Dicionário Adventista: Balaão

BALAÃO
"Senhor do povo". Estrangeiro ou glutão, segundo a interpretação de alguns.

Filho de Beor, foi um homem que ocupou uma certa posição entre os Midianitas (Ne 31:8). Morava em Petor (Dt 23:4), na Mesopotâmea (Ne 23:7). É evidente que, apesar de morar entre os idólatras, tinha algum conhecimento sobre o verdadeiro Deus; e possuía uma tal reputação, que se imaginava que, quem ele abençoasse, seria abençoado e quem ele amaldiçoasse, seria amaldiçoado. Quando os Israelitas estavam acampados nas planícies de Moabe, a Este do Jordão, perto de Jericó, Balaque enviou Balaão "de Arã até às montanhas a Este", para os amaldiçoar; mas pela notável interposição de Deus, ele foi incapaz de cumprir os desejos de Balaque, embora quisesse imenso fazê-lo.

O apóstolo Pedro refere-se (2Pe 2:15,16) a esta situação como sendo um evento histórico. Em Mq 6:5 faz-se também referência às relações entre Balaão e Balaque. Embora Balaão não pudesse amaldiçoar Israel, ele sugeriu um meio pelo qual a ira divina cairia sobre o povo (Ne 25:1-18). Numa batalha entre Israel e os Midianitas, Balaão foi morto ao lutar ao lado de Balaque (Ne 31:8).

Ap 2:14 menciona "a doutrina de Balaão", numa alusão ao facto de que foi através dos ensinos de Balaão que Balaque aprendeu o meio de fazer com que os Israelitas pecassem. Balaão foi constrangido a proferir profecias que se relacionavam com o futuro de Israel. Foram palavras de uma beleza de expressão e de uma maravilhosa magnificência (Ne 24:5-9,17).