mas seria apenas conjetura, a esta altura, na pesquisa bíblica.
Embora Clemente de Roma e Inácio de Antioquia conhecessem algumas das cartas de Paulo, a coleção concreta e existente mais antiga é o Cânon de Marcião, de cerca de 140-150 d.C. Esta lista inclui uma coleção editada de dez cartas de Paulo (em ordem: Gálatas, I e II Coríntios, Romanos, I e II Tessalonicenses, Laodicenses (Efésios), Colossenses, Filipenses e Filemom). As Pastorais foram, provavelmente, rejeitadas pelo fato de Marcião ter sido um gnóstico. O Fragmento Muratoriano (cerca de 180 d.C.) inclui as Pastorais nas treze epístolas de Paulo, Hebreus não estando na coleção. O mais antigo manuscrito grego (P 46 ) das epístolas de Paulo que foi preservado data de cerca do fim do segundo século. Este manuscrito, pelo fato de colocar Hebreus entre Romanos e I Coríntios, indica Paulo como sendo o autor de Hebreus. II Tessalonicenses, Filemom e as Pastorais estão ausentes do manuscrito preserva¬do, mas a ausência poderia ser devida à possível perda das últimas folhas, que conteriam estas cinco cartas.
É impossível fixar-se uma data para a primeira coleção completa das epístolas de Paulo. O que é certo, contudo, é que há ampla evidência, do final do primeiro século e início do segundo, de que as cartas de Paulo circulavam largamente e eram estimadas como autoridade em doutrina. A história da preservação e colecionamento destas cartas perdeu-se para nós. Contudo, o processo deve ter-se iniciado cedo conforme está evidente na declaração contida em II Pedro 3:15,16, e porque a coleção foi aceita pelo final do segundo século.
As Cartas Perdidas de Paulo — Em uma das mais antigas cartas de Paulo, ele escreveu acerca de seu hábito de escrever (II Tess. 3:17). A não ser que este item de informação se refira somente a Gálatas e I Tessalonicenses, todas as cartas anteriores, de Paulo, sejam lá quantas tenham sido, perderam-se para nós. De I Coríntios 5:9, sabe-se que Paulo escrevera a carta mais antiga àquela igreja. Talvez uma parte dessa “carta perdida” esteja preservada em II Coríntios 6:14-7:1, embora nem todos os estudiosos estejam de acordo com esta idéia. Também se sabe de II Coríntios 2:4 e 7:8 que Paulo escrevera ainda outra carta a Corinto. Alguns estudiosos sentem que II Coríntios 10-13 é uma parte dessa “carta angustiosa”. Paulo também menciona em Colossenses 4:16 uma carta aos laodicenses. Alguns acham que a Efésios Canônica é essa carta; outros crêem que ela seja Filemom. A maioria, contudo, crê que a carta à igreja em Laodicéia está perdida. O que é certo é que Paulo escreveu muito mais do que está preservado no Novo Testamento.
As Cartas Existentes de Paulo — Na maioria das traduções modernas, quatorze, das vinte e uma cartas, são atribuídas a Paulo. Os nomes e ordem são: Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito, Filemom e Hebreus. Os textos gregos modernos têm como título, para estas quatorze cartas, somente a preposição “a”, seguida pelo nome do receptor. Os problemas críticos de cada carta serão discutidos no capítulo respecti¬vo que trata de cada uma.
A Ordem de Composição — Ê lamentável que a ordem canônica das cartas de Paulo não seja cronológica. A presente ordem é basicamente a de extensão e se é escrita a uma igreja ou a um indivíduo. Romanos é a mais extensa e Filemom a mais curta. As nove primeiras são dirigidas a sete igrejas diferentes, e as quatro últimas, a três indivíduos diferentes. Por causa de problemas críticos, Hebreus é colocada por último no corpus paulino, embora alguns dos manuscritos gregos mais antigos a tenham entre Romanos e I Coríntios. Uma ordem cronológica talvez mostrasse mais claramente os problemas encontrados por uma igreja que emergia e indicaria o padrão teológico em desenvolvimento, de Paulo e da Igreja. O método a seguir, de agrupamento das cartas, é baseado na narrativa contida em Atos e em informação colhida das próprias cartas. Este agrupamento não é conclusivo, mas é usado para mostrar o acordo geral entre os estudiosos do Novo Testamento, numa aproximação ao estudo do Novo Testamento.
1. Epístolas escritas durante a Segunda Viagem Missionária (49:52 d.C): I e II Tessalonicenses, de Corinto.
2. Epístolas escritas durante a Terceira Viagem Missionária (52-56 d.C): I Coríntios, de Éfeso; II Coríntios, da Macedônia; Gálatas e Romanos, de Corinto.
