Estrutura do Segundo Templo de Jerusalém
Estrutura do Segundo Templo de Jerusalém
(Enciclopédia Bíblica Online)
Josefo escreve que Herodes dobrou o tamanho da área do templo, ampliando as laterais do monte Moriá com grandes muralhas de pedra e nivelando uma área no topo do monte. (The Jewish War, I, 401 [xxi, 1]; Jewish Antiquities, XV, 391-402 [xi, 3]) A Míxena (Middot 2:1) diz que o monte do Templo era um quadrado de 500 côvados (223 m) de lado. Na beirada da área havia colunatas. O templo dava para o L, como os anteriores. Ao longo deste lado havia a colunata de Salomão, que consistia em três fileiras de colunas de mármore. Foi ali que, em dada ocasião, no inverno, certos judeus se aproximaram de Jesus perguntando se ele era o Cristo. (Jo 10:22-24) Ao N e ao O também havia colunatas, ananicadas pela Colunata Real ao S, que consistia em quatro fileiras de colunas coríntias, 162 ao todo, com três corredores. A circunferência das colunas era tão grande que exigia três homens de braços estendidos para abraçar uma delas, e elas eram muito mais elevadas do que as outras colunatas.
Havia evidentemente oito portões que davam para a área do templo: quatro do lado O, dois ao S, e um de cada lado, ao L e ao N. Por causa desses portões, o primeiro pátio, o Pátio dos Gentios, também servia como passagem, sendo que os viajantes preferiam passar por ele em vez de circundar a área do templo.
Pátio dos Gentios: As colunatas cercavam a grande área chamada de Pátio dos Gentios, assim chamada porque se permitia que os gentios entrassem nele. Foi dali que Jesus, em duas ocasiões, uma delas mais para o início e a outra no fim de seu ministério terrestre, expulsou aqueles que tinham feito da casa de seu Pai uma casa de comércio. — Jo 2:13-17; Mt 21:12, 13; Mr 11:15-18.
Havia diversos pátios pelos quais se passava ao dirigir-se ao prédio central, o próprio santuário. Cada pátio sucessivo tinha maior grau de santidade. Passando pelo Pátio dos Gentios, a pessoa encontrava um muro de três côvados (1,30 m) de altura, com aberturas para passagem. No topo havia grandes pedras que traziam um aviso em grego e em latim. A inscrição grega rezava (segundo certa tradução): “Que nenhum estrangeiro ultrapasse a barreira e a cerca em torno do santuário. Quem for apanhado fazendo isso, será responsável por sua morte que virá como conseqüência.” (The New Westminster Dictionary of the Bible [O Novo Dicionário Bíblico de Westminster], editado por H. Gehman, 1970, p. 932.) O motim que envolveu o apóstolo Paulo no templo aconteceu porque os judeus espalharam o boato de que ele trouxera um gentio para dentro da área proibida. Esse muro nos é trazido à lembrança, embora Paulo usasse o termo “muro” em sentido simbólico, quando lemos que Cristo “destruiu o muro” que separava o judeu do gentio. — Ef 2:14 n; At 21:20-32.
Pátio das Mulheres: O Pátio das Mulheres se achava a 14 degraus acima. As mulheres podiam entrar ali para praticar a adoração. Entre outras coisas, o Pátio das Mulheres continha cofres do tesouro, perto de um dos quais Jesus se encontrava quando elogiou a viúva por ter dado tudo o que possuía. (Lu 21:1-4) Neste pátio havia também vários prédios.
Pátio de Israel e Pátio dos Sacerdotes. Quinze grandes degraus semicirculares conduziam ao Pátio de Israel, ao qual tinham acesso os homens que estivessem cerimonialmente limpos. Junto à parede externa deste pátio havia câmaras de armazenagem.
A seguir vinha o Pátio dos Sacerdotes, que correspondia ao pátio do tabernáculo. Nele havia o altar, feito de pedras não lavradas. De acordo com a Míxena, era um quadrado de 32 côvados (14,2 m) de lado em sua base. (Middot 3:1) Josefo dá uma medida maior. (The Jewish War, V, 225) Os sacerdotes chegavam ao altar por meio dum plano inclinado. Usava-se também uma “bacia”, segundo a Míxena. (Middot 3:6) Ao redor deste pátio também havia prédios.
