Introdução à Profecia Bíblica
Introdução à Profecia Bíblica
I. A Ideia da Profecia Bíblica.
1. O Vidente e o Profeta de Deus:
Segundo o ensinamento uniforme da Bíblia, o profeta é um porta voz de Deus. Suas palavras não são a produção de seu próprio espírito, mas vem de uma Fonte superior. Pois ele é, ao mesmo tempo também, um vidente, aquele que vê as coisas que não residem no domínio da visão natural, ou que ouve coisas que os ouvidos humanos não costumam receber; comparar 1Sam 9:9, onde nabhi, “profeta”, e ro'eh, “vidente”, são usados como sinônimos. Jer 23:16 e Eze 13:2 são particularmente instrutivos neste respeito. Nestas passagens uma nítida distinção é feita entre as pessoas que apenas pretendem ser profetas, mas que profetizam “de seu próprio coração”, e os verdadeiros profetas que declaram a palavra que o Senhor lhes tem falado. Neste último caso, o conteúdo da profecia não tem origem na sua própria reflexão ou cálculo, e tão pouco é essa profecia o produto de seus próprios sentimentos, medos e esperanças, mas, como algo estranho ao homem e independente dele, tem com uma certeza divina dentro da alma do profeta. O profeta via o que ele profetizava, embora ele não precisasse ter visto isso na forma de uma visão real. Ele também podia “ver” as palavras com os olhos interiores (Isa 2:1, e muitas vezes). É apenas uma outra expressão para isso, quando frequentemente é dito que Deus tem falado ao profeta. Também neste caso não é necessário que deva ter havido uma voz que ele podia ouvir foneticamente através de seu ouvido natural. O principal é que ele deve ter sido capaz de distinguir nitidamente o conteúdo desta, diferenciando-a da voz de seu próprio coração, ou seja, de sua consciência pessoal. Só desta forma ele é capaz de falar ao povo em nome de Deus e capaz de publicar a sua palavra como a de Javé. Nesse caso, ele é o porta-voz de Javé (nabhi'), ou a boca de Javé (compare com Eze 7:1 com 4:16). Sob essas condições, ele então considera uma absoluta compulsão falar, assim como uma pessoa deve ser preenchido com medo quando ouve um rugido de uma leão nas proximidades (Amo 3:8). As palavras queimam em sua alma, até que as profere (Jer 20:7, 20:9).
I. A Ideia da Profecia Bíblica.
1. O Vidente e o Profeta de Deus:
Segundo o ensinamento uniforme da Bíblia, o profeta é um porta voz de Deus. Suas palavras não são a produção de seu próprio espírito, mas vem de uma Fonte superior. Pois ele é, ao mesmo tempo também, um vidente, aquele que vê as coisas que não residem no domínio da visão natural, ou que ouve coisas que os ouvidos humanos não costumam receber; comparar 1Sam 9:9, onde nabhi, “profeta”, e ro'eh, “vidente”, são usados como sinônimos. Jer 23:16 e Eze 13:2 são particularmente instrutivos neste respeito. Nestas passagens uma nítida distinção é feita entre as pessoas que apenas pretendem ser profetas, mas que profetizam “de seu próprio coração”, e os verdadeiros profetas que declaram a palavra que o Senhor lhes tem falado. Neste último caso, o conteúdo da profecia não tem origem na sua própria reflexão ou cálculo, e tão pouco é essa profecia o produto de seus próprios sentimentos, medos e esperanças, mas, como algo estranho ao homem e independente dele, tem com uma certeza divina dentro da alma do profeta. O profeta via o que ele profetizava, embora ele não precisasse ter visto isso na forma de uma visão real. Ele também podia “ver” as palavras com os olhos interiores (Isa 2:1, e muitas vezes). É apenas uma outra expressão para isso, quando frequentemente é dito que Deus tem falado ao profeta. Também neste caso não é necessário que deva ter havido uma voz que ele podia ouvir foneticamente através de seu ouvido natural. O principal é que ele deve ter sido capaz de distinguir nitidamente o conteúdo desta, diferenciando-a da voz de seu próprio coração, ou seja, de sua consciência pessoal. Só desta forma ele é capaz de falar ao povo em nome de Deus e capaz de publicar a sua palavra como a de Javé. Nesse caso, ele é o porta-voz de Javé (nabhi'), ou a boca de Javé (compare com Eze 7:1 com 4:16). Sob essas condições, ele então considera uma absoluta compulsão falar, assim como uma pessoa deve ser preenchido com medo quando ouve um rugido de uma leão nas proximidades (Amo 3:8). As palavras queimam em sua alma, até que as profere (Jer 20:7, 20:9).
Fonte: International Standard Bible Encyclopedia de James Orr, M.A., D.D., Editor General