3. Epístolas escritas de Roma durante o primeiro aprisionamento romano (58-60 d.C): Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemom.
4. As Epístolas Pastorais (62-65 d.C): I Timóteo, da Macedônia; Tito, da Macedônia ou de Corinto; II Timóteo, de Roma, pouco antes da morte de Paulo.
Outra maneira de classificação é ver-se a ordem cronológica como representando ênfases teológicas especiais. A correspondência tessalonicense lida com escatologia; as cartas da Terceira Viagem Missionária tratam, primariamente da soteriologia; as cartas da prisão acentuam a cristologia; as pastorais têm a eclesiologia como a ênfase dominante. Este agrupamento teológico não é conclusivo, porque muitas das cartas contêm todas estas doutrinas; mas a ênfase teológica principal de cada uma é observada.
Deve-se ressaltar, todavia, que muitos estudiosos do Novo Testamento, incluindo este escritor, crêem que Gálatas foi escrita de Antioquia da Síria, antes da Segunda Viagem Missionária. Outros sentem que Efésios foi escrita muito mais tarde, por um discípulo de Paulo, como introdução a uma coleção das cartas de Paulo. Alguns acham que, de algum modo, Paulo está por trás da Epístola aos Hebreus como autor, dando ao amanuense completa liberdade em sua composição e publicação, esta última tendo ocorrido após a morte de Paulo e antes da destruição de Jerusalém em 70 d.C.
A Preservação e Coleção das Cartas de Paulo — Num estudo em profundidade, das cartas de Paulo, conclui-se que ele escreveu tanto como pastor quanto como “mestre dos gentios” (I Tim. 2:7). A maioria de suas cartas existentes foi escrita para situações específicas; contudo, Paulo foi capaz de distinguir entre a ordem do Senhor e seu próprio conselho pessoal (I Cor. 7:6, 25, 40). Algumas de suas cartas parecem ser dirigidas a uma audiência mais ampla, ao invés de a um grupo específico. A Epístola aos Efésios é basicamente deste tipo. Contudo, mesmo nesta, ele escreveu com a consciência de sua chamada como apóstolo. Paulo cria possuir autoridade, e que sua palavra era de importância, quer para situações locais quer para uma audiência mais universal. Nem todas as suas cartas, todavia, foram suficientemente universais em sua aplicação, e muitas deixaram que se perdessem. A referência em Apocalipse 3:16 à apostasia da igreja em Laodicéia pode indicar que a carta a essa igreja, referida em Colossenses 4:16, não foi preservada por essa razão. Pela época de II Pedro (68 d.C), contudo, “todas as cartas de Paulo" estavam sendo aceitas em paridade com "outras escrituras”. Seria de grande interesse e importância saber-se o que “todas as cartas de Paulo” e as “outras escrituras” abrangem, mas seria apenas conjetura, a esta altura, na pesquisa bíblica.
Embora Clemente de Roma e Inácio de Antioquia conhecessem algumas das cartas de Paulo, a coleção concreta e existente mais antiga é o Cânon de Marcião, de cerca de 140-150 d.C. Esta lista inclui uma coleção editada de dez cartas de Paulo (em ordem: Gálatas, I e II Coríntios, Romanos, I e II Tessalonicenses, Laodicenses (Efésios), Colossenses, Filipenses e Filemom). As Pastorais foram, provavelmente, rejeitadas pelo fato de Marcião ter sido um gnóstico. O Fragmento Muratoriano (cerca de 180 d.C.) inclui as Pastorais nas treze epístolas de Paulo, Hebreus não estando na coleção. O mais antigo manuscrito grego (P 46 ) das epístolas de Paulo que foi preservado data de cerca do fim do segundo século. Este manuscrito, pelo fato de colocar Hebreus entre Romanos e I Coríntios, indica Paulo como sendo o autor de Hebreus. II Tessalonicenses, Filemom e as Pastorais estão ausentes do manuscrito preserva¬do, mas a ausência poderia ser devida à possível perda das últimas folhas, que conteriam estas cinco cartas.
É impossível fixar-se uma data para a primeira coleção completa das epístolas de Paulo. O que é certo, contudo, é que há ampla evidência, do final do primeiro século e início do segundo, de que as cartas de Paulo circulavam largamente e eram estimadas como autoridade em doutrina. A história da preservação e colecionamento destas cartas perdeu-se para nós. Contudo, o processo deve ter-se iniciado cedo conforme está evidente na declaração contida em II Pedro 3:15,16, e porque a coleção foi aceita pelo final do segundo século.