O prédio do templo. Como o anterior, o templo em si consistia basicamente em dois compartimentos, o Santo e o Santíssimo. O piso deste prédio se situava a 12 degraus acima do Pátio dos Sacerdotes. Como no templo de Salomão, construíram-se câmaras nas laterais deste prédio e havia uma câmara superior. A entrada era fechada por portas de ouro, cada qual de 55 côvados (24,5 m) de altura e 16 côvados (7,1 m) de largura. A parte dianteira do prédio era mais larga do que a de trás, tendo asas ou “rebordos” que se estendiam por 20 côvados (8,9 m) de cada lado. O interior do Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento e 20 côvados de largura. No Santo havia o candelabro, a mesa dos pães da proposição e o altar do incenso — todos de ouro.
A entrada do Santíssimo era uma grossa cortina, ou véu, lindamente ornamentada. Por ocasião da morte de Jesus, esta cortina se rasgou em duas partes, de alto a baixo, expondo o Santíssimo como não contendo a arca do pacto. Em lugar da arca havia uma laje de pedra em que o sumo sacerdote aspergia o sangue no Dia da Expiação. (Mt 27:51; He 6:19; 10:20) Este compartimento tinha 20 côvados de comprimento e 20 de largura.
Os judeus utilizaram a área do templo como cidadela, ou fortaleza, durante o cerco romano contra Jerusalém, em 70 EC. Eles mesmos atearam fogo nas colunatas, mas um soldado romano, contrariando a vontade do comandante romano, Tito, ateou fogo ao próprio templo, cumprindo assim as palavras de Jesus referentes aos prédios do templo: “De modo algum ficará aqui pedra sobre pedra sem ser derrubada.” — Mt 24:2; The Jewish War, VI, 252-266 (iv, 5-7); VII, 3, 4 (i, 1).
(Enciclopédia Bíblica Online)
Josefo escreve que Herodes dobrou o tamanho da área do templo, ampliando as laterais do monte Moriá com grandes muralhas de pedra e nivelando uma área no topo do monte. (The Jewish War, I, 401 [xxi, 1]; Jewish Antiquities, XV, 391-402 [xi, 3]) A Míxena (Middot 2:1) diz que o monte do Templo era um quadrado de 500 côvados (223 m) de lado. Na beirada da área havia colunatas. O templo dava para o L, como os anteriores. Ao longo deste lado havia a colunata de Salomão, que consistia em três fileiras de colunas de mármore. Foi ali que, em dada ocasião, no inverno, certos judeus se aproximaram de Jesus perguntando se ele era o Cristo. (Jo 10:22-24) Ao N e ao O também havia colunatas, ananicadas pela Colunata Real ao S, que consistia em quatro fileiras de colunas coríntias, 162 ao todo, com três corredores. A circunferência das colunas era tão grande que exigia três homens de braços estendidos para abraçar uma delas, e elas eram muito mais elevadas do que as outras colunatas.
Havia evidentemente oito portões que davam para a área do templo: quatro do lado O, dois ao S, e um de cada lado, ao L e ao N. Por causa desses portões, o primeiro pátio, o Pátio dos Gentios, também servia como passagem, sendo que os viajantes preferiam passar por ele em vez de circundar a área do templo.
Pátio dos Gentios: As colunatas cercavam a grande área chamada de Pátio dos Gentios, assim chamada porque se permitia que os gentios entrassem nele. Foi dali que Jesus, em duas ocasiões, uma delas mais para o início e a outra no fim de seu ministério terrestre, expulsou aqueles que tinham feito da casa de seu Pai uma casa de comércio. — Jo 2:13-17; Mt 21:12, 13; Mr 11:15-18.
