Judaísmo na Idade Média


Judaísmo na Idade MédiaJudaísmo na Idade Média


Durante a Idade Média (de cerca de 500 a 1500 EC), surgiram duas diferentes comunidades judaicas — os judeus sefárdicos, que floresceram sob o domínio muçulmano na Espanha, e os judeus asquenazes, na Europa Central e Oriental. Ambas as comunidades produziram peritos rabínicos, cujos escritos e pensamentos formam a base para a interpretação religiosa judaica até os dias de hoje. Curiosamente, muitos dos costumes e práticas religiosas comuns hoje no judaísmo realmente tiveram início na Idade Média.

No século 12, começou uma onda de expulsões de judeus de vários países. Conforme o escritor israelense Abba Eban explica em Meu Povo — A História dos Judeus (em inglês): “Em todos os países . . . submetidos à influência unilateral da Igreja Católica, a história é a mesma: horrível degradação, tortura, matança e expulsão.” Por fim, em 1492, a Espanha, que mais uma vez viera a estar sob domínio católico, seguiu o exemplo e ordenou a expulsão de todos os judeus de seu território. Assim, por volta do fim do século 15, os judeus haviam sido expulsos de praticamente toda a Europa Ocidental, fugindo para a Europa Oriental e países em volta do Mediterrâneo.

Durante os séculos de opressão e perseguição, muitos auto-proclamados Messias surgiram entre os judeus em diferentes partes do mundo, todos eles recebendo um certo grau de aceitação, mas terminando em desilusão. Por volta do século 17, faziam-se necessárias novas iniciativas para revigorar os judeus e tirá-los desse período obscuro. Em meados do século 18, surgiu uma resposta ao desespero que o povo judeu sentia. Era o hassidismo, uma mistura de misticismo e êxtase religiosa na devoção e atividades diárias. Em contraste, por volta da mesma época, o filósofo Moisés Mendelssohn, um judeu-alemão, ofereceu ainda outra solução, o caminho do Hascalá, ou esclarecimento, que havia de conduzir ao que é historicamente considerado o “Judaísmo Moderno”.