Comentário de João Calvino: João 1:26
26. Eu batizo com água. Isso deveria ter sido abundantemente suficiente para a correção de seu erro, mas uma outra forma clara de reprovação é de nenhuma vantagem para os surdos, pois, quando ele envia-os para Cristo, e declara que Cristo está presente, esta é uma prova clara não só que ele foi divinamente designado para ser um ministro de Cristo, mas que ele é o Elias verdadeiro, que é enviado para testemunhar que o tempo é chegado [Nota: “Que le temps venu estoit.”] para a renovação da Igreja. Há um contraste aqui que não é plenamente estabelecido; pois o batismo espiritual de Cristo não é expressamente contrastado com o exterior batismo de João, mas essa última cláusula sobre o batismo do Espírito poderia facilmente ser fornecida, e pouco depois, ambos são estabelecidas pelo evangelista.
Esta resposta pode ser reduzida para dois pontos: primeiro, que João não afirma nada para si, a não ser o que ele tem o direito de exigir, porque ele tem Cristo como o autor de seu batismo, em quem consiste a verdade do sinal, e, por outro, que ele não tem nada, a não ser a administração do sinal externo, enquanto que todo o poder e eficácia estão nas mãos de Cristo. Assim disso, ele defende o seu batismo na medida em que a sua verdade depende de qualquer outra coisa, mas, ao mesmo tempo, declarando que ele não tem o poder do Espírito, ele exalta a dignidade de Cristo, que aos olhos dos homens pode ser fixado nEle apenas. Este é o maior e a melhor moderação regulamentada, quando um ministro apóia em Cristo independentemente da autoridade que reivindica para si, de tal forma a traçar até Ele, atribuindo somente a Ele tudo o que ele possui.
É um erro tolo, porém, em que algumas pessoas têm sido levadas a supor que o batismo de João era diferente do nosso, porque João não discute aqui sobre as vantagens e a utilidade de seu batismo, mas apenas compara sua própria pessoa com a pessoa de Cristo. Da mesma maneira, se fôssemos indagar, no dia de hoje, que parte pertence a nós, e aquilo que pertence a Cristo, no batismo, devemos reconhecer que só Cristo realiza o que batismo figurativamente representa, e que não temos nada além da mera administração do sinal. Há uma forma dupla de falar nas Escrituras sobre os sacramentos, porque às vezes ele nos diz que eles são o banho da regeneração (Tito 3:5;) que por si os nossos pecados são lavados, (1 Pedro 3:21;) que nós..
Somos unidos ao corpo de Cristo, de forma que nosso velho homem está crucificado, e para que levantássemos de novo em novidade de vida,
(Romanos 6:4, 5, 6)
E, nesses casos, a Escritura se junta ao poder de Cristo com o ministério do homem, como, aliás, o homem é nada mais do que a mão de Cristo. Tais modos de expressão mostram, não o que o homem pode realizar de si mesmo, mas o que Cristo realiza pelo homem, e por sinal, como seus instrumentos. Mas como há uma forte tendência de cair na superstição e os homens, através do orgulho que é natural a eles, tentam tirar de Deus a honra devida a Ele, e vilmente se apropriam dela para si mesmos; de modo que a Escritura, a fim de coibir esta blasfema arrogância, por vezes distingue ministros de Cristo, como nesta passagem, para que possamos aprender que os ministros não são nada e nada podem fazer.
Há um parado no vosso meio. Ele os acusa indiretamente com a estupidez, em não conhecer a Cristo, a quem as suas mentes deveriam ter sido dirigidas sinceramente, e ele sempre insiste seriamente sobre esta questão, que nada pode ser conhecido sobre o seu ministério, até que os homens venham a Ele que é o Autor do mesmo. Quando ele diz que Cristo está parado no meio deles, é para que ele possa excitar o seus desejos e seus esforços para conhecê-lO. O montante do que ele diz é que ele pretende colocar-se o mais baixo possível, para qualquer grau de honra impropriamente atribuída a ele, para que isso não viesse a obscurecer a excelência de Cristo. É provável que ele tivesse essas frases com frequência na boca, quando ele se via imoderadamente elogiado pelas opiniões perversas dos homens.
Esta resposta pode ser reduzida para dois pontos: primeiro, que João não afirma nada para si, a não ser o que ele tem o direito de exigir, porque ele tem Cristo como o autor de seu batismo, em quem consiste a verdade do sinal, e, por outro, que ele não tem nada, a não ser a administração do sinal externo, enquanto que todo o poder e eficácia estão nas mãos de Cristo. Assim disso, ele defende o seu batismo na medida em que a sua verdade depende de qualquer outra coisa, mas, ao mesmo tempo, declarando que ele não tem o poder do Espírito, ele exalta a dignidade de Cristo, que aos olhos dos homens pode ser fixado nEle apenas. Este é o maior e a melhor moderação regulamentada, quando um ministro apóia em Cristo independentemente da autoridade que reivindica para si, de tal forma a traçar até Ele, atribuindo somente a Ele tudo o que ele possui.
É um erro tolo, porém, em que algumas pessoas têm sido levadas a supor que o batismo de João era diferente do nosso, porque João não discute aqui sobre as vantagens e a utilidade de seu batismo, mas apenas compara sua própria pessoa com a pessoa de Cristo. Da mesma maneira, se fôssemos indagar, no dia de hoje, que parte pertence a nós, e aquilo que pertence a Cristo, no batismo, devemos reconhecer que só Cristo realiza o que batismo figurativamente representa, e que não temos nada além da mera administração do sinal. Há uma forma dupla de falar nas Escrituras sobre os sacramentos, porque às vezes ele nos diz que eles são o banho da regeneração (Tito 3:5;) que por si os nossos pecados são lavados, (1 Pedro 3:21;) que nós..
(Romanos 6:4, 5, 6)
E, nesses casos, a Escritura se junta ao poder de Cristo com o ministério do homem, como, aliás, o homem é nada mais do que a mão de Cristo. Tais modos de expressão mostram, não o que o homem pode realizar de si mesmo, mas o que Cristo realiza pelo homem, e por sinal, como seus instrumentos. Mas como há uma forte tendência de cair na superstição e os homens, através do orgulho que é natural a eles, tentam tirar de Deus a honra devida a Ele, e vilmente se apropriam dela para si mesmos; de modo que a Escritura, a fim de coibir esta blasfema arrogância, por vezes distingue ministros de Cristo, como nesta passagem, para que possamos aprender que os ministros não são nada e nada podem fazer.
Há um parado no vosso meio. Ele os acusa indiretamente com a estupidez, em não conhecer a Cristo, a quem as suas mentes deveriam ter sido dirigidas sinceramente, e ele sempre insiste seriamente sobre esta questão, que nada pode ser conhecido sobre o seu ministério, até que os homens venham a Ele que é o Autor do mesmo. Quando ele diz que Cristo está parado no meio deles, é para que ele possa excitar o seus desejos e seus esforços para conhecê-lO. O montante do que ele diz é que ele pretende colocar-se o mais baixo possível, para qualquer grau de honra impropriamente atribuída a ele, para que isso não viesse a obscurecer a excelência de Cristo. É provável que ele tivesse essas frases com frequência na boca, quando ele se via imoderadamente elogiado pelas opiniões perversas dos homens.