Havia diversos pátios pelos quais se passava ao dirigir-se ao prédio central, o próprio santuário. Cada pátio sucessivo tinha maior grau de santidade. Passando pelo Pátio dos Gentios, a pessoa encontrava um muro de três côvados (1,30 m) de altura, com aberturas para passagem. No topo havia grandes pedras que traziam um aviso em grego e em latim. A inscrição grega rezava (segundo certa tradução): “Que nenhum estrangeiro ultrapasse a barreira e a cerca em torno do santuário. Quem for apanhado fazendo isso, será responsável por sua morte que virá como conseqüência.” (The New Westminster Dictionary of the Bible [O Novo Dicionário Bíblico de Westminster], editado por H. Gehman, 1970, p. 932.) O motim que envolveu o apóstolo Paulo no templo aconteceu porque os judeus espalharam o boato de que ele trouxera um gentio para dentro da área proibida. Esse muro nos é trazido à lembrança, embora Paulo usasse o termo “muro” em sentido simbólico, quando lemos que Cristo “destruiu o muro” que separava o judeu do gentio. — Ef 2:14 n; At 21:20-32.
Pátio das Mulheres: O Pátio das Mulheres se achava a 14 degraus acima. As mulheres podiam entrar ali para praticar a adoração. Entre outras coisas, o Pátio das Mulheres continha cofres do tesouro, perto de um dos quais Jesus se encontrava quando elogiou a viúva por ter dado tudo o que possuía. (Lu 21:1-4) Neste pátio havia também vários prédios.
Pátio de Israel e Pátio dos Sacerdotes. Quinze grandes degraus semicirculares conduziam ao Pátio de Israel, ao qual tinham acesso os homens que estivessem cerimonialmente limpos. Junto à parede externa deste pátio havia câmaras de armazenagem.
A seguir vinha o Pátio dos Sacerdotes, que correspondia ao pátio do tabernáculo. Nele havia o altar, feito de pedras não lavradas. De acordo com a Míxena, era um quadrado de 32 côvados (14,2 m) de lado em sua base. (Middot 3:1) Josefo dá uma medida maior. (The Jewish War, V, 225) Os sacerdotes chegavam ao altar por meio dum plano inclinado. Usava-se também uma “bacia”, segundo a Míxena. (Middot 3:6) Ao redor deste pátio também havia prédios.
O prédio do templo. Como o anterior, o templo em si consistia basicamente em dois compartimentos, o Santo e o Santíssimo. O piso deste prédio se situava a 12 degraus acima do Pátio dos Sacerdotes. Como no templo de Salomão, construíram-se câmaras nas laterais deste prédio e havia uma câmara superior. A entrada era fechada por portas de ouro, cada qual de 55 côvados (24,5 m) de altura e 16 côvados (7,1 m) de largura. A parte dianteira do prédio era mais larga do que a de trás, tendo asas ou “rebordos” que se estendiam por 20 côvados (8,9 m) de cada lado. O interior do Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento e 20 côvados de largura. No Santo havia o candelabro, a mesa dos pães da proposição e o altar do incenso — todos de ouro.
A entrada do Santíssimo era uma grossa cortina, ou véu, lindamente ornamentada. Por ocasião da morte de Jesus, esta cortina se rasgou em duas partes, de alto a baixo, expondo o Santíssimo como não contendo a arca do pacto. Em lugar da arca havia uma laje de pedra em que o sumo sacerdote aspergia o sangue no Dia da Expiação. (Mt 27:51; He 6:19; 10:20) Este compartimento tinha 20 côvados de comprimento e 20 de largura.
Os judeus utilizaram a área do templo como cidadela, ou fortaleza, durante o cerco romano contra Jerusalém, em 70 EC. Eles mesmos atearam fogo nas colunatas, mas um soldado romano, contrariando a vontade do comandante romano, Tito, ateou fogo ao próprio templo, cumprindo assim as palavras de Jesus referentes aos prédios do templo: “De modo algum ficará aqui pedra sobre pedra sem ser derrubada.” — Mt 24:2; The Jewish War, VI, 252-266 (iv, 5-7); VII, 3, 4 (i, 1).