O Fim da Lei na Teologia Paulina

TEOLOGIA PAULINA, FIM DA LEI, ESTUDOS BIBLICOS

O Fim da Lei na Teologia Paulina


1. O Fim da Lei:


A adoção por Paulo dos fatos dados pela sua conversão (e as conclusões que se seguiu imediatamente com eles) envolvia, naturalmente, um reajuste e uma reforma das outras partes de sua crença. O processo deve ter ocupado algum tempo, se é que foi concluída durante a sua vida, e deve ter sido afetado significativamente por suas controvérsias com os seus ex-correligionários e com muitos cristãos.

Fundamental foi o problema da lei. A Lei era perfeitamente clara que aquele - e somente aquele - que a cumprisse ficaria vivo. Mas a vida foi encontrada através da fé em Cristo, enquanto a lei não foi cumprida. Não poderia haver uma questão de compromisso entre os dois cargos, pois eles eram simplesmente incompatíveis (Rom 10:5; Gal 2:16; 3:11; Fil 3:7). Apenas uma conclusão era possível: “Cristo é o fim da lei para justificar a todo aquele que crê” (Rom 10:4). No que diz respeito ao crente, a lei foi abolida. Dois tremendos resultados foram seguidos. Um deles foi a enorme simplificação daquilo que chamamos de “ética cristã”, as quais passaram a ser determinada pelos amplos princípios gerais do certo e errado e não mais por interpretar uma elaborada lista legalista dos mandamentos de Deus (Rom 13:8-10; Gal 5:22, etc; comparar Mar 12:29-31). Para ter certeza, os mandamentos podem ser citados como expressões conveniente do dever moral (Ef 6:2; 1Co 9:9, etc; comparar com Mar 10:19), mas eles são obrigatórios, porque eles estão certos, e não porque são mandamentos (Col 2:16). Assim, no sentido moral de Paulo, ele tenta ressalta sempre o princípio envolvido, Romanos cap. 14 e 1Cor 8:1-13 são obras-primas do tratamento dos problemas concretos por este método.

Fonte: International Standard Bible Encyclopedia de James Orr, M.A., D.D., Editor General